A Comissão de Direitos Humanos da Câmara do Recife recebeu, nesta segunda-feira (14), um grupo de venezuelanos que vieram para Recife sem a ajuda do governo há cerca de 15 dias. Participaram da reunião representantes da OAB/PE, Cáritas, Ação Missionária para Áreas Inóspitas (Amai), Jovens com uma Missão(JOCUM), Prefeitura do Recife, Assembleia Legislativa de Pernambuco, Governo do Estado e o Comitê Intersetorial de Ajuda a Imigrantes, Refugiados e Apátridas. Eles são de origem indígena do município de Tucupica e estão vivendo com ajuda da população.
A presidente da Comissão, a vereadora Missionária Michele Collins (PP), falou que já vinha discutindo o tema. “Já estávamos discutindo isso com a OAB – foi quando tomamos conhecimento de que existe um comitê. Convidei o pessoal desse comitê para que viesse aqui e promovemos hoje este encontro para ouvir os venezuelanos. A Comissão de Direitos Humanos está intermediando, atuando como uma ponte”, afirmou a presidente.
A secretária-executiva de Assistência Social do Recife, Geruza Felizardo, adiantou quais são os próximos passos da Prefeitura, que deve visitar o local onde os recém-chegados estão abrigados. “Tivemos conhecimento desse grupo, que está em uma situação de mendicância. Eles não vieram de uma forma planejada. Estamos na fase de aproximação, para tentar identificar a formação desse grupo e suas necessidades. A partir desse diagnóstico, veremos quais são os encaminhamentos a serem dados. É um grupo bem uniforme, eles querem que o encaminhamento dado a uma família seja dado a todos.”
O deputado Estadual Pastor Cleiton Collins(PP), enalteceu a importância dessa iniciativa. “Parabenizo a Câmara do Recife pela sensibilidade em tratar o tema. É preciso que todos os poderes atuem em conjunto em prol dessas pessoas que saíram do seu país numa situação grave de crise política e econômica”, disse.
Segundo o porta-voz do grupo, o professor Jose Baez, eles saíram do seu país procurando melhores condições. “No nosso país, as coisas estavam difíceis. Estamos a procura de um lugar que nos dê condições dignas de moradia, onde nossas famílias tenham assistência”, explicou. O grupo de 55 pessoas veio do Norte do País e chegaram ao Nordeste há pouco tempo. Há previsão da chegada de mais 60 pessoas por esses dias.
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