O fator Armando Monteiro.
Não é novidade para quem acompanha a política a postulação do senador Armando Monteiro (PTB) para o governo de Pernambuco nas eleições do ano que vem. Desde 2006 que ele pretende viabilizar este projeto. Naquele ano acabou desistindo para apoiar a candidatura de Humberto Costa, que acabou ficando em terceiro lugar, enquanto Armando foi eleito o deputado federal mais votado de Pernambuco. Em 2010 disputou o Senado na condição de coadjuvante para alguns, enquanto os favoritos eram Humberto Costa e Marco Maciel. Na abertura das urnas, Armando foi o senador mais votado, desbancando inclusive Humberto Costa que liderou as pesquisas do início ao fim do processo eleitoral. Em 2011 foi o primeiro integrante da Frente Popular a declarar que não apoiaria a reeleição de João da Costa e defendeu uma candidatura alternativa pelo conjunto de forças da Frente que não fosse do PT. O resultado todos já sabem. Geraldo Julio (PSB) foi o candidato alternativo defendido por Armando e acabou sendo eleito no primeiro turno com 51,1% dos votos válidos. Além disso, o PTB emplacou prefeituras importantes como Goiana, Garanhuns e Arcoverde, sendo o terceiro maior partido de Pernambuco, perdendo apenas para o PSB e para o PSDB, o primeiro por governar o Recife e o segundo por governar Jaboatão dos Guararapes. Em termos de prefeituras, o PTB de Armando só perde para o PSB de Eduardo Campos. Visando as eleições do próximo ano, o senador está numa situação extremamente confortável porque tem a flexibilidade de ser o candidato do PSB, do PSDB e do PT. Apesar disso, deixou claro que tende a se aliar com Eduardo Campos ou Dilma Rousseff, descartando ser o candidato de Aécio Neves em Pernambuco, porém, disse que aceitaria de bom grado o apoio do PSDB ao seu projeto para virar governador de Pernambuco no ano que vem. Ciente da força de Eduardo Campos em Pernambuco, Armando busca ser o escolhido pelo governador para a disputa do ano que vem, porém, caso não consiga, será candidato porque está na situação mais confortável de todos os pré-candidatos, além de ter um excelente potencial para a disputa.
Anchieta Patriota – O ex-prefeito de Carnaíba, considerado o melhor de Pernambuco na gestão passada, será candidato a deputado estadual pelo PSB no ano que vem. Hoje é secretário executivo na Secretaria das Cidades, ocupada por Danilo Cabral, com quem irá dobrar no ano que vem. Para ser eleito precisa de 40 mil votos.
Tadeu Alencar – Um dos possíveis candidatos a governador, Tadeu pode ser o vice na chapa de Armando Monteiro caso este seja o escolhido por Eduardo Campos para ser o seu candidato a governador.
André de Paula – Há quem considere a hipótese do ex-deputado e presidente estadual do PSD ser candidato a suplente de senador na chapa da Frente Popular que o candidato pode ser Jarbas Vasconcelos. Dizem que hoje André dificilmente voltaria a ser deputado federal.
Isolamento – O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato a presidente da República pelo PSDB está prestes ao isolamento. O PPS que agora se fundiu ao PMN e formaram o Mobilização Democrática já anunciou que deve marchar com Eduardo, já o DEM a maioria quer seguir com a candidatura do PSB. Caso fique isolado, é possível que Aécio desista do projeto.
PSDB – O PSDB tem quatro candidatos a deputado federal para as eleições do ano que vem que são competitivos, são eles: Sérgio Guerra, Bruno Araújo, Daniel Coelho e Ricardo Teobaldo. Pelos cálculos, o partido só elege três parlamentares, então um deve ficar de fora. Se um desistir, o partido corre riscos de eleger apenas dois.
Ricardo Costa – Eleito para o segundo mandato pelo PTC, haja vista que assumiu como suplente de Edson Vieira quando este foi candidato a prefeito de Santa Cruz do Capibaribe em 2008, Ricardo Costa tem buscado ampliar as bases para o terceiro mandato na Alepe. Seus cálculos são de ser reeleito com mais de 40 mil votos.
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