Falta foco e unidade à oposição.
Mesmo diante de um cenário favorável a oposição recifense não se move corretamente e não existe uma unidade de fato buscando vencer uma eleição na capital depois de três derrotas consecutivas. O primeiro ponto é observar que bons números nas pesquisas neste momento não significam absolutamente nada. Sobretudo quando candidatos que começaram com bons números perderam eleições majoritárias. No caso do deputado Mendonça Filho (DEM) fica latente que sua candidatura não agrega e não tem condições de crescimento. Em 2006, mesmo com o cargo de governador, não conseguiu superar os 40 pontos em votos válidos, ficando no primeiro turno com 39% e no segundo com 35%. Já em 2008, Mendonça se mostrou incapaz de agregar partidos, tendo ficado sozinho na disputa e, de 30% em intenções de voto, que significaria algo em torno de 40% de votos válidos, terminou o primeiro turno com menos de 25% dos votos válidos, perdendo a sua segunda disputa majoritária. Já o ex-deputado Raul Jungmann (PPS) se mostrou incapaz de crescer, tanto em 2004 quando foi candidato a prefeito do Recife, perdendo para João Paulo, Cadoca e Joaquim Francisco, obtendo menos de 4% dos votos válidos, quanto em 2010 quando disputou o Senado, obtendo apenas 7% dos votos válidos. Mas nem tudo são espinhos para a oposição. O deputado Raul Henry (PMDB) em 2008 se mostrou um político de forte apelo majoritário, quando começou com 2% de intenções de voto e acabou com 17%, crescendo 15 pontos numa campanha sem recall e sem estrutura governamental. O deputado Daniel Coelho (PSDB) que já foi vereador do Recife por dois mandatos e bem votado na capital em 2010 para o cargo que ocupa atualmente, também surge com bons percentuais. Sem nunca ter disputado uma eleição majoritária, aparece com 8% em intenções de voto, quando transformado em válidos, surge com 13% a 15% a depender do cenário. Fica evidente que a oposição sem as máquinas deve afunilar seu projeto em apenas duas candidaturas, sendo Daniel Coelho e Raul Henry os melhores candidatos para enfrentarem todo o poderio do PT e da Frente Popular. Eles são os únicos capazes de derrotar o favoritismo governista da capital, que já venceu três eleições consecutivas. Campanhas bem organizadas, com bom discurso e leveza tendem a ajudar a oposição que tem a sua maior chance de voltar a governar a cidade com novos nomes e novas ideias. Apostar em nomes rejeitados nas urnas em eleições anteriores beira o suicídio. Se unir, focar e inovar é preciso. Senão ela estará fadada ao fracasso novamente.
Candidato – Sileno Guedes, presidente estadual do PSB, em conversa com este colunista, desmentiu os boatos que João Fernando Coutinho havia desistido de disputar a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.
Xico de Assis Filho – O jovem advogado de 27 anos Xico de Assis Filho disputará pela primeira vez um mandato de vereador do Recife nas eleições de outubro pelo PTC. Ele conta com o apoio dos deputados Eriberto Medeiros e Ricardo Costa, seus correligionários.
DEM – Em conversa com vereadores do Recife, esta coluna obteve acesso a informação de que o DEM elegerá apenas um vereador. Priscila Krause está correndo sérios riscos de não ser reeleita.
Mais votados – A aposta dos próprios colegas de Câmara é que Antônio Luiz Neto (PTB), Augusto Carreras (PV), Aline Mariano (PSDB) e André Ferreira (PMDB) já estão com o mandato garantido por serem os campeões de votos dos seus respectivos partidos.
Cláudio Carraly – Alegando problemas de saúde, o ex-secretário de Elias Gomes anunciou que não disputará mais mandato de vereador em Jaboatão dos Guararapes pelo PCdoB.
Betinho Gomes – Líder nas pesquisas para prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Betinho, que é jeitoso na política, já contabiliza diversos apoios de partidos da Frente Popular. O tucano tem grandes chances de virar prefeito nesta eleição.
Luciana diz
Parabéns por mais essa nota.
Marcelo Vilela diz
Boa noite, Edmar. Se o DEM Fizer apenas um vereador, a vaga será de Priscila Krause. Em 2008, Priscila foi a mais votada do partido, com 10.270 votos. Marcos veio em seguida, com 9.322. Não podemos esquecer que em 2010, apesar de não ter sido eleita deputada estadual, ela conseguiu mais de 22.000 votos na capital. O nome dela tem mais recall que o de Marcos Menezes.