Geraldo Julio larga na frente pela PCR
O Instituto de Pesquisas Mauricio de Nassau (IPMN) divulgou ontem uma pesquisa sobre a sucessão municipal de 2016 na capital pernambucana. O levantamento trouxe o prefeito Geraldo Julio (PSB), que tentará à reeleição, em primeiro lugar com signifativa vantagem sobre o segundo colocado, que é o ex-prefeito João Paulo (PT). Adversário de Geraldo nas eleições de 2012, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), aparece em terceiro.
No primeiro cenário, com as candidaturas de Geraldo Julio, João Paulo, Daniel Coelho, Priscila Krause, Edilson Silva e Sérgio Magalhães, Geraldo aparece com 25% das intenções de voto, enquanto João Paulo tem 16%, Daniel Coelho 12%, Priscila Krause 4%, Edilson Silva 1% e Sérgio Magalhães não pontuou. Neste cenário, em votos válidos, Geraldo teria 42,4%, seguido por João Paulo com 27,1%, Daniel Coelho 20,3% e os demais 10,2%, o que configuraria um segundo turno entre Geraldo e João Paulo.
No segundo cenário, com Silvio Costa Filho no lugar de Daniel Coelho, e sem as candidaturas de Sérgio Magalhães e Priscila Krause, a vantagem do socialista é ainda maior. Geraldo Julio aparece com 30%, João Paulo 17%, Silvio Costa Filho 2% e Edilson Silva 1%. Já no segundo cenário, em votos válidos, Geraldo teria 58,8%, seguido por João Paulo com 33,3% e os demais 7,8%. O que configuraria uma vitória do socialista no primeiro turno.
Considerando os números mas também a conjuntura política dá pra levar em consideração que a deputada estadual Priscila Krause, que apesar de ter 4%, dificilmente terá a indicação do DEM para disputar a prefeitura, já que a legenda deverá marchar com a reeleição do prefeito. O deputado Daniel Coelho tem todas as condições de ser candidato a prefeito, mas aparecer com 20% dos votos válidos depois de ter obtido 28% em 2012, poderá ser um fator negativo para convencer o PSDB a dar-lhe legenda para a disputa.
Por fim os números de João Paulo corroboram a tese de que a sua candidatura é inviável. Se com praticamente 100% de conhecimento da população, depois de ter sido prefeito por oito anos saindo com expressiva aprovação popular, oscilar entre 16 e 17% de intenções de votos é muito pouco. Esse número cheira a teto. Para quem disputou o Senado em 2014, ganhando assim um recall do eleitor, era pra João Paulo figurar na pior das hipóteses empatado tecnicamente com Geraldo Julio para ter uma candidatura considerada competitiva.
O líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho, apesar de aparecer com um percentual baixo nas pesquisas, pode ser um nome competitivo, já que é jovem, se expressa bem, e poderá canalizar para si o voto dos insatisfeitos com a gestão de Geraldo Julio. Esse contingente de eleitores deverá se dividir entre Silvio Costa Filho e Daniel Coelho, caso o tucano seja mesmo candidato.
Num cenário de crise econômica e política, o prefeito Geraldo Julio pode considerar os números relativamente satisfatórios, mas deve abrir o olho para ampliar sua vantagem sobre os concorrentes a ponto de liquidar a fatura no primeiro turno, já que na única vez que um prefeito do Recife foi ao segundo turno disputando reeleição acabou perdendo a disputa, que foi o caso de Roberto Magalhães, derrotado por João Paulo em 2000.
Quartel-general – O vice-presidente Michel Temer já montou o seu QG na estratégia para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Temer, que herdará a presidência com a saída de Dilma, escalou o senador Romero Jucá e os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Eles terão a missão de convencer os parlamentares indecisos a votar pelo impeachment.
Ministro – O senador José Serra (PSDB/SP) é um dos grandes defensores do eventual governo Temer. Serra sonha acordado com a possibilidade de virar ministro da Fazenda de Temer, e tentar repetir o filme de Fernando Henrique Cardoso, que com a saída de Collor, virou ministro da Fazenda de Itamar Franco e depois presidente da República. Naquela época FHC era, assim como Serra, senador por São Paulo.
Reunião – A presidente Dilma Rousseff convocou os 27 governadores para uma reunião em Brasília amanhã para debater as ações que devem ser tomadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti. A expectativa do Palácio do Planalto é que a presidente também possa receber um gesto de apoio dos governadores à presidente e contra o impeachment.
Defesa – O advogado Antônio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda pelo PSB, divulgou nota no último sábado em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As palavras de Tonca têm peso porque ele representa a memória dos ex-governadores Eduardo Campos, seu irmão, e Miguel Arraes, seu avô.
RÁPIDAS
Comissão – Hoje será indicada a comissão especial que avaliará o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Jr, e autorizado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha na semana passada. A comissão será composta por 65 deputados e poderá contar com a presença dos pernambucanos Mendonça Filho, Bruno Araújo, Daniel Coelho e Fernando Filho.
Fernando Monteiro – Exercendo o primeiro mandato na Câmara Federal, o deputado Fernando Monteiro (PP) considera o ano de 2015 como satisfatório no que diz respeito a sua atuação parlamentar. Em pouco tempo Fernando já consegue se destacar entre os seus pares na condição de vice-líder do PP na Câmara.
Inocente quer saber – Pernambuco teria algum ministro num eventual governo Michel Temer?