Um governo medíocre
Prestes a completar oito meses de existência, o governo Michel Temer tem sido politicamente tão ruim quanto o da sua antecessora Dilma Rousseff, com o adendo de gozar de uma boa relação com o Congresso Nacional, que tem permitido ao presidente aprovar projetos importantes para a saída da crise econômica que consórcio Dilma/Temer colocou o país, mas o lado positivo do governo para por aí.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chegou a comparar o governo Temer como uma pinguela, numa alusão ao programa “Uma ponte para o futuro” que até agora não disse a quê veio. Com a experiência de dois mandatos de presidente da República, FHC sintetizou bem este governo, que é extremamente frágil e que a qualquer momento pode cair, seja pelos desdobramentos da Lava-Jato, seja pela ação de cassação de registro de chapa que tramita no TSE.
O fato é que este governo se mostra tão fraco quanto o que passou, frustrando aqueles que defenderam o impeachment de Dilma Rousseff como alternativa para a saída da crise. Temer nada mais é do que um gestor, fraquíssimo diga-se de passagem, da crise política e econômica que acomete o nosso país. Tem sido covarde numa série de atitudes, pois se encastelou em Brasília temendo críticas de opositores e defensores da sua antecessora.
Na história não há espaço para covardes, e Temer tem sido um deles, evidenciando a cada dia que passa que tem jogado no lixo a grande oportunidade que a vida lhe deu de deixar um legado importante para o país. Temer é sem sombra de dúvidas um presidente medíocre, que ainda não se deu conta da sua responsabilidade histórica e tem sido patrocinador de um dos governos mais moribundos da história do nosso país, não devendo nada no quesito mediocridade para sua antecessora.
Herança – Diferentemente da maioria dos ex-prefeitos, que deixaram a terra arrasada para os seus sucessores, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes (PSDB) entregou a casa arrumada para o prefeito Anderson Ferreira (PR), num cenário completamente diferente do que ele havia recebido em 2009 de Newton Carneiro.
Referência – Apesar de estar no primeiro mandato, o vereador do Recife Benjamin da Saúde (PEN) já está com o seu gabinete bem organizado e tem se mostrado um conhecedor do regimento interno da Casa José Mariano se tornando referência para os demais colegas novatos. Benjamin herdou o gabinete do ex-vereador Alfredo Santana (PRB).
Favoritíssimo – O presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM/RJ) esteve ontem no Recife para almoço com a bancada federal pernambucana composta por 25 deputados. Maia enfrentará alguns adversários como Jovair Arantes e Rogerio Rosso, mas segue favoritíssimo para continuar no cargo por mais dois anos.
Cultura – A presidente estadual do Partido Popular Socialista (PPS), Débora Albuquerque, aceitou o convite do ministro da Cultura, Roberto Freire, para assumir a Secretaria Nacional de Cidadania e Diversidade Cultura, em Brasília. Esta é a mais importante secretária dentro do Ministério da Cultura. Agora, o Ministério da Cultura conta com duas importantes forças políticas dos pós-comunistas em Pernambuco. No final do ano, a empresária e promotora de eventos Maria do Céu assumiu a Chefia de Representação do MinC no Nordeste.
RÁPIDAS
Ênfase – Os deputados Roberta Arraes, Paulinho Tomé, Terezinha Nunes, Gustavo Negromonte, Isaltino Nascimento, Jadeval de Lima e Laura Gomes precisarão de muito trabalho para divulgar os seus respectivos mandatos caso queiram chegar com boas chances de reeleição em 2018 pois quem não é visto não é lembrado.
Todos – Eleito com votos dos evangélicos, o vereador do Recife Renato Antunes (PSC) pretende legislar para todas as crenças, pois reconhece que o papel do vereador é representar não apenas aqueles que o elegeram mas sim todo o povo da cidade.
Inocente quer saber – Por quê Michel Temer não privatiza todos os presídios e coloca os presos para pagarem sua própria comida?
William Pontes diz
É com surpresa que lemos o comentário sobre o Temer, especialmente para um analista de política e que vive no meio há tempo. Temer foi um político medíocre e fisiologista, preocupando-se com nomeações a fim de se beneficiar do erário público como sócio vitalício. Experiência administrativa nenhuma, e no executivo uma pálida passagem pela Secretaria de Segurança do Estado de São Paulo. Exitoso no Congresso sim, principalmente por ser um craque nas práticas do fisiologismo. A histórico dessa personagem plubea está disponível para todos que são tudo ramo, e para a cidadania bem informada.