
Bolsonaro faz ato para manter protagonismo na direita em 2026
O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a mobilizar sua base neste domingo (16) em Copacabana, no Rio de Janeiro, em um ato que pediu anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A organização do evento estimou cerca de 50 mil pessoas, enquanto a Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) apontou um público de 400 mil, mas as imagens registradas no local indicam uma presença menor. Ainda assim, a manifestação demonstrou que Bolsonaro mantém um eleitorado fiel e mobilizado, mesmo após sua inelegibilidade.
Sem poder disputar eleições até 2030, o ex-presidente se prepara para o papel de cabo eleitoral do bolsonarismo em 2026. Sua presença no ato reforçou essa estratégia, ao mesmo tempo em que serviu como demonstração de força diante do risco de prisão. Investigado por suspeitas que vão desde uma suposta tentativa de golpe até o caso das joias sauditas, Bolsonaro sabe que seu futuro político depende de como esses processos se desenrolarão nos próximos meses.
O evento também trouxe à tona uma das grandes questões para a próxima eleição: quem será o candidato de Bolsonaro? A presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reforçou os rumores de que ele pode ser o escolhido para disputar a Presidência com o apoio do ex-presidente. Tarcísio busca equilibrar seu alinhamento ao bolsonarismo com uma imagem mais técnica e moderada, o que pode torná-lo um nome viável para ampliar o alcance eleitoral do grupo.
Enquanto Tarcísio esteve no palanque, uma ausência foi notada: Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama, que tem ganhado projeção no PL Mulher e é apontada como possível candidata em 2026, ficou de fora do evento. O gesto parece ser uma estratégia para preservá-la e manter sua imagem menos associada às polêmicas que cercam o ex-presidente. Se Bolsonaro não conseguir viabilizar um nome forte fora da família, Michelle pode surgir como uma opção natural para representar o bolsonarismo na disputa presidencial.
O ato de Copacabana foi mais do que um pedido de anistia. Ele marcou um novo capítulo da estratégia política de Bolsonaro, que, mesmo fora das urnas, segue sendo o principal nome da direita no Brasil. A corrida para 2026 já começou, e os movimentos do ex-presidente mostram que ele pretende continuar influenciando o cenário político nos próximos anos.
Desenvoltura – No ato em Copacabana, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, mostrou grande desenvoltura ao interagir com os presentes. Mesmo tendo sido bastante tietado por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, Tarcísio manteve sua compostura e articulação, reforçando sua imagem como o nome mais capaz de reunir o espólio eleitoral bolsonarista. A performance do governador evidencia sua aptidão para cativar e mobilizar a base conservadora, posicionando-o como uma das principais apostas para os desafios políticos que se aproximam.
Nova manifestação – Após o evento no Rio de Janeiro, já há data marcada para uma nova manifestação: 6 de abril, desta vez na Avenida Paulista. A expectativa dos bolsonaristas é para um evento que reúna mais apoiadores do que na capital fluminense e reforce o ex-presidente na luta contra as acusações que possam culminar na sua prisão.
Protagonismo – O deputado estadual Abimael Santos participou da manifestação realizada neste domingo no Rio de Janeiro, ao lado de Jair Bolsonaro e outras lideranças da direita, em defesa da anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro. Durante o evento, Abimael interagiu com apoiadores, reforçou sua posição em defesa da liberdade de expressão e destacou a importância do direito à manifestação pacífica.
Inauguração – Nesta segunda-feira (17), a governadora em exercício Priscila Krause inaugura, em Olinda, o novo Centro de Formação Esportiva (CFE) do Estado, um espaço dedicado ao desenvolvimento de crianças e jovens na prática esportiva. A iniciativa, resultado de parceria entre o Governo de Pernambuco e a Prefeitura de Olinda, amplia o alcance do programa, que já está presente em diversas cidades pernambucanas. O evento ocorre às 10h na EREM Professor Ernesto Silva, em Rio Doce.
Inocente quer saber – Existe uma perseguição a Jair Bolsonaro, como afirmou Silas Malafaia?
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