Fiasco da seleção não deve influenciar na eleição
Muitos apressados após a goleada sofrida para a Alemanha no Mineirão ontem já sentenciaram que a culpa do fiasco é de Dilma Rousseff e por isso ela não se reelegerá. Afirmação equivocada e sem qualquer amparo histórico. Nos últimos 30 anos o Brasil disputou oito Copas do Mundo, venceu duas e perdeu seis, nas duas vitórias, 1994 e 2002, pouco teve a ver com o resultado da eleição. Em 1994 a vitória de Fernando Henrique Cardoso deveu-se a implantação do Plano Real no governo Itamar e a estabilização econômica alcançada. Já em 2002, José Serra era o candidato de FHC, após o Brasil ganhar o pentacampeonato e mesmo assim a eleição acabou vencida por Lula. Já em 2006 e 2010, o Brasil perdeu as copas e mesmo assim os candidatos do PT venceram. Tanto Lula em 2006 na reeleição quanto Dilma em 2010 apoiada por Lula. Mesmo assim, a Copa do Mundo de 2014 teve um ingrediente especial que foi o de ser realizada no Brasil. Havia a expectativa, 64 anos depois, que o Brasil fizesse diferente de 1950 quando perdeu pro Uruguai a final em pleno Maracanã. Terminou sendo pior, quando o Brasil sequer foi pra final, ficando impossibilitado de jogar no templo sagrado do futebol. Pelo fato de ser no Brasil, sabemos que os investimentos foram vultuosos, cuja maioria deles foi realizada com dinheiro público. A Copa do Mundo teve 12 sub-sedes, quando quase metade delas sequer são praças futebolísticas, o que naturalmente tende a deixar verdadeiros elefantes brancos. As obras de mobilidade urbana não saíram do papel, impossibilitando que o legado da Copa fosse usufruído pela maioria do povo brasileiro. A expectativa foi grande. Apesar do sucesso da Copa dentro dos gramados, ficou evidenciado que o país continua possuindo diversos gargalos de infra-estrutura e que precisam ser solucionados. Este assunto provavelmente entrará na pauta da eleição e pode sem colocar em xeque a reeleição de Dilma Rousseff.
PSDB – O PSDB segue dividido. Apesar de formalizar o apoio a Paulo Câmara, existe gente no partido querendo ir para Armando Monteiro. O deputado Daniel Coelho lidera o cordão dos insatisfeitos com a aliança com a Frente Popular e deve apoiar Armando para governador.
Ausência – O deputado Mendonça Filho teve sua ausência notada no ato de Paulo Câmara da última segunda-feira no Arcádia Paço Alfândega.
Betinho Gomes – O deputado Betinho Gomes tem uma chance ímpar de chegar em Brasília como deputado federal. O seu pai Elias Gomes tentou em 2006 ser federal e não conseguiu.
Sebastião Oliveira – Herdeiro do espólio político do tio, deputado Inocêncio Oliveira, Sebastião é considerado por muitos um possível eleito para a Câmara dos Deputados.
RÁPIDAS
Adesões – Além de Raimundo Pimentel, Vado da Farmácia e Daniel Coelho, Armando Monteiro aguarda novas adesões de lideranças que estão na Frente Popular. Dentre elas a vereadora Marilia Arraes.
Afogados e Araripina – O candidato a presidente da República Eduardo Campos cumprirá ao lado da sua vice Marina Silva agenda no próximo dia 12 em Araripina e Afogados da Ingazeira.
Inocente quer saber – Valeu a pena ter investido bilhões na Copa do Mundo e terminar perdendo o Hexa de forma melancólica?
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