O tema reforma política está na pauta da sociedade, deve ir para votação na Câmara dos Deputados na próxima semana e foi o assunto tratado pelo deputado federal Daniel Coelho, em discurso nesta quarta-feira, na tribuna da Casa. O parlamentar tem demonstrado preocupação com o debate a respeito do assunto, diz que a reforma precisa ser feita para a sociedade, não para os políticos e se posicionou contrário à unificação das eleições para o mesmo ano.
“A reforma política não pode ser a reforma dos políticos e não pode ser analisada pela ótica da manutenção no poder daqueles que hoje exercem mandatos ou de quem quer fortalecer seu projeto pessoal ou partidário. A reforma tem que ter como foco a aproximação do parlamento com a sociedade, tem que ter como foco um processo mais democrático”, afirmou.
Entre os vários pontos que vêm sendo discutidos, Daniel se referiu especificamente a um no pronunciamento: a coincidência das eleições. “Não há países democráticos que façam eleição geral no mesmo dia, de vereador a presidente da República. Isso só é de interesse de quem quer vincular a eleição única e exclusivamente à questão do poder econômico. Não dá para o eleitor decidir sobre uma eleição de vereador e prefeito, que tratam de uma questão local, até uma eleição para presidente”, avaliou.
Na visão de Daniel, a coincidência de eleições tem interessa apenas aos próprios políticos. “Eu vejo na coincidência das eleições, quase que exclusivamente, o interesse da classe política, mas não o interesse da sociedade, que tem o direito de debater, de discutir, e que tem o direito de, a cada dois anos, estar frente a frente com uma discussão política com o seu parlamentar, com o seu vereador, com o seu prefeito”, concluiu.