O fator Armando Monteiro.
Desde o final de 2011 quando questionado por este colunista se apoiaria a reeleição do prefeito João da Costa e a resposta foi negativa, o senador Armando Monteiro se dedicou dia e noite para construir uma candidatura alternativa ao projeto do PT. É provável que não tenha sido o objetivo inicial do senador ser candidato a prefeito do Recife, afinal, desde que rompeu com Jarbas e apoiou Eduardo Campos em 2006 que acalenta o sonho de ser governador de Pernambuco. A ideia inicial seria lançar o ministro Fernando Bezerra Coelho do PSB, no intuito de tirar um eventual concorrente ao governo em 2014 da disputa, afunilando o processo entre o próprio e o senador Humberto Costa para a sucessão do governador Eduardo Campos. Porém, Armando deve ter se dado conta que o jogo de 2014 já está jogado. Com 90% de aprovação, Eduardo deverá indicar alguém do PSB para suceder-lhe no Palácio das Princesas e esse alguém deverá ser eleito. Tal como ocorreu com João Paulo em 2008 que elegeu João da Costa e Lula em 2010 que elegeu Dilma Rousseff. Diante da divisão interna do PT, que inexoravelmente deixará sequelas independentemente do resultado das prévias, e também por ter esticado a corda demais, aglutinando partidos fortes e lideranças representativas, Armando Monteiro deve mesmo ser candidato a prefeito do Recife em outubro. O senador sabe que a vitrine da Prefeitura do Recife é muito mais forte que a tribuna do Senado para fazer de trampolim político rumo ao Palácio. Disputando a Prefeitura do Recife, Armando lucrará com a divisão interna do PT, bem como a fraqueza incontestável da oposição. Uma vez eleito, Armando sairia de 2014 e buscaria a reeleição em 2016. Fazendo uma boa gestão e com boa aprovação, deverá disputar o governo contra o sucessor de Eduardo em 2018, que terá que responder pelos 12 anos do governo socialista. Sem dúvidas, é um caminho muito menos árduo do que romper com o governador neste momento ou até mesmo em 2014. O sonho não seria finalizado, apenas adiado por quatro anos em condições políticas melhores para ser concretizado.
DEM – O Democratas de Jaboatão dos Guararapes deverá marchar com a candidatura de João Fernando Coutinho (PSB). As conversas foram iniciadas porque em mais de três anos, o ex-PFL não teve espaço algum na gestão de Elias Gomes.
Vice – Fica cada vez mais evidente o movimento do prefeito Elias Gomes em retirar Edir Peres (PPS) da sua chapa. A prova disso é a rebelião do PPS contra o prefeito.
A noiva – Com a desistência do vereador Robson Leite de disputar a Prefeitura, o PT está sendo cobiçado pelo prefeito Elias Gomes (PSDB) e pelos pré-candidatos João Fernando Coutinho (PSB) e Cleiton Collins (PSC).
PR – O Partido da República, liderado pelo deputado Inocêncio Oliveira é forte no estado, mas em Jaboatão dos Guararapes está sendo subaproveitado. Inocêncio deverá indicar alguém mais capacitado para gerenciá-lo após as eleições.
O poder – A possibilidade de ser reeleito, eleger Betinho Gomes (Cabo) e Vavá Rufino (Moreno) tem tirado o sono de muitos adversários de Elias Gomes e até mesmo de aliados. Se conquistar essas três prefeituras vira a liderança mais forte do PSDB no estado e se torna potencial candidato a governador em 2014. Isso não agrada Sérgio Guerra e muito menos Eduardo Campos.
Marília Arraes – Vereadora do Recife pelo PSB no primeiro mandato, Marília tende a aumentar sua votação em relação a 2008 quando obteve quase 10 mil votos. As projeções são de algo em torno de 13 a 15 mil votos para a socialista.
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