Michel Temer oficializa projeto de reeleição
O presidente Michel Temer já não usa mais da sua cautela peculiar para falar que será candidato a reeleição em 2018 porque deu-se conta de que nenhum candidato poderá fazer a defesa do seu governo melhor do que ele. Na verdade, com a reprovação popular que o presidente possui, ninguém iria ousar utilizá-lo na campanha, o que naturalmente daria a entender ao eleitorado que tudo o que foi feito nestes dois anos de governo foi ruim.
Na condição de candidato a reeleição, Michel Temer terá a oportunidade de fazer o enfrentamento político e defender o legado de um governo que tem sérios problemas éticos, igualmente ao da sua antecessora, mas que diferentemente do governo anterior, conquistou avanços inegáveis na economia, como a retomada do crescimento econômico, a diminuição do desemprego e o controle da inflação.
Como candidato a mais quatro anos, Temer terá dificuldades de vencer, evidentemente por conta do elevado índice de rejeição que possui, mas terá a oportunidade de defender o seu legado, e de tentar convencer eleitores que hoje não querem a volta de Lula e estão inclinados a votar em Jair Bolsonaro. Temer terá a grande oportunidade de fazer um debate com seus adversários e se aproximar da população, uma vez que tanto em 2010 quanto em 2014 a maioria dos brasileiros votou nele para vice-presidente e mal sabia de quem se tratava.
As suas declarações na imprensa e a intensificação das agendas externas, fazem do presidente um candidato irreversível. Mesmo disputando uma improvável reeleição, Temer se apega no fato de ter grande indefinição de nomes, de estar sentado na cadeira e no histórico de que todos os presidentes que tentaram a reeleição mesmo enfrentando dificuldades de popularidade em algum momento, terminaram vitoriosos.
Justiça – “Parando para refletir apressadamente no aspecto jurídico, FBC pode pedir a desistência do mandado de segurança no TSE e depois pedir ao STF o arquivamento do processo de conflito de competência. Caso o relator no STF aceite este arquivamento, como a decisão de ontem do mandado de segurança do desembargador Bartolomeu ainda vai estar em vigor, FBC ficaria com o comando do diretório estadual. Mas com o feriadão da Justiça na semana que vem e todos os meandros burocráticos no STF, TSE e TJPE, pode ser difícil conseguir isso até 7 de abril, prazo para filiação”, avalia um jurista, sob reserva de fonte.
Milton Coelho – O secretário de Administração, Milton Coelho, ao lado do chefe de gabinete do governador Paulo Câmara, João Campos, será candidato a deputado federal pelo PSB. Milton sempre foi da cozinha de Eduardo, chegando a ser vice-prefeito do Recife, e agora disputará um mandato de deputado federal com grandes chances de lograr êxito na empreitada.
Indefinição – Faltando menos de quinze dias para o fim do prazo da desincompatibilização, o governador Paulo Câmara ainda não tem totalmente definidos os substitutos de Milton Coelho, João Campos, Felipe Carreras, Nilton Mota e Sebastião Oliveira que deverão ser candidatos nas eleições deste ano e sairão no dia 7 de abril.
Ricardo Teobaldo – Extremamente habilidoso, o deputado federal Ricardo Teobaldo (Podemos) mesmo no primeiro mandato na Câmara dos Deputados já foi relator da comissão de orçamento, e líder eleito e reeleito do Podemos, postos que muitos deputados levam anos para conseguir. Ricardo, inclusive, deverá ser reeleito em outubro com expressiva votação.
Histórico – Evitando qualquer tipo de especulação, o deputado estadual Marcantonio Dourado ressalta que é PSB da gema, tendo uma relação histórica com Miguel Arraes e Eduardo Campos e possui apoio irrestrito ao partido.
RÁPIDAS
Continua – O Palácio já bateu o martelo e decidiu que pelo menos Raul Henry continuará no MDB após o dia 7 de abril para seguir brigando pelo partido. Já o deputado Jarbas Vasconcelos deverá sair do partido para filiar-se ao PSD e disputar o mandato de senador na chapa de Paulo Câmara. Caso Raul perca o partido mais lá na frente, será contemplado com um cargo representativo no governo Paulo Câmara.
Rasgando – Setores palacianos comemoraram a decisão monocrática do ministro Ricardo Lewandowski de conceder liminar ao vice-governador Raul Henry que alegou conflito de competência na decisão proferida pelo TSE no início da semana. Eles questionam se agora o ministro Fernando Filho rasgará sua ficha de filiação ao MDB assinada na última quinta-feira.
Inocente quer saber – O Palácio entregará a secretaria de Desenvolvimento Econômico aos Ferreiras na alteração do secretariado?
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