A senha de Elias Gomes para romper com o PSDB
Fragilizado politicamente após o processo eleitoral de 2016 quando não fez o sucessor em Jaboatão dos Guararapes e viu seu filho sofrer a terceira derrota seguida no Cabo de Santo Agostinho, Elias Gomes acabou sendo atropelado pelo PSDB, quando levou um drible de Antonio Moraes e Bruno Araújo no acordo feito para assumir a presidência estadual do partido.
Ciente das dificuldades que possui na política, pois não tem espaço no PSDB e não tem seu nome lembrado para a construção dos palanques de 2018, Elias que é um excelente marqueteiro, cobrou publicamente uma posição do PSDB para que o partido tivesse candidato próprio, e se colocou como alternativa para este projeto.
Puro blefe, pois Elias sabe que o partido está fechado com a candidatura de Fernando Bezerra Coelho a governador e que os tucanos podem figurar na chapa majoritária da oposição. E que o nome indicado jamais será ele. Os correligionários de Elias descumpriram o acordo por não confiar que ele fosse trabalhar pelo crescimento do partido e sim pelo seu projeto e o de seu filho, que não tem a menor chance de renovar seu mandato de deputado federal.
Elias com suas palavras dá o primeiro passo para formalizar a saída do PSDB. Dificilmente no PPS ou no PV conseguirá colocar um projeto majoritário em 2018 pois falta lastro político e financeiro para isso. Além do mais, os dois partidos tendem a marchar com o projeto da oposição, seguindo o mesmo caminho do PSDB.
Elias pretende, com a pré-candidatura a governador, que não será levada adiante, chegar num partido como figura de proa. Tanto no PV quanto no PPS. Ele quer um partido para chamar de seu e sentar à mesa de negociações como ator importante, coisa que no PSDB ele não tem a menor condição de conseguir, uma vez que não possui mais a patente de ser prefeito da segunda maior cidade de Pernambuco, diferentemente do general Bruno Araújo que é o poderoso ministro das Cidades.
Retorno – Pelo menos três executivas municipais do PMDB sofreram nas mãos do diretório estadual do partido com intervenções e dissoluções. Além de Olinda, as cidades de Palmares e Araripina sofreram o peso da caneta do diretório estadual, que hoje reclama da mesma postura adotada pelo diretório nacional. Quem sofreu na pele a situação diz que Jarbas e companhia apenas estão sentindo na pele a Lei do retorno.
Palestra – O sociólogo e cientista político Antonio Lavareda fala sobre o tema “A um Ano das Eleições 2018: Conjunturas e Perspectivas”, para uma plateia de empresários, nesta segunda, 18, na sede da ABIMAQ, em São Paulo, durante o 3° Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que debate o futuro da indústria no Brasil. Entre os palestrantes convidados, o respeitado Mário Gabriel Galipolo, mestre em Economia Política (PUC-SP) e o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro.
Força – A pré-candidatura a deputado federal do empresário Guilherme Uchoa Júnior vem tomando um corpo impressionante, de acordo com muitos deputados estaduais. Quem vem acompanhando os movimentos não tem dúvidas que o potencial eleitoral de Júnior é significativo, tendo chances reais de ficar com uma das 25 vagas de deputado federal em disputa no ano que vem.
Informação – A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa de Pernambuco decidiu fazer um pedido de informação ao secretário de Planejamento Márcio Stefanni por conta de o governo do estado não ter liquidado as emendas impositivas dos deputados que estavam garantidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias. O valor era pra ter sido pago até este mês, porém não tem qualquer previsão de pagamento.
RÁPIDAS
Lamentações – Após a sessão plenária de ontem, um grupo de deputados se reuniu para fazer duras críticas à condução política do Palácio do Campo das Princesas, parecendo o muro das lamentações. Teve um deputado que lembrou o episódio da eleição da mesa diretora em 2015, que o governo só percebeu que o estrago estava feito após o resultado, e perguntou se o governo só vai se ligar em outubro de 2018.
Suplente – Na Alepe várias pessoas consideravam a hipótese de Silvio Costa ser suplente de senador de Armando Monteiro. Silvio teria esticado a corda demais com a candidatura, tendo Silvinho candidato a deputado federal e ficou sem condições de retroceder. Ser suplente de Armando seria uma saída honrosa com a possibilidade de assumir caso Armando virasse ministro se fosse eleito.
Inocente quer saber – Sebastião Oliveira continuará no PR para subir no palanque da oposição?
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