O senador Armando Monteiro sempre teve vontade de ser governador de Pernambuco mas acabou sendo atropelado pelos fatos em 2006, 2010 e 2014.
Em 2006 formalizou a desistência para apoiar Humberto Costa naquele pleito e acabou sendo reeleito deputado federal como o mais votado de Pernambuco.
Em 2010 formatou uma aliança com Eduardo Campos, e foi para o Senado, num caminho natural, mas novamente abdicou de disputar o governo.
Na disputa de 2014 ele foi atropelado pelos fatos, tendo sido isolado por Eduardo Campos inicialmente e depois com a morte do ex-governador viu Paulo Câmara ser impulsionado pela comoção gerada pelo ocorrido e foi derrotado por quase 70% dos votos válidos para o atual governador.
Nas eleições de 2018, Armando foi novamente atropelado pelos fatos, pois era ministro de Dilma Rousseff e se ela tivesse minimamente bem no governo e Paulo Câmara seguisse patinando, ele seria o nome natural para disputar o governo com chances elásticas de vitória.
No contexto atual, o arco de alianças de Armando é PTB, Podemos, PRB e Avante. O PT, por ele ter votado a favor da reforma trabalhista, não cogita mais qualquer possibilidade de aliança.
No cenário que está posto, Armando seria obrigado a disputar o governo com quatro partidos que juntos não possuem o tempo de televisão do PT. As chances de sua candidatura perder terreno para Paulo Câmara e Marília Arraes seriam enormes.
É nisso onde entra o diálogo de Armando Monteiro com Fernando Bezerra Coelho e os ministros de Temer. Ele além de garantir a vaga de senador na chapa de FBC, estaria numa forte coligação que lhe daria um caminho praticamente líquido e certo de conquistar a reeleição para o Senado.
No caso de haver novidades sobre a Lava-Jato em torno de FBC, é óbvio que Fernando Filho, tido como plano B dos Coelho, ficaria igualmente inviabilizado. Quem restaria para ser o candidato desta vasta coligação a governador? Armando Monteiro.
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