
A força de Silvio Costa Filho na política pernambucana cresce com eleição de Hugo Motta
A eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara dos Deputados fortalece não apenas o parlamentar paraibano, mas também amplia a influência do ministro Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) dentro da política pernambucana e nacional.
Titular da pasta de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, que também é deputado federal licenciado, teve um papel determinante na construção da candidatura de Motta. Atuando nos bastidores, ele trabalhou para garantir a unidade em torno do nome do novo presidente da Câmara, conseguindo reunir do PT ao PL, além de siglas do chamado centro democrático.
A eleição de Hugo Motta com 444 votos foi resultado de um amplo consenso articulado entre diferentes forças políticas. Silvio Costa Filho desempenhou um papel fundamental nesse processo, ajudando a pacificar divergências e atrair apoios, o que evitou uma disputa acirrada e consolidou uma candidatura única. Seu trabalho demonstra sua habilidade política e sua crescente influência tanto no Congresso quanto no governo federal.
A importância de sua participação ficou ainda mais evidente quando, seguindo a orientação do presidente Lula (PT), Silvio Costa Filho fez questão de retornar à Câmara para votar em Motta. Esse gesto reforçou o compromisso do ministro com a articulação política e a governabilidade do Executivo.
Com Hugo Motta no comando da Câmara dos Deputados, Silvio Costa Filho se fortalece ainda mais como um dos principais nomes da política de Pernambuco. Além de consolidar seu espaço no governo Lula, sua atuação reforça seu prestígio no Republicanos e sua capacidade de transitar entre diferentes correntes políticas.
O desdobramento dessa eleição pode ter impacto direto no futuro político de Silvio Costa Filho em Pernambuco, abrindo novas possibilidades para seu crescimento dentro do estado. Seu trabalho nos bastidores da sucessão na Câmara demonstra que ele está cada vez mais consolidado como um ator político estratégico em Brasília e no cenário nacional.
Espaço ao centrão – O presidente Lula (PT) avalia uma reforma ministerial para fortalecer a articulação política do governo no Congresso. Uma das mudanças em estudo é a entrega do Ministério das Relações Institucionais, hoje comandado por Alexandre Padilha (PT), a um nome do centrão. Outra possibilidade seria a substituição do líder do governo na Câmara dos Deputados, atualmente o petista José Guimarães (PT-CE). A movimentação visa garantir maior apoio da base governista nas votações estratégicas.
Cotados – Com a intenção de ampliar o espaço do centrão na articulação política, o presidente Lula (PT) considera novos nomes para cargos estratégicos. O líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões, desponta como favorito tanto para o Ministério das Relações Institucionais quanto para a liderança do governo na Câmara. Além dele, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP) também tem sido ventilado para assumir a liderança governista, reforçando o peso do centrão nas decisões do Executivo.
Pernambuco forte – O senador Humberto Costa (PT-PE) foi eleito vice-presidente do Senado, enquanto os deputados federais Carlos Veras (PT-PE) e Lula da Fonte (PP-PE) assumirão cargos de destaque na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, como primeiro-secretário e segundo-secretário, respectivamente. As eleições fortalecem a representação de Pernambuco no comando do Legislativo Federal.
Inocente quer saber – A governadora Raquel Lyra acertou ao decidir por cinco jogos de Sport e Santa Cruz sem torcida após os incidentes violentos do último sábado?
Uma maneira fácil e barata de diminuir crimes violentos e os nao-violentos: aquele que for condenado por algum ilícito penal, perderá imediatamente pelo dobro da pena ao qual foi condenado QUALQUER BENEFÍCIO, SUBSÍDIO SOCIAL, seja federal, ou estadual, ou municipal.
A violência pública no Brasil não é apenas uma questão ideológica, mas financeira e social. Construir cadeias e contratar policiais é caro, a manutenção do sistema penal exige recursos elevados, e punir gera ressentimento individual e social. A população, no entanto, não quer arcar com esse custo. Prefere que o Estado invista em saúde, educação e empregos públicos, enquanto a criminalidade segue seu curso. O sentimento dominante não é a busca por justiça, mas a indiferença: “bandido que se mate sozinho”.
Mesmo que leis mais duras reduzam o crime, sua eficácia é limitada sem um endurecimento extremo, o que demandaria gastos bilionários. Segundo estimativas feitas para os Estados Unidos, reduzir a violência em 80% exigiria o encarceramento de 4% da população, ao custo de US$ 500 bilhões. Além disso, um aumento de 10% na punição resulta em apenas 6% de queda no crime, e um ano adicional de pena evita, em média, sete crimes — seis contra o patrimônio e um violento (fonte: Prison and Crime: Much More Than You Wanted to Know, publicado no Astral Codex Ten). No Brasil, ninguém quer pagar esse preço. O envelhecimento populacional já aponta para uma queda natural da violência, então governantes optam por esperar, sem investir em segurança pública.
