PSD vira estratégico
Partido criado em 2011 para atrair nomes de centro-direita do antigo Democratas, o PSD tornou-se uma importante legenda nacional sob a liderança do presidente Gilberto Kassab, cuja atribuição principal é garantir a governabilidade no Congresso Nacional. Atualmente, a legenda possui 43 deputados federais, 15 senadores e dois governadores.
Mas com um cenário político de busca de convergências após uma eleição presidencial bastante polarizada e acirrada, a tendência é de que lideranças políticas nacionais de centro busquem partidos com o perfil do PSD. Este deve ser o movimento da governadora Raquel Lyra, que apesar de eleita pelo PSDB, viu seu partido tomar uma decisão que não é interessante para o seu governo, que foi optar por fazer oposição ao presidente Lula.
A ida para o PSD, que deverá ser o destino de muitos prefeitos que buscam alinhamento com o Palácio do Campo das Princesas, torna-se estratégica para Raquel Lyra, que em 2026 chegará com uma legenda robusta para ampliar seu arco de alianças. Além do mais, pelo perfil da legenda, ela fica com maiores condições de dialogar com partidos de esquerda, a exemplo do PT, podendo inclusive ofertar uma das vagas ao Senado em sua chapa ao partido.
Apesar de a governadora não externar este desejo, ficou muito claro quando ela tentou costurar uma federação entre MDB e PSDB, que não se concretizou. Então ela partiu para uma alternativa em que se torna mais interessante para a construção de seu projeto político em Pernambuco. No caso do ministro André de Paula, dirigente da sigla no estado, também foi um ganho extraordinário, pois com a governadora em seu partido, suas chances de voltar a Brasília como deputado federal aumentam substancialmente em 2026.
Caminho livre – Além do PT do senador Humberto Costa, a governadora Raquel Lyra no PSD fica com o caminho livre para dialogar com o senador Fernando Dueire (MDB), Anderson Ferreira (PL) e Eduardo da Fonte (PP) para que dois desses quatro sejam seus senadores em 2026. Se ficasse no PSDB, uma aliança com o PT ficaria praticamente descartada.
Destino – Não é apenas a governadora que pode deixar o PSDB. O ex-senador Armando Monteiro também estaria prestes a deixar a legenda para ingressar no Podemos. Apesar de não sinalizar desejo em disputar novamente um mandato eletivo, Armando segue dialogando com o mundo político e contribui com sua credibilidade, experiência e trânsito para defender os interesses de Pernambuco.
Verão – Nesta sexta-feira, a Empetur lança a campanha de verão de Pernambuco no Centro de Convenções a partir das 9 horas. O evento contará com a presença do presidente da Empetur, Eduardo Loyo e de outros integrantes da equipe do governo estadual, como o secretário de Turismo, Daniel Coelho.
Inocente quer saber – Os atuais senadores, Fernando Dueire e Humberto Costa, despontam para compor a chapa de Raquel Lyra em 2026?
Lucas Lourenço diz
Quem sou eu para ensinar política a Raquel, né? Mas já “ensinando”, o correto seria filiar Priscila Krause e Daniel Coelho no PSD, já que o Cidadania é um partido irrelevante e que está sendo retirado das mãos de Roberto Freire para aderir de vez ao lulismo. Dessa forma, o PSD já se faria presente no governo de Raquel com duas secretarias e a vice-governadora. Daí o próprio Daniel poderia disputar a prefeitura do Recife pelo PSD, pois mesmo que ele viesse a perder para João Campos, poderia ajudar a eleger vereadores do partido. Raquel sair do PSDB a essas alturas, soaria como traição ao partido que garantiu sua eleição em 2016, após ser descartada pelo PSB. Assim como o PSDB também a garantiu como candidata ao governo estadual em 2022. O fato do PSDB fazer oposição a Lula na Câmara não muda em nada para Raquel, mesmo porque não existe nenhum deputado pernambucano no PSDB. É um erro crasso fazer cálculo político pensando em garantir uma vaga para o PT no Senado em 2026, fora que o PT é opositor do governo dela e vai continuar sendo, o PT estará com o PSB em 2026 ou, ainda, estará sozinho, lançando candidatura própria. Raquel não tem que pensar nisso para tentar se reeleger em 2026, ela tem que pensar em governar e fazer um governo bem avaliado.
Pedro Mendes diz
Não será interessante para ela sair do PSDB. Nesse sentido, pode soar estranho, a administração dela será mais interessante dentro do PSDB. Ademais. a tecla, o Miguel Coelho é necessário. Enfim, todavia, as decisôes cabem a ela.
Pedro Mendes diz
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Se possível veja,
Pedro Mendes diz
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Pedro Mendes diz
Por fim, com relação ao Miguel Coelho, ela pode sair ganhando filiando ele ao PSDB, pois os Coelhos tem bons contatos em Brasilia. Ainda mais, seria complicado do Miguel querer se candidatar enquanto ela estivesse como chefe do executivo, e ela poderia ganhar um Senador leal. Mudando de assunto, o governador do Maranhão tem interessado em se filiar ao PSDB, ela pode sair ganhando com isso. Enfim.
Leroy Cabral diz
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Elwood Dooling diz
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