João Lyra Neto facilita a vida de Eduardo.
O vice-governador João Lyra Neto (PSB), que a partir de abril do ano que vem será governador de Pernambuco deu uma declaração em sua confraternização com a imprensa que quase passava despercebida, mas que tinha profunda importância para o jogo sucessório em Pernambuco. De acordo com Lyra, o mesmo não se considera pré-candidato a governador. Que pode até vir a ser o candidato, mas não está buscando isso. Como o vice-governador tem uma característica de ser bastante coerente com as palavras que diz, dificilmente criará problemas para Eduardo na montagem do palanque da Frente Popular se vier a ser preterido da disputa, como provavelmente será. João Lyra Neto não tem o perfil necessário para ser o sucessor de Eduardo. Porque não é um nome carismático e não representa qualquer renovação que Eduardo queira apresentar no ano que vem. Mesmo assim ele terá papel fundamental na vida pública de Pernambuco a partir de então, pois, terá sido um dos poucos políticos a sentar na cadeira de governador, ainda que por apenas nove meses. Superada a possibilidade de Lyra ser candidato, Eduardo possui quatro nomes para sucedê-lo. O quadro vem se afunilando e hoje é composto por Fernando Bezerra Coelho, Tadeu Alencar, Danilo Cabral e Antônio Figueira. Além de Lyra, ainda existia a possibilidade de José Múcio Monteiro e Geraldo Julio. Com os três fora da disputa a vida de Eduardo fica mais fácil. Mesmo assim, o perfil que o PSB precisa é de alguém que tenha passado pelo teste das urnas e que também tenha se saído bem exercendo cargos executivos, os quatro postulantes se saíram bem onde passaram no executivo, mas apenas Fernando Bezerra Coelho e Danilo Cabral já passaram pelo teste das urnas e foram aprovados. Portanto, é provável que nos próximos meses o quadro se afunile mais ainda. Cenas dos próximos capítulos.
O vice – Na Frente Popular existem alguns nomes como possíveis candidatos a vice-governador, são eles: Betinho e Elias Gomes (PSDB), Raul Henry (PMDB), Wolney Queiroz (PDT) e Luciana Santos (PCdoB). Mas provavelmente a indicação será de alguém do PSDB ou do PMDB por conta do tempo de televisão que cada partido possui.
Senador – Já para o Senado, o nome estaria entre Luciana Santos (PCdoB), Daniel Coelho (PSDB), Jarbas Vasconcelos (PMDB) ou Fernando Bezerra Coelho (PSB). Não necessariamente na mesma ordem.
Fernando Bezerra Coelho – Por falar em FBC, o ex-ministro da Integração Nacional é tido como nome certo para compor a chapa majoritária, se não for governador, seu desejo, será o candidato a senador. Ele terá que ser recompensado por demonstrar lealdade canina a Eduardo Campos desde 2005 quando rompeu com Jarbas Vasconcelos para seguir com o PSB cujo então candidato a governador só tinha traço nas pesquisas.
André de Paula – Candidato a deputado federal, o presidente do PSD faz conta de chegar a 80 mil votos. Ele possui o apoio de muitos prefeitos do PSD, como Elias Lira (Vitória) e conta com a boa vontade de Gilberto Kassab para atrair recursos financeiros para a campanha e de Eduardo Campos para conseguir alguns votos a mais.
João Fernando Coutinho – Depois de perder a eleição suplementar de Água Preta, onde seu pai Eduardo Coutinho (PSB) ficou em segundo lugar na disputa, o deputado João Fernando, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, confirmou que será mesmo candidato a deputado federal. Ele espera alcançar mais de 100 mil votos na disputa.
Felipe Carreras – Se depender da sua vontade, o secretário de Turismo de Recife Felipe Carreras será candidato a deputado federal pelo PSB. Para isso terá que se desincompatibilizar do cargo em abril. Ele contaria desde já com os produtores de eventos Silvio Pontual, Bruno Rego e Augusto Acioli para viabilizar sua eleição.
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