A leniência penal não protege os pobres — pelo contrário, são eles as principais vítimas. Enquanto ricos vivem protegidos, os mais vulneráveis enfrentam a criminalidade diariamente. Ainda assim, o brasileiro médio não vê sentido em gastar dinheiro com prisões, reforçando um ciclo de impunidade e violência.
A solução existe: endurecer leis e punir todos que infringirem a lei, ricos ou pobres. Foi assim que os EUA reduziram sua criminalidade nos anos 1990, com forte pressão social por medidas mais rígidas e a aprovação de leis severas, como a Violent Crime Control and Law Enforcement Act, sancionada pelo presidente Bill Clinton em 1994. Mas para isso, é preciso enfrentar um dilema fundamental: a sociedade está disposta a pagar o preço da punição? Até lá, a escolha social segue clara — tolerar altos índices de criminalidade e deixar o tempo resolver.
É provável que, nos próximos 20 anos, os crimes violentos diminuam significativamente no Brasil, atingindo níveis semelhantes aos da Europa. Isso se deve, em grande parte, ao envelhecimento rápido da população brasileira, que apresenta uma taxa de natalidade de apenas 1,65 filho por mulher. Como o crime violento é frequentemente associado à juventude, essa mudança demográfica tenderá a reduzir a incidência de crimes violentos.
Os governantes estão cientes desse fenômeno demográfico e, portanto, é provável que não implementem medidas drásticas para combater o crime. No entanto, é fundamental adotar estratégias preventivas para reduzir a criminalidade antes mesmo de ela ocorrer. Medidas como a instalação de câmeras de segurança, iluminação pública eficaz e policiamento ostensivo e intensivo podem ser eficazes para prevenir crimes e garantir uma sociedade mais segura
A defesa da leniência penal por setores da esquerda brasileira revela-se contraditória ao seu próprio discurso de proteção aos mais vulneráveis. A realidade demonstra que as principais vítimas da violência são justamente os mais pobres, que não dispõem dos mesmos recursos de proteção que as classes mais abastadas – como carros blindados, segurança privada ou residências em condomínios fechados.
Enquanto os mais privilegiados podem se isolar da violência urbana, a população de baixa renda enfrenta cotidianamente a insegurança no transporte público, nas ruas e em suas próprias residências. As estatísticas são reveladoras: há mais de 15 anos, o Brasil registra aproximadamente 45 mil homicídios anuais, com vítimas e perpetradores majoritariamente oriundos das camadas mais vulneráveis da sociedade.
O argumento de que o endurecimento penal afetaria desproporcionalmente pessoas negras e pobres ignora uma realidade ainda mais cruel: na ausência do Estado, esses mesmos indivíduos acabam mortos em confrontos violentos. A verdadeira justiça social não reside na impunidade, mas na aplicação igualitária da lei, independentemente de classe social ou etnia. O objetivo deve ser garantir que todos os criminosos, sejam ricos ou pobres, respondam por seus atos perante a justiça.
Vale ressaltar que a maioria da população de baixa renda é composta por cidadãos honestos e cumpridores da lei. Portanto, defender a impunidade não protege os pobres – pelo contrário, os expõe ainda mais à violência da qual são as principais vítimas.
É inegável que a segurança pública exige investimentos substanciais. A contratação e a manutenção de um efetivo policial adequado, a construção e a gestão de presídios, bem como a implementação de políticas públicas eficazes, acarretam custos elevados para os estados. No entanto, a crença de que o endurecimento de leis penais e o aumento do policiamento ostensivo, por si só, constituem a panaceia para a violência, tem se mostrado não apenas ineficaz, mas também dispendiosa.
É inegável que a segurança pública exige investimentos substanciais. A contratação e a manutenção de um efetivo policial adequado, a construção e a gestão de presídios, bem como a implementação de políticas públicas eficazes, acarretam custos elevados para os estados. No entanto, a crença de que o endurecimento de leis penais e o aumento do policiamento ostensivo, por si só, constituem a panaceia para a violência, tem se mostrado não apenas ineficaz, mas também dispendiosa.
A experiência demonstra que o recrudescimento de penas não produz o efeito desejado na redução da criminalidade. Para que a punição fosse realmente dissuasora, seria necessário aumentar a severidade das leis de forma drástica, o que esbarraria na resistência da população, que não está disposta a arcar com os custos dessa medida, tanto os financeiros quanto os sociais.
A sociedade brasileira, de modo geral, prioriza investimentos em áreas como saúde, educação, emprego público e transferência de renda, relegando a segurança pública a um segundo plano. A máxima “bandido que se exploda”, embora possa expressar a frustração e a descrença na capacidade do Estado de lidar com a violência, evidencia a relutância em destinar recursos para a construção de presídios e a contratação de policiais.
Essa escolha social, no entanto, tem um preço. Enquanto a violência não atingir níveis europeus, o Brasil continuará a contabilizar dezenas de milhares de homicídios por ano, com a população mais pobre sendo a principal vítima.
