O deputado Daniel Coelho, pré-candidato do PSDB a prefeito do Recife anunciou que irá realizar a convenção do seu partido no dia 30 de junho.
O PSDB já governou o Brasil por oito anos, tendo sido responsável por diversos avanços econômicos e sociais. A implantação do Plano Real é um dos maiores legados do partido para o Brasil.
Em Pernambuco e mais precisamente no Recife, o PSDB sempre evitou ir para os embates eleitorais, a única eleição majoritária que o partido encabeçou foi em 1996 com João Braga, que obteve quase 20% dos votos válidos, na eleição vencida por Roberto Magalhães no primeiro turno, superando nomes como João Paulo (PT), Pedro Corrêa (PP) e Roberto Freire (PPS) candidato a prefeito com o apoio do então governador Miguel Arraes.
No período de 2002 a 2010, o PSDB também foi representado no Senado da República com Sérgio Guerra. Em 2006, quando o tucano tentou alçar voo próprio, foi abatido no ar pela candidatura do então governador Mendonça Filho (PFL) que disputava a reeleição e foi sumariamente derrotado por Eduardo Campos (PSB).
A candidatura de Daniel Coelho significa uma renovação do partido, sigla esta que detém uma vereadora na capital, seis deputados estaduais, dois federais e algumas dezenas de prefeitos no estado inteiro.
O PSDB tem obrigação moral de mostrar uma alternativa para o Recife, sobretudo diante deste imbróglio da Frente Popular. Um nome diferente era o que necessitava o partido e este nome é Daniel Coelho, vereador do Recife por dois mandatos, líder da oposição na gestão João Paulo, deputado estadual eleito com grande votação na capital.
A eleição de 2012 no Recife está muito parecida com a de 2006 para o governo de Pernambuco. Há uma fadiga material de um partido, no caso o PT, que governa a cidade desde a década passada. Uma divisão interna que trouxe e trará muitos desgastes para o Partido dos Trabalhadores.
A Frente Popular, através do PSB, deverá lançar uma candidatura própria, mas ela foi fiadora desse projeto do PT, desvencilhar-se neste momento não será tarefa fácil, apesar de ser possível.
Estamos diante de uma situação diferente na cidade porque os governistas estão divididos entre duas candidaturas dentro do PT – a do prefeito João da Costa e a do senador Humberto Costa – e a candidatura do PSB que a essa altura do campeonato incorporou o projeto dos alternativos liderados pelo senador Armando Monteiro (PTB).
No campo da oposição, existem quatro postulações, a dos deputados federais Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB), a do ex-deputado Raul Jungmann (PPS) e a de Daniel. Das quatro candidaturas, duas foram rejeitadas de forma reicindente, a de Mendonça Filho e a de Raul Jungmann, e a outra que foi a de Raul Henry já perdeu em 2008, apesar de ter crescido bastante durante a campanha e saiu maior do que entrou.
O único fato novo da oposição é Daniel Coelho. Vencer passará por um processo de organização da candidatura, do projeto e discussão correta da cidade, mas sem dúvidas, é a única que tem as maiores perspectivas de crescimento.
Números apontam que 80% do eleitorado desconhece Daniel. Com apenas 20% de conhecimento, o tucano já aprece com 10 pontos a depender do cenário. Isso significa que a candidatura dele é viável e pode crescer a ponto de ir pro segundo turno.
No quesito tempo de televisão, o PSDB sozinho teria 3 minutos e 11 segundos. Tempo suficiente para fortalecer o seu candidato. Se conseguir algumas legendas nanicas, pode elevar esse tempo para 5 minutos e aí ficaria tudo mais fácil para Daniel.
Muita gente está desmerecendo o fato novo. E esse é o que pode definir esta eleição em prol do tucano.
Vamos aguardar pra ver.
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