Um desfecho insatisfatório
O Senado cassou o mandato de presidente da República de Dilma Rousseff ontem por 61 votos a 20, que se fosse ao pé da letra tiraria os direitos políticos dela por oito anos a partir de janeiro de 2019, porém uma interpretação exdrúxula da Lei permitiu uma aberração que foi a manutenção, a partir de uma segunda votação, dos direitos políticos da agora ex-presidente. Ora, o pau que dá em Chico tem que dar em Francisco, quando Fernando Collor foi impichado em 1992 ficou inelegível a partir de 1995 até 2003, quando teve o direito de disputar a prefeitura de Maceió em 2004. O mesmo se esperava para a agora ex-presidente.
A decisão do Senado fortalece a tese de golpe parlamentar difundida pelo PT, pois se havia crime de responsabilidade, que foi o motivo da cassação do mandato de Dilma, era fundamental que ela ficasse inelegível. Um frankenstein que poderá abrir um precedente irreparável para a nossa república, pois poderá abrir um precedente para que o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha possa ser igualmente beneficiado, sendo cassado mas preservando seus direitos políticos.
A decisão cheirou a acordão e sem sombras de dúvidas deixou estarrecido quem acompanhou todo esse processo de impeachment, que perdurou longos nove meses, o período de uma gestação, para chegar a um desfecho insatisfatório para a sociedade, causando mais repulsa do povo brasileiro à classe política que o representa.
O movimento foi capitaneado pelo presidente do Senado Renan Calheiros e muitos senadores que votaram pelo afastamento embarcaram nessa tese estapafúrdia. Mesmo mantendo os direitos políticos de Dilma Rousseff, de forma absurdamente equivocada, de todo modo o impedimento definitivo foi um avanço para o Brasil, que nas mãos de Dilma chegou ao caos total. Na condição de presidente da República de fato e de direito, Michel Temer tem a chance de reverter a situação do país e conduzir o Brasil a uma nova era.
Cidadão – Nesta quarta-feira (31), o deputado estadual Lucas Ramos (PSB) presidiu a reunião solene, na Assembleia Legislativa de Pernambuco, de entrega do Título de Cidadão de Pernambuco a dom Magnus Henrique Lopes, bispo diocesano de Salgueiro, nascido no município de Assu (RN). Dom Magnus foi frade capuchinho e atuou por anos no convento da ordem, no Pina, Zona Sul do Recife, onde fez amigos. A homenagem, proposta pela deputada Socorro Pimentel (PSL), contou com a presença do arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido; do prefeito de Salgueiro, Marcondes Libório de Sá (PSB); da deputada federal Creusa Pereira (PSB); e do vice-presidente do CNBB Nordeste, dom Manoel Delson, entre outros amigos e personalidades.
Investimento – O governador Paulo Câmara acompanha, na manhã desta quinta-feira (01.09), o anúncio do maior investimento do Grupo Neoenergia no Estado. Um ato no Palácio do Campo das Princesas, área central do Recife, detalha o projeto de R$ 820 milhões do grupo, através da Celpe. Os recursos serão destinados à modernização do sistema elétrico pernambucano e às ações de combate ao furto de energia. Do aporte total, R$ 300 milhões já foram injetados e o restante será aplicado até dezembro, conforme o cronograma da empresa. O plano de investimento também prevê ações de segurança e em tecnologia da inovação. A intenção do Grupo Neoenergia é tornar o serviço mais eficiente para a população pernambucana.
Sem rumo – O Palácio do Campo das Princesas já considera caso perdido a situação do vice-prefeito Jorge Gomes na disputa para prefeito de Caruaru. Com apenas 6% nas pesquisas faltando um mês pra eleição, ficou nítido que a decisão de José Queiroz em indicar Jorge como candidato a sua sucessão foi um mero capricho pessoal no intuito de evitar que o PSB apoiasse o projeto de Raquel Lyra em Caruaru.
Tese – Há quem aposte na migração dos votos de Daniel Coelho e Priscila Krause para Geraldo Julio caso haja possibilidade de um segundo turno entre Geraldo e João Paulo por parte da classe média como tem se apresentado nas pesquisas. O chamado voto útil que inexoravelmente desidrataria Priscila ou Daniel pode acabar desidratando os dois para evitar que o PT volte a comandar a prefeitura.
RÁPIDAS
Elogios – A estratégia do prefeito Geraldo Julio de apontar os problemas do Recife em seu guia para fazer um contraponto com as obras da sua gestão pegaram seus adversários de calças curtas. Numa tacada só Geraldo “roubou” o discurso de João Paulo, Priscila e Daniel. Tal estratégia foi reconhecida até por alguns adversários do socialista.
Araripina – Se antes havia uma certeza de que o ex-deputado Raimundo Pimentel seria o prefeito de Araripina em outubro, essa certeza já não é tão garantida assim. Na cidade a candidatura do Dr. Aluizio Coelho (PP) tem roubado a cena, deixando os demais adversários pra trás e viabilizando uma polarização com Raimundo que poderá ser comprovada nas próximas pesquisas.
Inocente quer saber – Quando João Lemos terá o seu registro de candidatura a prefeito de Camaragibe cassado?
Alfredo Golmann diz
Edmar!!!
Vc está a serviço e Meira?
Pq, no mesmo dia que vc postou um comentário que a campanha de Meira crescia, Inaldo publicava o contrário.
Pq, vc não fala da violência da família Meira. Homicídios, estorsoes de Kombeiros, carros roubados, pistolagens, etc. Vc está certo quanto a João Lemos e tbm a Jorge, qdo vc fala da administração, mais nas questões políticas vc está desatualizado. A briga pela prefeitura, será entre J.A e J.Lemos
Meira não ganha, guarde esta informação é depois da apuração, lembre-se dela.
William Pontes diz
O golpe foi explícito em várias atitudes: compra de senadores com entrega de cargos, na contramão do vazio e início discurso de que tem fato não aconteceria mais ( hipocrisia em alto grau); afirmações de dois senadores que votaram pelo impeachment de que não houve crime de responsabilidade; manutenção dos direitos políticos como uma nas culpa pelo golpe perpetrado. Mais uma página negra escrita na política brasileira. Um assassinato a sangue frio da nossa tênue democracia. Os aulicos em todos os quadrantes, inclusive na midia, dao realce ao DNA golpista que esta inoculado no seu ser.