Houve crime de responsabilidade, portanto, há base legal para o impeachment
A presidente Dilma Rousseff e seus poucos defensores alardeiam que está havendo um golpe para destituí-la do cargo e que não há embasamento jurídico para o seu impeachment. Tal tese é risível pois o Tribunal de Contas da União rejeitou, por unanimidade, as contas do governo em 2014, por conta das “pedaladas fiscais”, que representam a alocação de recursos de bancos públicos para o governo a fim de garantir um falso superávit primário.
Tal mecanismo se repetiu em 2015, já no segundo mandato de Dilma, omitindo um rombo de R$ 40 bilhões. Na prática é como se a dona de casa repassasse dinheiro da conta de energia para pagar o aluguel. Apesar de o aluguel ser pago, a conta de energia fica em aberto, naturalmente gerando um rombo nas finanças da residência, que inexoravelmente terá que ser paga, colocando em risco o pleno funcionamento da residência.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, que aconteceu logo após o Plano Real, veio com o objetivo de coibir as práticas dos gestores de alocar recursos para outras áreas a fim de atender demandas mais urgentes. Foram baseados na LRF que Miguel Reale Jr., Janaina Paschoal e Helio Bicudo apresentaram o pedido de impeachment de Dilma.
Dilma, por sua vez, mentiu ao país na campanha fingindo que havia uma normalidade na economia, mas a mentira não foi exclusivamente nos programas eleitorais do PT, mas principalmente na realidade das contas públicas. Foi uma total irresponsabilidade mentir aos brasileiros para depois mandar a fatura pra todo mundo pagar. Diante de tudo isso ela queria sair ilesa?
Após praticar o maior estelionato eleitoral da história recente do país, Dilma não tem como pagar tamanha mentira e tamanha falta de respeito com o povo brasileiro que não com o seu mandato. Houve crime de responsabilidade sim, houve estelionato eleitoral, houve desrespeito com os brasileiros, portanto não vai ter golpe, vai ter justiça e vai ter impeachment!
Moreno – O ex-prefeito Edvard Bernardo se filiará hoje ao PSDB na sede do partido no Recife, tendo a ficha abonada pelo prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes. Edvard será candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo também ex-prefeito Vavá Rufino (PTB). Juntos eles tentarão impor uma derrota ao atual prefeito Dilsinho (PSB) que ostenta elevados índices de rejeição.
Haroldo Duarte – Pré-candidato a vereador do Recife, o dentista Haroldo Duarte é uma das principais apostas do PSDB para a disputa em outubro. Aliado do deputado federal Daniel Coelho, que será candidato a prefeito, Haroldo tem dialogado bastante com a sociedade recifense discutindo a saúde bucal, que é a sua principal bandeira de campanha.
Pagamento – O prefeito Geraldo Julio paga nesta quinta-feira o salário de março dos servidores. Assim como em fevereiro, Geraldo decidiu pagar no último dia do mês, o que leva a crer que será uma tendência a partir de agora. Os servidores, que estavam com medo de uma mudança no calendário de pagamentos, enfim respiram aliviados.
Decisão – Muita gente considerou desnecessária a volta dos secretários do governador Paulo Câmara aos seus mandatos em Brasília. Isso porque Felipe Carreras, Danilo Cabral, Sebastião Oliveira e André de Paula poderiam alinhar um posicionamento conjunto com Fernando Monteiro, Augusto Coutinho, Raul Jungmann e Cadoca na votação do impeachment.
RÁPIDAS
Fernando Monteiro – O deputado Fernando Monteiro (PP) está se movimentando em Petrolina para viabilizar o apoio de Júlio Lóssio, Lucas Ramos e Gonzaga Patriota em torno da candidatura de Odacy Amorim a prefeito de Petrolina. Caso Fernando consiga lograr êxito na tentativa, e Odacy se eleja prefeito, estará se consolidando no sertão do São Francisco para a sua reeleição em 2018.
Filiações – Termina no sábado o prazo de filiações dos candidatos a prefeito e vereador nas eleições de outubro. O cenário ainda não está definido. Até o próximo sábado podem haver muitas mudanças, sobretudo em Recife e Jaboatão, que terão reflexos significativos na disputa por vagas nas Câmaras Municipais.
Inocente quer saber – O que farão a CUT, o MST e os demais movimentos ligados ao PT depois que perderem o financiamento do governo federal?