PSDB pode ter nova chance de servir ao país
Fundado em 1988 com políticos dissidentes do PMDB, o PSDB já em 1989 disputou a presidência da República com o então senador Mário Covas, fundador do partido. Covas alcançou o quarto lugar na eleição vencida por Fernando Collor.
No processo que culminou no impeachment de Collor, o PSDB se uniu e contribuiu para que Itamar Franco recuperasse a confiança dos brasileiros no país. Assumiu com Fernando Henrique Cardoso o ministério da Fazenda e pôs em prática o bem-sucedido Plano Real, que acabou com a inflação. O sucesso do plano alçou Fernando Henrique a condição de candidato a presidente da República.
Fernando Henrique venceu a disputa no primeiro turno contra Lula em 1994. O sucesso do governo Fernando Henrique foi tão grande que emplacou a reeleição, advento criado pelo Congresso Nacional a fim de facilitar a execução de projetos de governos bem-sucedidos. Numa nova disputa em 1998 contra Lula, Fernando Henrique foi reeleito presidente da República igualmente no primeiro turno.
O restante da história a gente já sabe. O PT venceu as quatro eleições presidenciais subsequentes, contra o mesmo PSDB, que perdeu duas vezes com José Serra, uma com Geraldo Alckmin e a última com Aécio Neves. Na eleição de 2014 o PSDB alcançou seu melhor resultado desde que saiu do Palácio do Planalto em janeiro de 2003.
O PT venceu as eleições e carregou consigo uma rejeição estratosférica. A situação econômica do país, omitida pelo programa de Dilma Rousseff, foi desmascarada pelo tempo. Os escândalos de corrupção nos governos do PT impossibilitaram qualquer lastro político da presidente junto à sociedade.
Hoje Dilma pode cair a qualquer momento, e no cenário mais plausível de queda – através do TCU por conta das pedaladas fiscais – o vice-presidente Michel Temer assumiria o mandato de presidente da República. Num eventual governo Temer, o PSDB será novamente convocado a trabalhar a favor do Brasil, tal como diz seu slogan e como aconteceu em 1992 no governo Itamar Franco.
Roberta Arraes – Após ouvir as demandas da região do Araripe, a assessora especial do governador Paulo Câmara, Roberta Arraes, inicia hoje uma peregrinação nas secretarias do estado com o intuito de conseguir soluções para os municípios da região. A agenda começa com o secretário da Casa Civil Antônio Figueira e deve continuar com os os secretários das Cidades, de Saúde e de Educação.
PV – Com poucas chances de ser candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes pelo PSB, o deputado federal João Fernando Coutinho poderá se filiar ao PV. Além de se tornar o candidato da legenda ambientalista, seria o primeiro e único deputado federal do partido em Pernambuco. Caso se confirme a migração, João Fernando abdicaria do tão cobiçado número 4040 do PSB em 2018.
Flexibilidade – O vice-líder do governo na Câmara deputado Sílvio Costa (PSC) apresentou um projeto de lei complementar que visa atenuar os efeitos da Lei da Ficha Limpa. Atualmente, políticos condenados em segunda instância já são considerados inelegíveis. Silvio Costa quer que os corruptos só fiquem inelegíveis após o processo estar transitado em julgado no STF ou no STJ.
PMDB – Após passar 27 anos no cargo de presidente estadual do PMDB, Dorany Sampaio enfim passou o bastão. O vice-governador Raul Henry é o novo presidente da sigla em Pernambuco e terá a difícil missão de manter o partido alinhado com o PSB nas próximas eleições, inclusive no Recife, onde pode disputar em faixa própria com Jarbas Vasconcelos.
RÁPIDAS
Evasivo – Questionado sobre uma possível candidatura a prefeito do Recife nas próximas eleições, o deputado Jarbas Vasconcelos foi evasivo. Disse que a disputa ainda não estava na pauta e que era necessário discutir os problemas do país neste momento.
Sinalização – Em entrevista ao Correio Braziliense, o senador Aécio Neves deu a entender que uma das prioridades do PSDB será a manutenção da aliança com o PSB para as eleições de 2018. Com isso pode se entender que o PSDB em nome do projeto nacional prefira apoiar a reeleição de Geraldo Julio no Recife.
Inocente quer saber – Daniel Coelho em caso de negativa do PSDB para disputar a prefeitura pode fazer o caminho de volta pro PV?