Saída de Dilma é irreversível
Os próprios aliados da presidente afastada Dilma Rousseff em Pernambuco chegaram a um consenso de que mesmo que o governo Michel Temer não seja bem-sucedido, a chance de Dilma voltar ao cargo é próxima de zero por uma série de fatores, dentre elas a falta de capacidade que ela demonstrou durante o período em que governou o Brasil.
Hoje o cenário está muito mais próximo de Temer ficar até 2018 ou ter a realização de novas eleições porque Dilma não reúne mais nenhuma condição política para voltar ao cargo. Ainda que o governo Temer tenha sido alvejado pela Operação Lava-Jato através da queda de ministros do seu governo, no âmbito político o presidente em exercício conseguiu criar um diálogo com o Congresso Nacional em pouco mais de um mês que em anos Dilma foi incapaz.
Se a votação do impeachment fosse hoje, entre 56 e 60 senadores estariam dispostos a votar pela queda de Dilma. São necessários 2/3, ou 54 senadores. Os próprios senadores não querem a volta de Dilma porque a crise do seu governo acabava respingando no Senado Federal. Os parlamentares não se sentem bem com um governo fraco politicamente porque ninguém consegue se entender e o governo acaba por não resolver as demandas dos políticos em geral e eles acabam prejudicados com as bases.
Com a oficialização do impedimento de Dilma Rousseff as chances do governo Temer ser bem-sucedido aumentam consideravelmente, pois ele poderá a partir de então montar um ministério mais técnico e capaz de não se envolver em escândalos, tal como tem ocorrido atualmente com os auxiliares de Temer. E a partir daí o governo poderá, enfim, sair da letargia que Dilma colocou o país.
Tony Gel – O deputado Tony Gel reuniu uma multidão de jovens no tradicional Forró da Onda, cujo evento contou com a presença do vice-governador Raul Henry e do deputado Jarbas Vasconcelos. Apesar de ainda não ter anunciado que disputará a prefeitura, quem esteve com o deputado pôde perceber que ele está bastante animado para entrar na briga.
Paulista – O Democratas de Paulista, que tem Kenyo Miguel e Ronaldo Moura no comando, decidiu que não apoiará a reeleição do prefeito Junior Matuto. Ainda não se sabe o motivo do rompimento, mas comenta-se que foi a falta de espaço na gestão. Kenyo é candidato a verador, e Ronaldo disputou as eleições e 2012 e obteve boa votação.
Negativo – O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, rebateu as informações de que teria seus bens bloqueados a pedido do Ministério Público Federal. “Ação de Improbidade contra mim ainda não foi recebida pela Justiça. Não houve nem há qualquer indisponibilidade de bens”, afirmou, em sua conta no Twitter. “A Ação de Improbidade não deve prosperar, pois foi fundada em documento nulo e o praticado por mim é legal”, afirmou.
CBTU – O ministro das Cidades, Bruno Araujo, indicou, na última sexta-feira, o ex-prefeito do Recife e ex-governador de Pernambuco Joaquim Francisco para o comando da presidência do Conselho de Administração da CBTU, no Rio de Janeiro. Atualmente, o ex-governador ocupa a função de presidente do Instituto Teotônio Vilela, ITV, no PSDB de Pernambuco.
RÁPIDAS
Pauta – O governador Paulo Câmara estará reunido hoje a tarde com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto em Brasília. A expectativa recai sobre a possibilidade do presidente liberar o governo do estado para contrair financiamentos internacionais.
Apoio – Independentemene de quem seja o candidato escolhido por Elias Gomes para a sua sucessão, o PSB deverá marchar com o nome apresentado. Porém, o Palácio do Campo das Princesas não esconde de ninguém o desejo de que esse nome seja mesmo o de Evandro Avelar.
Inocente quer saber – Lula Cabral ficará inelegível para disputar a prefeitura do Cabo em outubro?