Eduardo Campos se mostra mais persuasivo
Em 2006 quando detinha apenas um dígito nas pesquisas, Eduardo Campos chegou a ser menosprezado por muitos e evitado por outros. Apresentava propostas que viravam chacotas na boca dos seus adversários. A construção de três hospitais foi uma delas. A redução da passagem e da conta de energia foram outras propostas que receberam desdém dos adversários. Naquela eleição Eduardo possuía um pouco mais do que terá na televisão este ano, eram três minutos e cinqüenta e sete segundos. Nesta, dois minutos e quatro segundos. Seus adversários possuíam pelo menos o dobro do que o então candidato do PSB. Ele foi comendo pelas beiradas, chegou ao segundo turno e acabou vencendo a eleição. Para as eleições de 2014, Eduardo parece ser novamente o azarão. Está em terceiro lugar com nove pontos, quatorze a menos que o candidato do PSDB Aécio Neves e vinte e nove a menos que Dilma Rousseff, do PT, que disputa a reeleição. Mas ontem Eduardo no Jornal Nacional se mostrou muito persuasivo e competente nas respostas. O socialista foi mais convincente que Aécio Neves e soube capitalizar politicamente para si uma entrevista que tem por objetivo claro constranger o candidato, seja ele qual for. O discurso do ex-governador sobre a colocação da mãe no TCU, apesar de sabermos que não bate com a realidade, tem fundo de justificativa para o eleitorado. Ele não era deputado federal, não detinha cargo na esfera da União e como governador do “modesto” Pernambuco não teria esse poder de fogo para emplacar a mãe no TCU. Vale salientar que a indicação foi da Câmara dos Deputados, com maioria dos votos entre os parlamentares e foi corroborada pelo Senado e pelo presidente da República. Sobre participar do governo do PT, sua resposta foi cirúrgica quando disse que não tinha obrigação de ficar eternamente aliado ao PT. Mas os pontos altos da entrevista foram logo no início quando disse que só existia uma promessa que era melhorar a vida do povo brasileiro e ao final quando disse que Dilma entregará o país pior do que recebeu. Essas duas frases possuem um efeito devastador e são apenas uma amostra de que o neto de Arraes não foi disputar o Planalto apenas para ganhar experiência.
A conta – Se o chapão da Frente Popular eleger 29 deputados estaduais como está sendo cogitado, a votação mínima para se eleger será de 37 mil votos. O que faz com que muitos deputados que tiveram menos que isso na eleição passada precisem trabalhar muito para não terem surpresas.
Diminuiu – Pesquisas internas do PSB apontam para uma diminuição considerável da vantagem de Armando Monteiro para Paulo Câmara. Isso poderá ser comprovado ou desmentido pelo Datafolha na próxima sexta-feira.
Ricardo Costa – Eleito pelo PSDC em 2010 com apenas 20 mil votos, o deputado Ricardo Costa foi para o PMDB. Precisará de cerca de 37 mil votos. Será que terá fôlego para praticamente dobrar a votação?
Chapas – O cientista político Adriano Oliveira chama atenção para a possibilidade de Pernambuco eleger um senador de uma coligação e um governador de outra. Já tem gente apostando em Armando Monteiro governador e Fernando Bezerra Coelho senador.
RÁPIDAS
Daniel Coelho – O deputado Daniel Coelho, candidato a federal pelo PSDB inaugura seu comitê na Av. Antônio de Góes, em frente ao posto Petrobras, no Pina na próxima quinta-feira a partir das 19 horas.
Aline Mariano – Já a vereadora Aline Mariano (PSDB), candidata a deputada estadual, estará inaugurando seu comitê no próximo domingo a partir das 10 horas.
Inocente quer saber – Priscila Krause aprova a aliança do DEM com o PSB que ela tanto combateu?
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