O legado de João da Costa.
Eleito em 2008 no primeiro turno com o apoio do então presidente Lula, do então prefeito João Paulo e do governador Eduardo Campos, João da Costa tinha como mote de campanha a continuidade de um projeto aprovado pelos recifenses iniciado por João Paulo em janeiro de 2001, de quem foi secretário e executor dos maiores avanços da gestão do hoje deputado federal. João da Costa assim que assumiu a prefeitura do Recife começou a ter problemas com o seu padrinho, e vários indicados por João Paulo como Marcelo Barros (Finanças) e Lygia Falcão (Comunicação) pediram desligamento da gestão do prefeito. Até hoje não se sabe o real motivo da briga da criatura com o criador. As diretrizes da gestão de João Paulo foram mantidas por João da Costa, sendo que o prefeito se mostrou ineficaz na comunicação e na articulação política, em contrapartida se mostrou um executor de obras relevantes como a Via Mangue por exemplo que foi literalmente tirada do papel por João da Costa. Obra fundamental para a mobilidade urbana da cidade, bem como para a valorização e utilização de um local até então pouco explorado como o Pina, a comunidade da Xuxa e muitos outros. João da Costa encerra seus quatro anos com quase 50% da Via Mangue executada, num ritmo que o prefeito eleito Geraldo Julio (PSB) não terá problemas para concluir em tempo hábil para a Copa do Mundo de 2014. Esse é o grande legado da gestão de João da Costa que também consolidou o Orçamento Participativo e organizou alguns comércios informais do centro da cidade. Se João da Costa sai da prefeitura sem ser um excelente prefeito, não se pode dizer que ele é um péssimo. Além disso, o fato de ter sido rifado pelo seu partido depois de disputar e vencer as prévias, o faz um político com couro de elefante. Poucos teriam passado pelo que ele passou com os seus correligionários e sairia de cabeça erguida. O resultado de Humberto Costa nas urnas corrobora a tese de que João da Costa seria o melhor candidato. João da Costa sai da prefeitura como um prefeito trabalhador e uma vítima do processo partidário. Já seus adversários correligionários saem menores do que entraram e encontrarão um ostracismo nunca visto em Pernambuco.
Presidente – Três nomes disputam a presidência da Câmara Municipal do Recife, são eles: André Ferreira (PMDB), Vicente André Gomes e Marília Arraes (PSB). Para a primeira-secretaria disputam Augusto Carreras (PV) e Jurandir Liberal (PT).
Secretários – O prefeito Geraldo Júlio pode anunciar Bruno Brennand (Assuntos Jurídicos), Carlos Percol (Comunicação) e Felipe Carreras (Cultura) como secretários na sua futura gestão.
PMDB – Conforme antecipado, o PMDB não deverá integrar o primeiro escalão do governador Eduardo Campos. Cogitava-se Raul Henry, que foi prontamente vetado por Eduardo Campos porque vai disputar eleição em 2014. O PMDB deve indicar alguém para o primeiro escalão da PCR.
PSDB – Aliado do governador Eduardo Campos em várias eleições municipais no estado e no país afora, o PSDB optou por integrar a oposição na Assembleia Legislativa. No mínimo contraditório. Não seria mais coerente se afastar do PSB nas eleições?
João Fernando Coutinho – O primeiro-secretário da Assembleia é candidatíssimo a deputado federal em 2014. Será o representante da Mata Sul em Brasília. O socialista já acertou tudo com o governador Eduardo Campos.
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