Trump retorna à Casa Branca sob olhares atentos do mundo
Nesta segunda-feira, 20 de janeiro, Donald Trump retorna à Casa Branca após quatro anos afastado do cargo, marcando um momento singular na história dos Estados Unidos. Ele é o primeiro ex-presidente em mais de um século a reconquistar o comando da maior potência econômica mundial, em uma posse cercada de expectativas, tensões e promessas de um novo capítulo para o país.
A vitória de Trump nas eleições de 2024 consolidou sua posição como uma força política difícil de ser ignorada. Sua campanha, centrada no lema “Fazer a América Grande de Novo, Mais uma Vez” (“Make America Great Again, Again”), mobilizou uma base de apoio fiel, que o impulsionou a derrotar o presidente em exercício, Joe Biden, em uma disputa polarizada. Sua plataforma incluiu promessas de retomada econômica, controle rigoroso da imigração e um retorno a políticas nacionalistas que marcaram seu primeiro mandato.
O cenário internacional também observa atentamente a volta de Trump ao poder. Sua abordagem assertiva em relação à China, suas críticas às organizações multilaterais e sua postura de “América Primeiro” prometem mudanças significativas na política externa americana. Líderes globais, aliados e adversários esperam entender se sua segunda administração trará uma continuidade das políticas de ruptura ou um Trump mais moderado após os desafios enfrentados fora do poder.
No campo doméstico, a posse de Trump ocorre em meio a um cenário econômico resiliente, mas com desafios importantes, como a inflação, tensões sociais e questões relacionadas às mudanças climáticas. Sua promessa de revitalizar a economia com foco no setor energético e na desregulamentação ambiental já provoca debates acalorados entre seus apoiadores e críticos.
A cerimônia de posse em Washington, marcada por medidas de segurança reforçadas, simboliza mais do que a retomada de Trump ao poder: representa a profunda divisão política dos Estados Unidos. Apesar disso, o discurso inaugural do presidente eleito promete ser um apelo à unidade, ainda que sob o estilo combativo que se tornou sua marca registrada.
Para Trump, esta é mais do que uma volta ao poder. É uma chance de solidificar seu legado como um dos presidentes mais controversos e disruptivos da história americana. Para o mundo, é o início de um novo ciclo que certamente impactará as próximas décadas.
Posse interna – A posse de Donald Trump como presidente dos EUA, marcada para segunda-feira (20), será realizada dentro da Rotunda do Capitólio devido à onda de frio extremo que atinge o país, com temperaturas previstas de até -6 ºC em Washington, D.C., e ventos de até 56 km/h, que agravam a sensação térmica. Esta será a primeira posse em local fechado desde 1985, quando Ronald Reagan enfrentou condições similares. Cerca de 250 mil apoiadores com ingressos precisam ajustar seus planos, enquanto líderes como Joe Biden, Kamala Harris e Barack Obama confirmaram presença.
Repercussão – A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de negar a viagem de Jair Bolsonaro à posse de Donald Trump repercutiu nos principais jornais internacionais, como The New York Times, The Washington Post, El País e The Guardian. As publicações destacaram que o ex-presidente brasileiro, investigado por supostas tentativas de golpe e com passaporte retido, não poderá deixar o país por risco de fuga, segundo o STF. Bolsonaro chamou a decisão de “perseguição política” e seus advogados já recorreram.
Representante – Após o ministro Alexandre de Moraes, do STF, negar o pedido de Jair Bolsonaro para recuperar seu passaporte e comparecer à posse de Donald Trump, o ex-presidente confirmou que sua esposa, Michelle Bolsonaro, representará a família no evento, junto com os filhos Flávio e Eduardo. Bolsonaro revelou a informação ao portal “Faroeste à Brasileira”, destacando que Michelle foi convidada e receberá tratamento especial pela consideração de Trump. O ex-presidente lamentou a decisão e afirmou que recorrerá, embora com “pouca esperança”, ressaltando o orgulho de ter sido convidado para o evento.
Inocente quer saber – Donald Trump conseguirá fazer um governo exitoso nos Estados Unidos nesta sua volta à Casa Branca?
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