A indecisão de João Paulo para 2016
Responsável por um dos resultados mais históricos de eleições em Pernambuco, quando derrotou o então prefeito do Recife Roberto Magalhães, que buscava a reeleição e possuía boa avaliação, João Paulo segue com seu futuro incerto para as eleições de 2016.
Após perder o Senado para Fernando Bezerra Coelho numa disputa em que liderou as pesquisas até a véspera da realização do pleito, João Paulo acabou saindo menor do que entrou, tendo inclusive sido derrotado no Recife, cidade que governou por oito anos e emplacou o sucessor.
Com isso ele acumula a quarta derrota majoritária da sua vida. Perdeu a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes em 1992, a prefeitura do Recife em 1996, a vice-prefeitura do Recife em 2012 e agora o Senado em 2014. Consequentemente o resultado da última eleição e o fato de sequer ter sido aproveitado no segundo escalão do governo federal, deixam João Paulo com uma pulga atrás da orelha em relação a 2016.
Se for disputar a prefeitura do Recife enfrentará dois candidatos extremamente competitivos que podem diminuir ainda mais o seu capital político, haja vista que Geraldo Julio detém a máquina da prefeitura do Recife e Daniel Coelho é o adversário capaz de capitalizar os eleitores insatisfeitos com a gestão do PSB, legando a João Paulo um posto de coadjuvância na eleição do ano que vem.
Se optar pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em caso de derrota será definitivamente defenestrado da política pernambucana. Em caso de vitória terá que fazer uma gestão muito competente pra poder se reposicionar politicamente no estado, sendo que Jaboatão tem uma receita muito menor que Recife e problemas infinitamente maiores, dificultando assim o êxito de uma eventual gestão.
Por fim, a alternativa menos dolorosa, porém igualmente arriscada. Seria impensável em caso de João Paulo disputar um mandato de vereador do Recife, a possibilidade de perder a eleição. É muito provável que ele seja eleito vereador caso dispute um mandato na Casa José Mariano. Mas ele igualmente só retoma seu capital político se tiver uma estrondosa votação, caso contrário será mais um entre os 39 vereadores e colocaria em risco as chances de voltar para onde não deveria ter saído: a Câmara dos Deputados.
A lógica de uma eleição proporcional é diferente da majoritária, sobretudo numa disputa para vereador. As pessoas que viram alguém ser prefeito do Recife querer ser um mero vereador já olham com certo preconceito e não ficam com muito ânimo pra votar em alguém que esteja em decadência política.
João Paulo está indeciso quanto ao seu futuro político, e está coberto de razão, porque sabe que qualquer decisão que tomar a construção será difícil e se não for exitoso na empreitada poderá colocar um ponto final melancólico na sua trajetória política que foi relativamente vitoriosa.
Petrolina – O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), que preside a Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, participa amanhã em Petrolina, do IV Simpósio de Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro, promovido pela Embrapa.
Lucas Ramos – Por articulação do deputado estadual Lucas Ramos (PSB) junto ao secretário de Desenvolvimento Econômico Thiago Norões, o governo de Pernambuco irá ceder um terreno de sua propriedade para a construção do Centro de Absastecimento de Petrolina.
PT – Em Caruaru o PT não se entende. Uma ala quer que o partido entregue todos os cargos e lance uma candidatura própria em 2016 contra o candidato do prefeito José Queiroz. A outra ala prefere a sombra e água fresca dos cargos comissionados da gestão do prefeito pedetista.
PSDB – O PSDB de Caruaru em convenção realizada na Câmara Municipal reconduziu o presidente Raffiê Dellon para o cargo, e abriu uma discussão sobre uma candidatura própria a prefeito de Caruaru nas eleições do ano que vem. O evento foi recheado de críticas ao prefeito José Queiroz e a presidente Dilma Rousseff.
RÁPIDAS
Programa – O PSDB veicula amanhã em rede nacional o seu programa partidário a partir das 20:30 horas. Existe uma forte expectativa do teor da peça publicitária, haja vista que o partido obteve seu melhor resultado em 2014 desde que saiu do governo federal em janeiro de 2003.
Fatura – Vários municípios onde a Frente Popular comporta duas ou até mesmo três forças estão com as articulações a pleno vapor. Os políticos que apoiaram o governador Paulo Câmara começam a cobrar a fatura para ter o apoio do Palácio em seus projetos municipais.
Inocente quer saber – Antonio Campos conseguirá viabilizar sua candidatura a prefeito de Olinda pela Frente Popular?