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Gleisi na articulação política: mais um erro estratégico de Lula
A decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de nomear Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais pode ser considerada um dos movimentos mais equivocados de seu governo. Em vez de buscar um nome que facilitasse o diálogo com o Congresso e garantisse a governabilidade, Lula optou por uma figura que é vista com desconfiança até mesmo dentro da base governista e rejeitada pela maioria dos parlamentares.
A Secretaria de Relações Institucionais é um dos postos mais estratégicos da Esplanada dos Ministérios. O ocupante da cadeira precisa ter habilidade política, trânsito entre diferentes partidos e capacidade de negociação para garantir apoio ao governo em votações decisivas. No entanto, Gleisi é conhecida justamente pelo oposto: ideológica, inflexível e mais afeita ao embate do que ao consenso, sua presença no cargo torna ainda mais frágil a articulação política do governo Lula.
A relação entre o Planalto e o Congresso já não era das melhores. O governo enfrenta dificuldades em aprovar pautas essenciais e tem sido refém de um Congresso cada vez mais independente e pragmático. Nesse cenário, o ideal seria um nome que fosse respeitado por lideranças de diferentes espectros políticos e tivesse jogo de cintura para lidar com um Legislativo imprevisível. Ao escolher Gleisi, Lula praticamente decreta o colapso da interlocução institucional, pois entrega essa missão a alguém que coleciona desafetos e não tem credibilidade entre os parlamentares.
A tendência é que o governo enfrente ainda mais dificuldades para aprovar projetos e negociar emendas, abrindo espaço para um ambiente de instabilidade política e constantes derrotas no Congresso. A decisão revela também uma certa desconexão de Lula com a realidade política: em um momento que exige diálogo e habilidade, ele aposta na radicalização e na fidelidade partidária, em vez da governabilidade.
Com Gleisi na articulação política, a relação entre o Planalto e o Congresso só tende a piorar. E quem pagará o preço dessa escolha errada será o próprio governo, que pode ver sua base se esfarelar ainda mais nos próximos meses.
Desastre – A gestão de Dilma Rousseff à frente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), do Brics, tem sido marcada por atrasos em metas, alta rotatividade de funcionários e críticas por má administração. Documentos revelam que o banco tem um índice de demissões três vezes maior que a média de instituições semelhantes e enfrenta dificuldades na execução de projetos. Relatórios internos apontam que a centralização excessiva das decisões tem prejudicado a eficiência do NDB. Mesmo assim, Dilma se prepara para iniciar um segundo mandato no comando da instituição.
Saúde – São Lourenço da Mata conquistou a segunda colocação no ranking nacional da Atenção Básica à Saúde entre cidades com 100 mil habitantes, com nota 9,88, segundo o Ministério da Saúde. No estado, lidera na Região Metropolitana e ocupa a 20ª posição em Pernambuco, um feito histórico. O prefeito Vinícius Labanca celebrou o avanço, destacando que o município saiu da 182ª posição estadual para se tornar referência na área. Programas como “Remédio Até Você” e “Laboratório do Povo” foram fundamentais para a conquista, despertando o interesse de outras cidades na eficiência da gestão.
É de Feitosa – A Lei 13.712/2009 que transformou o Galo da Madrugada Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco é de autoria do deputado estadual Coronel Alberto Feitosa.
Ótimo carnaval – A partir de hoje a coluna ficará em recesso até a próxima quinta-feira, quando voltaremos com as análises sobre o cenário político estadual e nacional. Ótimo carnaval a todos!
Inocente quer saber – O que fez Lula escolher Gleisi Hoffmann para a articulação política?
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