Dilma já está tomando café frio
Em política quando um prefeito, governador ou presidente da República está prestes a concluir seu mandato, as pessoas costumam dizer que o detentor do mandato já está tomando café frio porque até a senhora do café não vê a hora do político sair do cargo para dar lugar ao novo titular do cargo. Exercendo o mandato há cinco anos e três meses, Dilma Rousseff está nesta situação, pois além de ostentar o pior índice de popularidade da história recente, não consegue mais dialogar com mais ninguém senão os xiitas defensores do seu governo.
Um governo, diga-se de passagem, extremamente incompetente e incapaz de apontar um norte para o país. Isso aconteceu desde 2011 quando a presidente foi obrigada a trocar uma série de ministros por escândalos de corrupção, e que parecia andar em piloto automático até a chegada das manifestações de junho de 2013 durante a Copa das Confederações. A popularidade de Dilma, que até então era considerada alta, virou pó em pouco tempo, parecendo um castelo de areia. E desde aquele momento o cenário só fez se complicar.
Já haviam sinais de que os tempos de Dilma seriam sombrios, pois a economia começava a degringolar, o Brasil perdeu a Copa de maneira exdrúxula sendo goleado por 7×1 pela Alemanha depois do país investir bilhões na “Copa das Copas”, que deixou como legado para os brasileiros dívidas e mais dívidas, além de uma série de estádios considerados elefantes-brancos com obras superfaturadas.
No processo eleitoral de 2014 um cenário atipico. A morte de um presidenciável de forma trágica era mais um sinal que aquela eleição seria péssima para o país. No desdobrar da disputa depois da morte de Eduardo Campos, Marina Silva subiu como um foguete até ser abatida em pleno voo pela campanha difamatória e agressiva praticada por Dilma Rousseff. No segundo turno Dilma continuou batendo nos adversários, agindo como uma máquina de destruir reputações, a vítima desta vez foi Aécio Neves.
No dia da eleição um fato inusitado, pela primeira vez desde que as urnas eletrônicas foram instituídas a apuração foi mantida em sigilo por um grupo de “auditores” do TSE, fato este que colocou em dúvidas a legalidade do pleito. Sobretudo por considerar que até 80% das urnas apuradas o presidente da República era Aécio Neves. Apesar de reeleita, Dilma nunca conseguiu se legitimizar no cargo, talvez a maldição de uma série de acontecimentos tenebrosos que culminaram na sua eleição. O que começa mal dificilmente termina bem. O impeachment de Dilma Rousseff é o remédio necessário ao país para fugir deste ambiente negativo que foi ocasionado pela petista, que não tem, nunca teve e nunca terá envergadura para exercer o cargo que exerceu durante cinco anos e três meses. Dilma já vai tarde e o Brasil agradece.
Titulares – Os secretários André de Paula (Cidades), Sebastião Oliveira (Transportes), Felipe Carreras (Turismo) e Danilo Cabral (Planejamento), todos deputados federais decidiram voltar para os seus respectivos mandatos em Brasília para votarem a favor do impeachment de Dilma Rousseff. Com a decisão voltam para a suplência os atuais deputados Augusto Coutinho, Fernando Monteiro, Cadoca e Raul Jungmann, este último retomará seu mandato na Câmara Municipal do Recife.
Nilton Mota – Diferentemente do que publicamos ontem de que o secretário de Agricultura Nilton Mota voltaria ao seu mandato de deputado estadual no dia 2 de abril para disputar a prefeitura de Surubim, na verdade a data será dois meses depois, ou seja, 2 de junho. Com isso o deputado Marcantonio Dourado continuará no mandato até junho, mas o Palácio deverá fazer uma engenharia para mantê-lo no cargo convocando algum deputado estadual da Frente Popular para o secretariado.
Diálogo – As conversas do prefeito Elias Gomes com o governador Paulo Câmara sobre a sucessão em Jaboatão dos Guararapes têm sido intensas. Na tarde de ontem, o PSB esteve novamente na pauta do tucano, desta vez numa longa conversa com o vice-prefeito Heraldo Selva. A expectativa da gestão municipal é que a aliança que reelegeu Elias Gomes em 2012 entre PSDB e PSB possa ser reeditada em 2016.
Debandada – O PMDB votará hoje o afastamento da presidente Dilma Rousseff com a entrega dos cargos que ocupa na Esplanada dos Ministérios. O primeiro a se afastar foi Henrique Eduardo Alves, que estava ocupando o ministério do Turismo. A expectativa é que o partido decidirá por unanimidade o desembarque do governo Dilma Roussseff.
RÁPIDAS
Liberados – Depois do PMDB sinalizar o rompimento, os partidos da base de Dilma Rousseff decidiram liberar suas bancadas na votação do impeachment. Será assim com PSD, PTB, PR e PP. Mais de 70% das bancadas destes partidos estão alinhadas com o impeachment de Dilma Rousseff.
Ausentes – O vice-presidente da República, Michel Temer, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, não devem participar da reunião do diretório nacional do PMDB. Esse foi o entendimento dos caciques do PMDB, depois que se definiu que a legenda tomará uma posição por aclamação pelo desembarque do governo Dilma.
Inocente quer saber – Os votos a favor do impeachment passarão de 400 na Câmara dos Deputados?