Preocupada com a falta de informações e de diálogo com a administração de Fernando de Noronha, a Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco marcou para a próxima quarta-feira (13) uma reunião extraordinária exclusivamente para debater o Projeto de Lei 306, na próxima quarta-feira (13). De autoria do Governo do Estado, o PL proíbe a circulação de veículos a combustão na ilha.
O administrador de Fernando de Noronha Guilherme Rocha já faltou a dois debates organizados pela Comissão de Meio Ambiente sobre o tema. O primeiro foi uma Audiência Pública realizada em Fernando de Noronha no dia 24 de outubro. Rocha, que estava no arquipélago e foi convidado oficialmente e pessoalmente, não compareceu, nem enviou representante. Já nesta quarta-feira ele justificou a ausência da reunião da Comissão na Alepe alegando ter outro compromisso agendado anteriormente.
“Comunicamos com antecedência, encaminhamos ofício, mas infelizmente o administrador da Ilha não se fez presente. Nessa falta de transparência quem sai perdendo é a população de Fernando de Noronha, que fica sem a informação correta da instalação dos carros elétricos na Ilha”, afirmou Wanderson Florêncio. “Como ambientalista sou a favor de projetos que preservem o nosso meio ambiente, mas na forma como esse Projeto foi concebido não vejo a possibilidade de ganho real na preservação, por isso, é imprescindível esclarecimentos”, acrescentou o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade.
Os deputados Antônio Moraes (PP), Henrique Queiroz Filho (PR), Sivaldo Albino (PSB), Tony Gel (MDB), Antonio Coelho (DEM) e Alberto Feitosa (SD) também participaram da reunião da Comissão. Feitosa, que já esteve duas vezes na ilha para debater o assunto, lamentou a ausência do administrador nos debates. “Ele tem mil funcionários lá em Noronha que poderiam representá-lo em outras agendas para que ele possa vir atender uma convocação dessa casa. Lamentavelmente o senhor Guilherme Rocha não veio mais uma vez. Eu acho que essa casa precisa avaliar muito bem. Está havendo um certo desrespeito público do administrador”, declarou Feitosa.
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