Armando encerrará um mandato à altura de Pernambuco
Apesar de já ter 66 anos de idade, Armando Monteiro tem uma trajetória política curta, de apenas 20 anos de mandatos eletivos, iniciados em 1998 com sua vitória para o primeiro mandato de deputado federal. Herdeiro do ex-ministro Armando Monteiro Filho e do ex-governador Agamenon Magalhães, Armando conseguiu ocupar o cargo de senador em 2010, atingindo um objetivo que não foi conquistado pelo seu pai em 1994.
O mandato de senador, conquistado em 2010 como o mais votado, deu a Armando uma dimensão política ainda maior, de quem já tinha exercido três mandatos de deputado federal e presidido a Confederação Nacional da Indústria. E no exercício do cargo desde fevereiro de 2011, foram oito anos de muito trabalho por Pernambuco e pelo Brasil. Para muitos, o mandato de senador é sinônimo de fim de carreira, mas para Armando representou muito mais do que isso, pois ele soube transformar o seu mandato num instrumento irretocável em defesa dos interesses de Pernambuco.
Ao encerrar seu mandato em fevereiro de 2019, Armando Monteiro deixa o Senado Federal com a certeza de dever cumprido, uma vez que além das duas candidaturas a governador, ele ocupou o importante ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, sendo reconhecido internacionalmente pela sua competência e pelo seu preparo em relação aos desafios econômicos do país.
Após vinte anos de mandatos eletivos, ainda não se sabe qual será o destino do senador quando deixar a Câmara Alta, mas é indiscutível que além de ter sido um senador extraordinário, Armando Monteiro conclui um ciclo da sua vida pública sem qualquer mácula que pudesse desgastar a sua imagem de homem público ilibado. A vida impõe novos desafios ao senador a partir de então, mas pela sua competência, pelo seu preparo, e sobretudo pela sua respeitabilidade, Pernambuco não faltará a Armando Monteiro nem ele faltará a Pernambuco, agora em outra trincheira com a responsabilidade de fazer valer os milhares de votos que recebeu durante sua vida pública.
Governador – O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Eriberto Medeiros, assumiu novamente o governo de Pernambuco durante nova viagem de Paulo Câmara e Raul Henry. Na ocasião anterior, Eriberto recebeu parlamentares no Palácio do Campo das Princesas e cumpriu uma série de agendas externas.
Bomba – Após tentar aprovar a reforma da Previdência e viabilizar a PEC do teto de gastos alegando que precisava ajustar as contas públicas, o presidente Michel Temer sancionou o aumento dos ministros do Supremo Tribunal Federal para mais de R$ 39 mil. A medida causará um impacto de quase R$ 6 bilhões nas contas públicas. Temer tinha a chance de vetar, mas o corporativismo falou mais alto, deixando uma bomba-relógio para o presidente eleito Jair Bolsonaro.
Desastre – Diante do desastre da gestão do prefeito Manoel Botafogo em Carpina, o nome de Diogo Prado vem ganhando muita força para as eleições municipais de 2020. Diogo obteve 7.924 votos no município para deputado estadual, sendo o majoritário da cidade com quase o dobro dos votos do segundo colocado. A expectativa é que ele possa enfrentar Botafogo nas eleições municipais.
Suplência – Apesar de exigir pelo menos 10% do quociente para ser eleito deputado federal, a legislação decidiu que no caso dos suplentes que assumirem o mandato nesta condição nada será alterado. Mesmo quem teve votos abaixo do quociente eleitoral poderá exercer o mandato com a ausência do titular.
RÁPIDAS
Regra – O presidente eleito Jair Bolsonaro já mandou avisar que não aceitará nenhum ex-ministro de Michel Temer em sua equipe ministerial. Apesar da regra, o presidente já permitiu que muitos nomes do segundo escalão do atual governo possam ser absorvidos no seu governo, sobretudo aqueles integrantes da área econômica.
Roberto Tavares – À frente da Compesa, Roberto Tavares é um dos auxiliares mais elogiados do governador Paulo Câmara. Há quem afirme que durante o rodízio que o governador está disposto a imprimir, Roberto seja alçado a uma importante secretaria.
Inocente quer saber – Quem ficará responsável pela indicação dos cargos em órgãos que funcionam em Pernambuco como Fundaj, Metrorec, Codevasf e Chesf?
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