A questão da leniência penal, frequentemente atribuída à “esquerda”, é mais complexa do que parece. O brasileiro comum, independentemente de sua ideologia política, não almeja que seu dinheiro seja utilizado para a manutenção de presídios e a punição de criminosos.
A solução para a violência pública passa por uma mudança de paradigma. É preciso reconhecer que a punição, por si só, não resolve o problema. Estudos indicam que um ano a mais de prisão evita apenas sete crimes, sendo seis contra o patrimônio e um contra a vida [1].
Aumentos marginais na punição geram apenas mudanças marginais no crime. Um estudo aponta que um aumento de 10% na punição resulta em uma diminuição de apenas 6% na criminalidade [1]. Para alcançar resultados significativos, seria necessária uma mudança drástica na forma de punir, o que acarretaria custos exorbitantes. Uma estatística para os EUA estimou que, para diminuir a violência em 80%, seria necessário encarcerar 4% da população, com um custo de 500 bilhões de dólares [1].
A sociedade brasileira precisa decidir se está disposta a arcar com o custo de uma punição mais severa. Enquanto essa decisão não for tomada, a violência pública continuará a ser uma realidade no país, com a população mais pobre pagando o preço mais alto.
A polícia precisa prender e os criminosos devem ser processados, mas é preciso reconhecer que o sistema penal brasileiro é leniente. A solução a longo prazo passa pela mudança das leis e pela conscientização da sociedade sobre a importância da segurança pública.
A violência pública tem solução, mas ela é custosa. A construção de presídios, a contratação de policiais e a implementação de políticas públicas eficazes exigem investimentos significativos.
A sociedade brasileira precisa decidir quais são suas prioridades. Se a segurança pública for considerada essencial, será preciso estar disposta a arcar com os custos. Caso contrário, a violência continuará a ser uma realidade no país, com a população mais pobre sendo a principal vítima.
A realidade se impõe, e a escolha é nossa.
Referência:
[1] Prison and Crime: Much More Than You Probably Think
[23:23, 02/02/2025] Rafael: A questão da violência pública no Brasil revela-se, fundamentalmente, um desafio financeiro e de escolhas sociais. O alto custo da segurança pública – que engloba salários, aposentadorias especiais de policiais e construção e manutenção de presídios – colide com as preferências da população por investimentos em outras áreas, como saúde, educação e transferências diretas de renda.
Segundo dados do Astral Codex Ten, as evidências empíricas demonstram que a punição, para ser verdadeiramente efetiva na redução da criminalidade, precisa ser substancial. Um aumento de 10% na punição resulta em apenas 6% de redução no crime, e cada ano adicional de prisão previne aproximadamente sete crimes. Para alcançar uma redução significativa da violência, seriam necessários i…
[23:23, 02/02/2025] Rafael: A violência pública no Brasil não é apenas uma questão ideológica, mas financeira e social. Construir cadeias e contratar policiais é caro, a manutenção do sistema penal exige recursos elevados, e punir gera ressentimento individual e social. A população, no entanto, não quer arcar com esse custo. Prefere que o Estado invista em saúde, educação e empregos públicos, enquanto a criminalidade segue seu curso. O sentimento dominante não é a busca por justiça, mas a indiferença: “bandido que se mate sozinho”.
Mesmo que leis mais duras reduzam o crime, sua eficácia é limitada sem um endurecimento extremo, o que demandaria gastos bilionários. Segundo estimativas feitas para os Estados Unidos, reduzir a violência em 80% exigiria o encarceramento de 4% da população, ao custo de US$ 500 bilhões. Além disso, um aumento de 10% na punição resulta em apenas 6% de queda no crime, e um ano adicional de pena evita, em média, sete crimes — seis contra o patrimônio e um violento (fonte: Prison and Crime: Much More Than You Wanted to Know, publicado no Astral Codex Ten). No Brasil, ninguém quer pagar esse preço. O envelhecimento populacional já aponta para uma queda natural da violência, então governantes optam por esperar, sem investir em segurança pública.
A leniência penal não protege os pobres — pelo contrário, são eles as principais vítimas. Enquanto ricos vivem protegidos, os mais vulneráveis enfrentam a criminalidade diariamente. Ainda assim, o brasileiro médio não vê sentido em gastar dinheiro com prisões, reforçando um ciclo de impunidade e violência.
A solução existe: endurecer leis e punir todos que infringirem a lei, ricos ou pobres. Foi assim que os EUA reduziram sua criminalidade nos anos 1990, com forte pressão social por medidas mais rígidas e a aprovação de leis severas, como a Violent Crime Control and Law Enforcement Act, sancionada pelo presidente Bill Clinton em 1994. Mas para isso, é preciso enfrentar um dilema fundamental: a sociedade está disposta a pagar o preço da punição? Até lá, a escolha social segue clara — tolerar altos índices de criminalidade e deixar o tempo resolver.