O candidato a prefeito do Recife Daniel Coelho (PSDB) participou na manhã desta sexta-feira, de debate promovido pelo Lide Pernambuco. Questionado acerca de diversos temas, Daniel apontou a segurança como um dos principais problemas da cidade, fato observado nos cada vez mais frequentes assaltos a ônibus na capital. “Nós perdemos o controle sobre a segurança pública”, afirmou.
“Apesar dos problemas com a mobilidade ainda existirem e serem grandes, infelizmente, nos últimos meses, a população não tem reclamado do tempo que tem passado dentro do ônibus. O que as pessoas têm se questionado é se vão conseguir sair quando entram no transporte público. As pessoas têm sido assaltadas todos os dias. Nós perdemos o controle sobre a segurança pública, esse é um fato”, lamentou Daniel Coelho.
Daniel Coelho lembrou que, quatro anos atrás, o candidato a prefeito que foi eleito se comprometeu com o Pacto pela Vida municipal, dizendo que trabalharia em parceria com o governo do Estado para diminuir a criminalidade. “Está aí o resultado, piorou muito. O Recife está mais escuro. Do ponto de vista de ações sociais, das medidas preventivas, que é dever da prefeitura, nós falhamos. Nós tínhamos centros sociais urbanos que estão abandonados, na Mustadinha, Totó, Coelhos, áreas pobres, violentas. Eles estão caindo aos pedaços. Mas, se inaugurou um Compaz… Nada contra o Compaz, mas é um desrespeito à população você ter equipamentos públicos importantes, que estão completamente abandonados”, enfatizou.
DOIS LADOS DO BALCÃO
Outro ponto duramente questionado e criticado por Daniel diz respeito às relações envolvendo pessoas ligadas à iniciativa privada que também fazem parte dos governos do PSB, seja no âmbito municipal ou estadual. “A gente não tem nada contra a relação da iniciativa privada com o setor público. O que não dá é o que acontece hoje, as pessoas nos dois lados do balcão”, criticou Daniel Coelho.
“Se eu for enumerar os casos de secretários que atuam no setor público e prestam serviço diretamente ou através de suas famílias ao governo, eu passaria o dia inteiro falando deste assunto. Tenho respeito por quem está no setor público e por quem está na iniciativa privada, mas não dá para as pessoas ficarem dos dois lados do balcão, como tem acontecido nas gestões do PSB”, finalizou.
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