A importância do centro para a Frente Popular
Exaurida a escolha do deputado federal Danilo Cabral como pré-candidato a governador pelo PSB na condição de liderar a Frente Popular, o grupo comandado pelos socialistas já se movimenta no sentido da composição da chapa majoritária, no caso, a vice e o Senado Federal.
Não passa despercebido o resultado da eleição de 2020, quando o PT não elegeu nenhum prefeito na Região Metropolitana do Recife onde está situado cerca de 40% do eleitorado do estado. A própria disputa na capital evidenciou a rejeição do eleitor metropolitano ao Partido dos Trabalhadores, quando impôs a Marília Arraes uma derrota de 100 mil votos de diferença para João Campos. Esse eleitor refratário ao PT continua presente na conjuntura de 2022, e neste contexto entra a formação da chapa majoritária, em especial o Senado Federal.
Na Frente Popular o sentimento é crescente de que se precisa de um nome mais ao centro, que possa ajudar a Danilo Cabral se inserir no eleitorado de classe média, por isso nomes como André de Paula (PSD) e Silvio Costa Filho (Republicanos) são vistos como opções mais palatáveis a este tipo de eleitor que o PSB pretende conquistar. No conjunto de forças da Frente Popular há uma série de restrições à indicação de um nome do PT, em especial na bancada federal, que avalia que se porventura o conjunto aceitasse Carlos Veras como opção, este lançaria Doriel Barros para deputado federal, que por sua vez lançaria alguém em seu lugar para a Alepe.
De olho nos votos que poderiam restar para completar suas votações, parlamentares emitem sinais de preocupação, a exemplo de Augusto Coutinho que já demonstrou desconforto com a presença de um petista na disputa pelo Senado. A declaração de Augusto não é isolada, outros parlamentares em reserva apontam para uma séria restrição a um nome do PT para o Senado. Por isso ter um candidato mais palatável ao eleitorado metropolitano na disputa pela Câmara Alta tem se tornado fundamental para viabilizar o projeto de Danilo Cabral, que precisará de um companheiro de chapa que agregue votos além da esquerda e ajude o projeto da Frente Popular a caminhar para o centro em outubro.
Eduardo da Fonte – Outro nome que poderia agregar valor à Frente Popular na disputa pelo Senado seria o deputado federal Eduardo da Fonte, presidente estadual do PP, que está no quarto mandato na Câmara Federal e possui uma sólida aliança com o PSB.
Emendas – O deputado federal Tadeu Alencar (PSB) fechou o mês de fevereiro com a liberação de R$ 4 milhões de suas emendas parlamentares para municípios de sua base parlamentar. São recursos para ações na Saúde, na Infraestrutura, na Agricultura e na Cultura. Ao todo, Tadeu já destinou mais de R$ 150 milhões para Pernambuco em seu mandato.
Patrocínio – Diego Perez, secretário executivo de Esportes de Pernambuco, comemora o aumento para R$ 8 milhões na renúncia fiscal para empresas patrocinadoras que optarem pela Lei Estadual de Incentivo ao Esporte. Com esse acréscimo, ele acredita que poderão surgir mais possibilidades e oportunidades, como novos projetos sociais, competições e equipamentos esportivos.
Inocente quer saber – Quem será o senador da Frente Popular?
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