A executiva do PSDB no Cabo de Santo Agostinho realiza, na próxima segunda-feira (2 de abril), um ato para apresentar ao município os pré-candidatos do partido para as eleições de outubro próximo. O evento acontecerá na casa de recepções Flor de Macaíba, em Ponte dos Carvalhos, a partir das 19 horas. Já estão confirmadas as presenças do presidente nacional da legenda, deputado federal Sérgio Guerra, e do prefeito de Jaboatão, Elias Gomes, assim como demais lideranças tucanos e de partidos aliados. Na ocasião, também será oficializada a pré-candidatura do deputado estadual Betinho Gomes a prefeito da cidade.
Coluna Gazeta Nossa primeira dezena de abril.
A oposição volta a respirar.
Quando tudo levava a crer que o prefeito João da Costa seria o candidato da Frente Popular a prefeitura do Recife, diante de pesquisas que se não eram tão favoráveis, também não eram de todo ruins, eis que surge um fato novo na base do governador Eduardo Campos: A candidatura de Maurício Rands. A decisão de lançar o secretário de governo na eleição tem suas razões, a maior delas é o fato de João Paulo com 20% de influência no voto estar rompido com o prefeito João da Costa, bem como o mesmo ser considerado pelo eleitorado recifense como o principal opositor do atual prefeito. A reengenharia política a ser feita pela Frente Popular para defenestrar o prefeito João da Costa da reeleição, direito que, diga-se de passagem, é legítimo, pode deixar sequelas consideráveis a ponto de inviabilizar o projeto da Frente Popular na capital pernambucana. Diante deste cenário, a oposição, que estava moribunda, mesmo diante de um prefeito mal-avaliado, volta a respirar. Sabendo-se que a candidatura de Maurício Rands precisaria ser construída pelo Palácio e que pode não haver tempo hábil para que ele se torne favorito, basta que a oposição trabalhe uma estratégia consistente, coerente e focada na união, mesmo que utilizando múltiplas candidaturas. O fato de João da Costa não disputar a reeleição é mais desgastante que o fato de disputar. A Frente Popular deixa claro para o eleitor do Recife que o mesmo agiu errado quando confiou no PT e deu a chance ao partido de fazer uma continuidade. Gestos valem mais do que palavras. No intuito de tentar conter Armando Monteiro e o seu Bloco Independente, bem como João Paulo e Humberto Costa, o governador pode ter ajudado a oposição a voltar a comandar a PCR depois de 12 anos. O tempo dirá se ele acertou ou se ele errou.
PCdoB – Nas contas do ex-vereador Fernando Gordinho, seu partido, o PCdoB, elegerá três vereadores em Jaboatão dos Guararapes. Segundo o próprio, ele estará entre os três.
Tucano – Pragmático, o deputado Sérgio Guerra, em resposta ao isolamento imposto pela oposição ao PSDB, decidiu apoiar candidatos da Frente Popular em Olinda, Caruaru e Petrolina.
Recife – Até segunda ordem, a candidatura de Daniel Coelho está mantida no Recife. Se Fernando Bezerra Coelho voltar pro jogo, o tucano pode rever a decisão.
Jaboatão – Em contrapartida ao apoio recebido pelo PSDB, o PSB deverá marchar com a reeleição do prefeito Elias Gomes. Resta avisar a João Fernando Coutinho.
João Paulo – As recentes pesquisas começam a mostrar uma desidratação do ex-prefeito João Paulo no Recife. A medida que as pessoas sabem que ele não será candidato, suas intenções de voto diminuem. Seu poderio corre o risco de virar pó na capital.
Danilo Cabral – Caso a candidatura de Maurício Rands seja confirmada, o PSB deverá indicar o secretário das Cidades e deputado federal licenciado para ser o vice.
Uma saída honrosa.
Não justifica muito o que a Frente Popular tem feito para defenestrar o prefeito João da Costa da reeleição. Afinal, no caso de Olinda por exemplo, onde Renildo Calheiros amarga índices piores que o prefeito recifense, a decisão de mudar o candidato não é pactuada.
