Impeachment é instrumento político e deve derrubar Dilma
23 anos depois, o Brasil se depara com mais uma possibilidade de um presidente da República eleito ser obrigado a sair do cargo por uma sucessão de problemas que podem culminar num impeachment. Assim como em 1992 quando Fernando Collor perdeu as condições políticas de governar o Brasil, a presidente Dilma Rousseff enfrenta uma situação parecida, porém, com particularidades significativas que ampliam a sua responsabilidade pelo cenário caótico que se instaurou no país.
Diferentemente de 1992, quando o Brasil não sabia como enfrentar e vencer a inflação, em 2015 o governo da presidente Dilma Rousseff conseguiu desmanchar o que custou quase duas décadas para se consolidar que foi o controle inflacionário e a estabilidade da economia. Durante os oito anos de Fernando Henrique e os oito anos de Lula, o Brasil tinha problemas econômicos e políticos sim, mas os avanços governamentais suplantavam qualquer dificuldade que o país viesse a enfrentar.
Temos uma presidente que conseguiu acabar com quase tudo o que foi feito por FHC e Lula, e que não inspira confiança a ninguém, nem mesmo aos seus correligionários, que vez por outra estão reconhecendo em público e em privado que a presidente Dilma Rousseff perdeu todas as condições políticas de continuar no cargo.
O próprio PT já entende que o impeachment não é golpe e sim um instrumento político que pode frear o cenário de caos que tem nome, sobrenome e impressões digitais: Dilma Rousseff. A saída de Dilma não resolverá todos os problemas do país, mas quebrará um ciclo de desconfiança e de temor em relação ao futuro do país.
Dilma não tem condições de reverter a situação do país porque tudo o que ela apontou durante a campanha eleitoral era mentira, omissão ou falácia. Além disso atribuiu aos seus adversários práticas que ela executou nos mais de oito meses do seu governo, proporcionando um estelionato eleitoral e uma das maiores farsas da história política brasileira.
Candidato – O cantor de forró Josildo Sá decidiu entrar para a política, se filiou ao PV e disputará a prefeitura de Tacaratu nas eleições do ano que vem. Natural de Floresta, no sertão de Itaparica, Josildo cresceu em Tacaratu e agora vai tentar governar a cidade. Tacaratu é governada pelo prefeito José Gerson (PSB).
Olinda – O advogado Antônio Campos deu mais um passo para viabilizar sua candidatura a prefeito de Olinda nas eleições do ano que vem. No sábado ele comandou a Agenda 40 no Colégio Dom, que reuniu várias lideranças políticas do PSB pernambucano.
João Campos – Filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos, o estudante João Campos tem seu nome cotado para disputar um mandato eletivo. Dentro do PSB consideram que ele pode ser deputado federal em 2018, mas há quem defenda que ele comece “por baixo”, sendo candidato a vereador do Recife no ano que vem.
Sobrevida – Após passar seis anos na planície, entre 2007 e 2012, o PMDB do deputado Jarbas Vasconcelos voltou a ganhar fôlego quando passou a integrar a Frente Popular na eleição do prefeito Geraldo Julio. Com a morte de Eduardo Campos, uma série de políticos passou a considerar a hipótese de se filiar ao PMDB. O Debate, escritório de Jarbas, virou o point preferido de lideranças políticas de todo o estado.
RÁPIDAS
Ciumeira – Muita gente da Frente Popular não está nada satisfeita com as movimentações do secretário das Cidades André de Paula em fortalecer o PSD no estado. A ciumeira está aumentando a cada dia e já fizeram chegar aos ouvidos do núcleo político do Palácio do Campo das Princesas a insatisfação com o ex-pefelista.
Esvaziamento – O PR do deputado federal Anderson Ferreira está sofrendo um processo de esvaziamento, isso porque, diferentemente de Inocêncio Oliveira, que conhecia todo o mapa político do estado, Anderson Ferreira possui apenas inserção metropolitana e não é muito afeito a receber as lideranças políticas do interior para ouvir suas queixas como Inocêncio fazia.
Inocente quer saber – O ministro Armando Monteiro abandonou de vez as bases do interior?