Cardeais do PSDB isolam Aécio Neves
Responsável pelo melhor desempenho do PSDB em eleições presidenciais desde 2002, o senador Aécio Neves relutou bastante até os fatos inundarem o noticiário nacional e começar a encampar a tese do impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Dono” de 51 milhões de votos, Aécio Neves não poderia ficar em cima do muro em relação a um tema tão complexo.
Pois bem, bastou Aécio defender a tese do impeachment que o tucanato paulista decidiu sufocar a sua posição. Tanto o senador José Serra quanto o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foram terminantemente contra o impeachment, mesmo diante do fato novo que foram as pedaladas fiscais que podem imputar em Dilma o crime de responsabilidade e embasar um eventual pedido de impeachment.
A postura de Serra, Alckmin e FHC vão muito além de “defender a vontade das urnas”, eles parecem querer defender a supremacia paulista no seio do PSDB. Se o impeachment toma corpo, Aécio Neves vira o grande ator político para 2018, indo de encontro ao projeto do PSDB paulista, que almeja novamente lançar um candidato que seria o governador Geraldo Alckmin.
A disputa interna do PSDB é algo patológico, capaz de levar o partido a quatro derrotas consecutivas em disputas presidenciais, impossibilitando aos líderes do partido uma unidade de fato e de direito em torno de uma verdadeira agenda positiva para o Brasil na figura do candidato que melhor se saiu nas urnas nos últimos dezesseis anos.
Se tudo que está acontecendo no Brasil fosse num governo do PSDB, o PT não teria essa postura e Lula, José Dirceu e outros figurões do partido estariam dia e noite nas ruas defendendo a saída do presidente tucano do Palácio do Planalto.
O pragmatismo que sobra no PT falta demais ao PSDB.
Pedro Eugênio – Faleceu ontem em São Paulo o ex-deputado federal Pedro Eugênio, vítima de consequências de uma cirurgia cardíaca malsucedida. Eugênio tinha 66 anos e foi deputado federal por três mandatos, estadual por um e secretário de Agricultura, Planejamento e Fazenda nos governos Miguel Arraes.
Voltou – Não durou uma semana o afastamento do deputado Guilherme Uchoa (PDT) da presidência da Alepe. Ele conseguiu suspender a liminar da juíza Mariza Borges no Tribunal através do desembargador Frederico Neves, presidente do TJPE. Assim, Guilherme Uchoa volta a presidir a Casa Joaquim Nabuco.
Livro – O vereador André Régis (PSDB) que também é professor e cientista político decidiu lançar um livro sobre a situação em que se encontram as escolas municipais do Recife. Ele já tem os dados de 97 das 223 escolas da rede municipal, onde apenas 11% das salas de aula estão dentro das normas da ABNT.
Antonio Figueira – No último sábado no cozido oferecido pelo deputado Jarbas Vasconcelos no Janga, o secretário da Casa Civil Antonio Figueira chegou cedo ao evento, mas logo assim que a comitiva do governador Paulo Câmara chegou, o titular da Casa Civil foi embora. Parece que acabou não provando do cozido de Jarbas.
RÁPIDAS
Financiamento público – O ministro do STF Luis Roberto Barroso defendeu uma ampla reforma política a fim de atrair a sociedade para participar. Para o ministro o ponto chave para uma melhor representatividade será o financiamento público de campanha, acabando assim com as negociatas do poder.
Promoção – O governador Paulo Câmara promoveu 1.920 policiais militares e bombeiros, condecorou 1.095 praças e oficiais da PM e presidiu a mesa de formatura de 410 sargentos e 415 cabos do Corpo de Bombeiros. O governador coloca como prioridade a segurança pública que está sendo diariamente questionada pela oposição.
Inocente quer saber – Além de Armando Monteiro e Marilia Arraes, quem mais irá para o PDT?