Se for eleito senador, João Paulo fará novo mandato apagado?
João Paulo foi eleito vereador do Recife em 1988 pelo PT, quando em 1990 disputou e alcançou um mandato de deputado estadual. Nas eleições de 1992 disputou pela primeira vez um cargo majoritário – tentou, sem sucesso, ser prefeito de Jaboatão dos Guararapes – em 1994 foi reeleito deputado estadual e pela primeira vez em 1996 foi candidato a prefeito do Recife, quando novamente perdeu uma eleição, ficando em terceiro lugar perdendo para Roberto Magalhães e João Braga. Em 1998 alcançou mais um mandato de deputado estadual. Foi quando tentou a prefeitura do Recife novamente e venceu em 2000, numa eleição atípica desbancou o então favorito Roberto Magalhães (PFL) que buscava a reeleição no segundo turno. Assumiu em 2001 e fez uma gestão com alguns equívocos mas também recheada de acertos que lhe deram aprovação recorde e a condição de fazer o sucessor em 2008. Depois que saiu da prefeitura, João Paulo nunca mais encontrou seu rumo, foi secretário-relâmpago de Eduardo Campos depois de tentar, sem sucesso, virar ministro de Lula e foi eleito deputado federal em 2010, sendo o terceiro mais votado no estado e o mais votado da capital pernambucana. Como já tinha sido prefeito do Recife, esperava-se que a passagem pelo executivo pudesse transformá-lo num bom parlamentar. Na prática isso não aconteceu, com mais de três anos na Câmara dos Deputados, o ex-prefeito do Recife faz um mandato extremamente apagado, não figurando sequer entre os 150 “cabeças” do Congresso Nacional. Seus projetos de Lei – 40 no total – não tiveram tanta repercussão e pouquíssimos foram sancionados pelo Poder Executivo. Na disputa pelo Senado, vale uma comparação com a legislatura atual que conta com Humberto Costa, Jarbas Vasconcelos e Armando Monteiro, todos respeitadíssimos por suas atuações na Câmara Alta. Se vier a ser eleito senador da República por Pernambuco, esperamos que João Paulo melhore muito a sua atuação parlamentar no intuito de manter o nível dos senadores que Pernambuco manda para Brasília.
Bancadas mantidas – o STF manteve a distribuição das cadeiras na Câmara dos Deputados e nas Assembléias Legislativas. Com isso Pernambuco seguirá com 25 deputados federais e 49 deputados estaduais.
PSB – Mesmo que não venha a vencer a presidência da República, Eduardo Campos tem grandes chances de colocar o PSB no rol dos grandes partidos nacionais. No Rio de Janeiro pode eleger Romário para o Senado, em São Paulo pode eleger Márcio França vice-governador e na Bahia briga com chances com Lídice da Mata para o governo e Eliana Calmon para o Senado.
Raquel Lyra – A deputada Raquel Lyra (PSB) está sendo ventilada como uma das mais votadas da eleição deste ano. O resultado de 2014 terá papel nas eleições de 2016, quando ela tentará ser prefeita de Caruaru. Estourar nas urnas virou prioridade para a filha do governador. Na eleição passada obteve 49.610 votos.
Jarbas Vasconcelos – Muita gente está elogiando a postura do senador Jarbas Vasconcelos nesta fase da campanha eleitoral. Pouco afeito aos conchavos e ao corpo a corpo, Jarbas vem seguindo uma maratona de agendas como se fosse um principiante como há muito não se via.
RÁPIDAS
João da Costa – O ex-prefeito do Recife João da Costa será candidato a deputado federal pelo PT. Hoje é tido como o postulante mais competitivo do partido para chegar a um mandato na Câmara dos Deputados.
Eduardo da Fonte – O deputado Eduardo da Fonte anunciará o rumo que o PP tomará nas eleições no próximo dia 25, no Recife Monte Hotel. A tendência é que o partido siga mesmo com a Frente Popular.
Inocente quer saber – Será que o PDT nacional voltará atrás da imposição feita em Pernambuco na próxima segunda-feira?
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