Bolsonaro aposta no centrão para manter a governabilidade
Eleito sob o prisma da negação da política e da crítica ao toma lá dá cá institucionalizado nas gestões do PT, o presidente Jair Bolsonaro teve, enfim, que se render a necessidade de formar um governo de coalizão no sentido de garantir uma sólida base parlamentar para continuar sobrevivendo.
A afirmação foi do líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, que apontou uma base sólida de 260 deputados e 50 senadores para aprovar as pautas de reconstrução da economia no segundo semestre com a volta do Congresso Nacional.
Para o líder do governo, a coalizão montada junto ao centrão sepulta qualquer chance de prosperar impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Porém, é importante lembrar que em 2014 quando tentava a reeleição, Dilma Rousseff se vangloriava da base conquistada naquele pleito no primeiro turno, e depois com o risco do impeachment viu seus apoiadores mudarem de lado sem qualquer remorso.
A aposta no centrão se faz necessária e é válida, mas ela só terá efetividade se o presidente Jair Bolsonaro baixar a temperatura das crises políticas do seu governo, caso contrário, mesmo com uma base ampla, o risco de impeachment sempre assombrará o Planalto.
ATÉ QUANDO? – O veto de Bolsonaro à destinação de R$ 8,6 bilhões aos estados e municípios para o combate ao Coronavírus é mais uma atitude mesquinha e inconsequente do Presidente. Quem afirma é o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), vice-líder da Oposição na Câmara. Segundo Tadeu, isto é a cara de um governo que “trata a vida com descaso e os governantes como um exército inimigo”. E indaga? “Até onde o presidente quer chegar?”
Ação – Pernambuco e mais sete Estados do Nordeste apresentaram petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que R$ 83 milhões redirecionados para a comunicação do Governo Federal retornem ao Bolsa Família. Alegam afronta contra decisão anterior do ministro Marco Aurélio, que determinou que não haja cortes no Bolsa Família enquanto durar o estado de calamidade do novo coronavírus.
Transparência – O Ministério Público Federal (MPF) instaurou, neste sábado (6), procedimento extrajudicial para apurar os motivos que levaram o Ministério da Saúde a excluir do Painel de Informações da Covid-19 o número acumulado de mortes decorrentes da doença.
Dez anos – Uma década se passou desde a promulgação da Lei da Ficha Limpa. “Precisamos atrair para a política os melhores valores da sociedade. A Lei da Ficha Limpa é um incentivo aos bons e um desincentivo aos maus administradores. Ela corresponde a uma imensa demanda da sociedade brasileira por integridade”, avalia o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
Coincidência – No Cabo de Santo Agostinho, todos os adversários do prefeito Lula Cabral se uniram lançando uma suposta pesquisa que apontava 82% de rejeição do atual prefeito. Além de não ter nenhuma pesquisa registrada, estranha-se a coincidência de todos os postulantes divulgarem os números, o que coloca a dúvida sobre quem está disposto a abdicar da candidatura em prol da unidade.
Inocente quer saber – O fato de zerar a fila por UTIs pode agilizar o processo de retomada em Pernambuco?
William Pontes diz
Como se pode manter uma coisa se essa ainda não começou. A pergunta que fica é: quando, de fato, vai começar o governo de Bolsonaro. O que está o Brasil só fez até agora dividi-lo, destrui-lo e não tem perspectiva por falta de planos para um Brasil melhor.
Leonilda diz
Se o Congresso barra as medidas do governo federal, como é que o presidente vai conseguir fazer algo?