Uma eleição repleta de reviravoltas
A eleição do próximo domingo ficará marcada pela sua atipicidade, onde no primeiro turno pela primeira vez na história quatro candidatos atingiram dois dígitos, e pouco menos de 30 mil votos distanciaram o primeiro do terceiro colocado.
É importante lembrar que a Delegada Patrícia (Podemos) chegou a ensaiar um crescimento nas pesquisas eleitorais, mas com apenas uma semana de bombardeio na propaganda eleitoral gratuita, a candidata não só parou de crescer como perdeu votos, vindo a recuperar alguma coisa na reta final e garantindo dois dígitos nas urnas.
No segundo turno, vimos uma eleição dura entre João Campos e Marília Arraes, com um forte componente pessoal que dividiu as duas candidaturas. Faltando poucos dias para a votação do segundo turno, a disputa permanece incerta, com chances reais tanto para Marília Arraes quanto para João Campos.
O jogo está nas mãos do eleitorado que não votou em nenhum dos dois candidatos no primeiro turno, a dúvida recai sobre qual sentimento prevalecerá, se a continuidade do PSB ou a volta do PT, e qual será o menos danoso na mente do eleitor refratário aos dois partidos. Assim como na disputa de 2018 para presidente da República, o voto anti-candidato será determinante para a escolha do próximo prefeito do Recife.
Duplicados – O TSE informa que “são falsas as postagens nas redes sociais que afirmam que candidatos pelo país tiveram votos duplicados ou alterados pela Justiça Eleitoral”. Segundo o TSE, na última segunda (23), durante uma atualização dos dados, ocorreu “em algumas cidades – e por poucas horas – a visualização de dados sobrepostos referentes a votos de candidatos a prefeito e a vereador”. Foram afetadas, segundo o TSE, a totalização em Curitiba (PR), Ilhéus (BA) e Garanhuns (PE). O TSE diz que já fez as atualizações necessárias. “Houve, portanto, momentaneamente, uma sobreposição de dados, e não uma duplicação de votos”, explicou o TSE, em nota oficial.
Alvaro Porto – O deputado estadual Alvaro Porto anunciou apoio à candidatura de Marília Arraes (PT) no segundo turno para a prefeitura do Recife. Filiado ao PTB, Porto não seguiu a orientação do partido que não quer aliança com o PT em canto nenhum.
Expulsão – A postura rebelde de Alvaro Porto deverá culminar na sua expulsão do PTB, partido pelo qual foi eleito em 2018, uma vez que o presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson, não quer saber de qualquer tipo de apoio ao Partido dos Trabalhadores.
Apoio – O PT anunciou apoio à candidatura de Yves Ribeiro (MDB) a prefeito de Paulista neste segundo turno. O movimento se deu após Aluísio Camilo, importante liderança do partido, já ter apoiado o projeto de Yves e Dido Vieira desde o primeiro turno.
Diferenças – Em evento ao lado de Tábata Amaral e de representantes da Educação e da Cultura na última terça-feira, o deputado federal Tadeu Alencar fez questão de diferenciar os projetos que disputam o 2o. Turno na capital: “Não é uma escolha entre membros da mesma família. É entre dois projetos políticos distintos. E um deles é o melhor para o Recife, o de João Campos”.
Inocente quer saber – Quando o PTB fará a expulsão de Alvaro Porto?
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