Bolsonaro não é Trump, Brasil não é Estados Unidos
As pessoas que defendem a candidatura do deputado Jair Bolsonaro a presidente da República em 2018 fazem um comparativo, inclusive ele próprio, do resultado eleitoral dos Estados Unidos com uma possível vitória de Bolsonaro em 2018. Mas as semelhanças entre os dois candidatos são poquissimas, bem como a conjuntura no Brasil se difere dos Estados Unidos.
Nos EUA apenas dois partidos disputam efetivamente o cargo máximo do país, que são os Republicanos e Democratas, apesar de haver uma série de candidatos a presidente, não dá pra suplantar a barreira dos dois principais partidos e chegar ao cargo de presidente dos Estados Unidos. Além disso, no Brasil um candidato para se tornar viável com chances de vitória precisa de tempo de televisão, palanques estaduais, etc.
Nas últimas eleições nenhum partido ou candidato conseguiu quebrar a polarização PT x PSDB, quem chegou perto disso foi Marina Silva em 2010 e 2014 mas no fim acabou morrendo na praia nas duas ocasiões. O sistema eleitoral brasileiro que contabiliza o tempo de televisão dos candidatos de acordo com a quantidade de partidos que lhe apoiam, faz com que Bolsonaro sendo candidato apenas pelo PSC não tenha condições suficientes para se apresentar bem ao país, pois não há sinalização de outros partidos interessados em fechar apoio à sua postulação.
Donald Trump se elegeu nos Estados Unidos após construir uma bela trajetória na vida empresarial, fato que Bolsonaro não tem para apresentar. Ele não é gestor, também não se enquadra na característica do outsider, pois exerce o mandato de deputado federal há vários mandatos, sendo um político tradicional, pior, criou uma dinastia familiar onde tem filhos exercendo mandatos eletivos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Sem dúvidas Jair Bolsonaro terá uma boa votação em 2018, mas dificilmente chegará ao segundo turno. Mesmo assim seu apoio a um candidato numa segunda etapa poderá ser fundamental para definir a próxima disputa presidencial.
Encontro – O advogado Antônio Campos, que ainda está um poço de mágoas com o Palácio e com o PSB estadual, foi visto na chapelaria do Congresso Nacional em uma longa conversa com o ministro das Cidades Bruno Araújo. Há quem aposte que o irmão de Eduardo já estaria alinhavando um apoio formal a postulação do tucano ao Palácio do Campo das Princesas.
Oposição – Após o carnaval a bancada de oposição na Alepe que é liderada pelo deputado Silvio Costa Filho deverá ser reforçada por parlamentares do DEM e PSDB bem como outros deputados que estão insatisfeitos com o governador Paulo Câmara. Um deputado da bancada governista avalia que a bancada oposicionista poderá ultrapassar o número de vinte deputados.
Débora Almeida – Reeleita para a prefeitura de São Bento do Una, Débora Almeida poderá ser candidata a deputada federal em 2018. Apesar de ser filiada ao PSB, a prefeita já teria confidenciado a aliados que apoiará o projeto do ministro das Cidades Bruno Araújo em 2018 caso ele enfrente o governador Paulo Câmara.
Professor Lupércio – Eleito prefeito de Olinda, o deputado estadual Professor Lupércio (SD) se consolidou como uma grande liderança popular. Terá a grande oportunidade da sua vida ao governar a sua cidade e tem confidenciado a amigos mais próximos que está muito contagiado com o grande desafio que terá pela frente.
RÁPIDAS
Presidente – Prestes a deixar a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes deverá assumir a presidência estadual do PSDB em março com a incumbência de fortalecer o partido em 2017 e consequentemente criar as condições para Bruno Araújo disputar o Palácio do Campo das Princesas.
Ferreira – Com o prefeito eleito de Jaboatão dos Guararapes, um deputado estadual e um vereador do Recife, a família Ferreira passa a ter um protagonismo nunca antes visto em Pernambuco e precisará ser ouvida com atenção e carinho pelos candidatos a governador de Pernambuco.
Inocente quer saber – João Lyra Neto será candidato a deputado federal em 2018?
William Pontes diz
É muito para a família Ferreira.