O candidato a prefeito do Recife Daniel Coelho (Coligação Juntos Pela Mudança, PSDB-PSL) fez, na manhã desta quarta-feira, duras críticas à política de habitação da prefeitura do Recife. Em debate promovido pelo Clube de Engenharia e Sindicato de Arquitetos de Pernambuco, Daniel mostrou que o déficit habitacional do Recife é de quase 60 mil moradias e que o atual prefeito entregou apenas 869 habitações. Por fim, destacou que a razão da falta de investimentos não é a crise e sim as prioridades da prefeitura.
“Este ano, até o momento, a prefeitura gastou apenas 2 milhões com seu programa de habitação. Enquanto isso, segundo o orçamento, os gastos com publicidade são de 32 milhões e do gabinete do prefeito, 33 milhões de reais. Isso dá para a gente ter uma ideia do que é prioridade e do que não é prioridade para a atual gestão. Quem gasta 33 milhões com seu próprio gabinete para atender seus interesses políticos e gasta seis milhões com habitação está mostrando que habitação é algo não importante para sua gestão”, afirmou Daniel.
Daniel Coelho questionou ainda o argumento que vem sendo utilizado pelo atual prefeito, de que não fez tudo o que queria por conta da crise. “Eu fico indignado quando escuto o atual prefeito dizer que não atendeu mais na habitação porque não tem dinheiro, porque tem crise. Tem crise para investir em habitação, mas não tem crise para aumentar a publicidade, para aumentar o custo de seu gabinete? Então não tem crise, tem que ter vergonha, vamos falar os fatos. Só nessas duas áreas poderia ter sido relocado recursos importantes para que muito mais fosse feito. A pessoa gasta 33 milhões em seu gabinete e deixa 59 mil pessoas morando na lama, em comunidades carentes, nas palafitas de nossa cidade. Isso é inadmissível”, concluiu.
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