Partidos correm contra o tempo para montar chapas proporcionais
A eleição deste ano será marcada pelo fim das coligações proporcionais. Apesar do advento já não ter funcionado nas eleições municipais, o pleito de 2022 será o grande teste de fogo para partidos e parlamentares que querem manter os mandatos. Nas eleições de 2018, quando ainda contávamos com as coligações, apenas PT e Patriota elegeram representantes sem necessitar de coligações proporcionais, o PT elegeu Carlos Veras e Marília Arraes, enquanto o Patriota elegeu Pastor Eurico.
As outras 22 vagas foram ocupadas por deputados eleitos através de coligações, o que resultou em dezessete partidos representados na bancada federal, apenas PT, PP, PDT, PSB e Republicanos elegeram mais de um deputado federal, outros doze partidos ficaram com uma vaga cada. Com um quociente eleitoral de cerca de 180 mil votos em 2018, somente dois deputados foram eleitos com seus votos, João Campos e Marília Arraes, os dois mais votados daquele pleito, os demais eleitos dependeram dos votos dos seus partidos ou coligações.
Com o fim das coligações, partidos como PSD, MDB, PDT, Solidariedade, Podemos e Cidadania, que elegeram apenas um deputado federal ou terão apenas um parlamentar tentando reeleição, terão sérias dificuldades para renovar o mandato dos seus parlamentares, a não ser que passem a integrar alguma federação. A mesma lógica para deputado federal se repete para deputado estadual, e até abril, quando será encerrado o prazo de filiação, os parlamentares farão muitas contas para decidir os seus respectivos partidos para a eleição de outubro.
Insatisfação – Há uma reclamação generalizada da base do governo Bolsonaro com a ministra Flávia Arruda (Secretaria de Governo), em especial através de parlamentares do Partido Progressista, pelo fato de Flávia estar supostamente beneficiando integrantes do Senado em detrimento de parlamentares da Câmara Federal com a liberação de emendas. Esse tensionamento colocou em xeque a aliança entre PP e PL que deverá sustentar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.
Elogios – O presidente Jair Bolsonaro (PL) durante entrevista à TV Nova Nordeste fez elogios ao prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, que é seu correligionário. De acordo com o presidente, Anderson é uma excepcional pessoa e um excelente nome para Pernambuco. Bolsonaro e Anderson foram deputados federais juntos entre 2011 e 2016, quando o pernambucano se elegeu prefeito.
Contrapartida – Apesar de ter feito elogios a Anderson, Bolsonaro sem citar nomes avaliou que não dá para disputar o cargo de governador de forma independente e sem a vinculação com o palanque nacional, “fica difícil fazer qualquer tipo de acordo”, afirmou o presidente, mandando o recado ao prefeito de Jaboatão que se quiser ser candidato majoritário pelo PL terá que lhe garantir palanque em Pernambuco.
Sem arestas – O secretário de Desenvolvimento Agrário, Claudiano Filho (PP), que é deputado estadual licenciado, está prestes a completar um ano à frente da pasta em fevereiro sem criar qualquer tipo de aresta com integrantes da base aliada do governador Paulo Câmara. Claudiano tem atendido demandas de parlamentares e prefeitos sem fazer qualquer distinção numa das pastas mais importantes do governo.
Inocente quer saber – Quais partidos serão o destino de parlamentares que não montarão chapas em 2022?
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