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A fragilidade do governo Lula e o risco de um desgaste irreversível
Desde que reassumiu a Presidência da República em 2023, Luiz Inácio Lula da Silva vem enfrentando desafios que colocam seu governo sob uma crescente onda de reprovação. Com a mais recente pesquisa Datafolha apontando sua pior avaliação – 24% de aprovação e 41% de reprovação em fevereiro de 2025 –, a situação se assemelha a momentos críticos vividos por seus antecessores. No entanto, o contexto atual expõe fragilidades específicas que tornam a situação ainda mais preocupante para o Palácio do Planalto.
Se olharmos para os últimos presidentes, fica evidente que Lula enfrenta um desgaste precoce, algo que pode comprometer seriamente a governabilidade. Jair Bolsonaro, por exemplo, registrou sua pior avaliação em dezembro de 2021, com 53% de reprovação e 22% de aprovação. O ex-presidente enfrentou crises como a pandemia e escândalos envolvendo seu governo, mas sua pior fase ocorreu após três anos de mandato. Dilma Rousseff atingiu seu pior índice em dezembro de 2015, quando 70% dos brasileiros avaliavam seu governo como ruim ou péssimo. Esse cenário culminou no seu impeachment meses depois. Já Michel Temer teve a pior aprovação entre os presidentes recentes, chegando a apenas 3% de aprovação e 82% de reprovação em junho de 2018, após uma série de denúncias de corrupção e um governo sem respaldo popular.
Agora, comparemos com Lula: em apenas dois anos, ele já está com 24% de aprovação e 41% de reprovação, um nível de desgaste que, embora não seja o mais grave da história recente, demonstra um enfraquecimento acelerado. Diferente de Dilma e Bolsonaro, que sofreram erosão ao longo do tempo, o governo Lula enfrenta rejeição significativa ainda no meio do mandato.
A crise atual do governo Lula não é fruto apenas da oposição política ou de dificuldades econômicas globais. Alguns fatores internos contribuem para o enfraquecimento da sua gestão. Recentemente, a chamada “crise do Pix” gerou grande insatisfação popular. A interpretação equivocada de uma portaria da Receita Federal sobre a tributação das transações via Pix causou pânico e uma reação negativa em massa. A demora do governo em esclarecer o mal-entendido apenas ampliou o desgaste. Além disso, o aumento contínuo no preço dos alimentos tem corroído o poder de compra da população, impactando diretamente a percepção do governo. A inflação é um tema sensível para qualquer presidente, e o Planalto ainda não conseguiu apresentar soluções concretas para reverter a situação.
Outro fator que torna a situação de Lula ainda mais difícil é a dificuldade de mobilização popular. Diferente dos seus primeiros mandatos, o cenário econômico atual e a polarização política limitam sua capacidade de angariar apoio. O apelo às conquistas do passado já não surte o mesmo efeito, e sua base eleitoral, embora ainda presente, não possui a mesma força de mobilização de outrora.
Se o governo não reverter essa tendência, Lula pode entrar em um território perigoso. Bolsonaro, mesmo em sua pior fase, manteve uma base fiel que o sustentou politicamente. Dilma, por outro lado, perdeu apoio até de setores aliados, o que resultou no impeachment. Temer, sem base popular, governou graças ao Congresso, mas sob uma rejeição recorde. Lula precisa reagir rapidamente para evitar que sua popularidade continue em queda. Medidas econômicas eficazes, melhor comunicação com a sociedade e articulação política são essenciais. Caso contrário, ele poderá terminar seu terceiro mandato como um dos presidentes mais impopulares da história recente do Brasil.
Gerando empregos – Pernambuco encerrou 2024 com a menor taxa média de desocupação desde 2015, registrando 10,8% de desemprego, uma queda significativa em relação a 2023 (13,4%) e 2022 (15,9%). Segundo a PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE, o estado reduziu em 25% o número de desocupados nos últimos dois anos, o que representa 151 mil pernambucanos a menos sem trabalho desde o início da atual gestão estadual.
Ritmo acelerado – O deputado federal André Ferreira (PL) teve uma semana movimentada em Brasília, recebendo prefeitos, vereadores e secretários municipais de diversas regiões de Pernambuco para discutir demandas e a destinação de emendas. Entre as conquistas, foram garantidos recursos para obras de infraestrutura em Jaboatão, compra de equipamentos para Quipapá e investimentos na saúde de São Joaquim do Monte. O parlamentar reforçou seu compromisso com o estado, destacando que seu gabinete segue aberto para atender às necessidades da população pernambucana.
Nulidade – A deputada estadual Socorro Pimentel (União Brasil) protocolou um recurso na Alepe pedindo a anulação da instalação e eleição das lideranças das comissões de Constituição, Finanças e Administração Pública, alegando descumprimento do Regimento Interno. A líder do Governo criticou a convocação feita pelo presidente em exercício, Rodrigo Farias, classificando-a como precipitada e sem respeito à institucionalidade do parlamento. O pedido conta com o apoio de outros 12 deputados, que defendem a revisão da decisão pela Mesa Diretora.
Inocente quer saber – Como e quando terminará o governo Lula?
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