Isso mostra que existem outros fatores que indicam a decisão do governador Eduardo Campos de liberar Maurício Rands para construir sua candidatura em detrimento da reeleição do prefeito João da Costa.
O fator ‘João Paulo’ não pode ser ignorado. Maior eleitor na capital, inclusive a frente do governador Eduardo Campos, o ex-prefeito não apoiaria a reeleição de João da Costa.
A rejeição do prefeito João da Costa nas alturas também deve ter sido papel determinante para optarem por outro nome.
É natural que haverá uma reengenharia complexa para retirar o prefeito João da Costa da disputa de outubro, bem como construir a candidatura de Maurício Rands que sequer figura nas últimas pesquisas eleitorais.
A um interlocutor mais próximo, antes do carnaval, o prefeito disse que poderia até abrir mão da disputa, desde que não contassem com os recursos da prefeitura pra nada. Para bom entendedor, meias palavras bastam.
Porém, o prefeito sabe que sem o apoio do governador, suas chances inexistem, numa disputa onde ele tem alta rejeição e carrega o legado de doze anos de duas gestões com muitos erros e raros acertos.
Nada mais justo que alegar doença e sair da disputa como já havia sido ventilado anteriormente. Porém, é fundamental negociar uma saída honrosa, como por exemplo uma secretaria pomposa no governo de Eduardo Campos quando saísse da prefeitura em janeiro. Bem como a garantia de que teria os recursos necessários para eleger-se deputado federal em 2014.
O governador sabe que isso é o mínimo que pode ser feito para a Frente Popular chegar inteira em outubro e se viabilizar para conquistar a vitória no Recife.
A saída de João da Costa agrada Armando Monteiro, Cadoca, Eduardo da Fonte, Paulo Rubem Santiago, Humberto Costa e principalmente João Paulo e Maurício Rands.
Resta saber se a inteligência de Eduardo Campos que o fez quase unanimidade em Pernambuco vai servir para continuar com o comando na capital sem gerar prejuízos visando a sua sucessão em 2014.
Edmar Lyra entrevista pré-candidato Daniel Coelho.
Visando as eleições de outubro, o Blog de Edmar Lyra estará realizando uma série de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito, as melhores perguntas serão publicadas na edição impressa do jornal Gazeta Nossa. O nosso primeiro entrevistado foi o deputado Daniel Coelho, pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSDB. Nela, o tucano avalia as gestões João da Costa, Eduardo Campos e Dilma Rousseff, fala sobre a relação dele com a oposição, de Jarbas Vasconcelos com Sérgio Guerra, algumas propostaspara a cidade, a importância das redes sociais nas eleições e outros assuntos. Confira abaixo na íntegra a entrevista:
EDMAR LYRA – Deputado, como o senhor avalia o cenário político para as eleições no Recife?
DANIEL COELHO – Após 12 anos de administração de um mesmo partido e de uma traição não explicada, o Recife respira mudança. Há quatro anos, uma campanha que dizia “João é João” elegeu o atual prefeito. E, poucos meses depois, os dois brigaram sem que o eleitor saiba os motivos. Isso terá que ser explicado nas eleições desse ano.O Recife, no meio dessa briga, se encontra sem rumo. Esqueceram a cidade diante da obsessão de um projeto de manutenção do poder. Portanto, caberá aos candidatos da oposição mostrar que podem representar o novo, que existe um novo projeto político pós-PT. Sabemos da forca da máquina e da politica assistencialista praticada pelo atual prefeito, por isso acho que teremos uma batalha do poder e do dinheiro contra os cidadãos de livre pensamento. Acredito que o Recife, por suas tradições, mostrará que não é curral eleitoral de ninguém e que não se curva a interesses menores.
EDMAR LYRA – O que o senhor tem feito na elaboração do seu programa de governo?
DANIEL COELHO – Temos conversado com técnicos, acadêmicos e especialistas, além de realizarmos e participarmos de debates sobre os mais diversos temas de interesse da população.
EDMAR LYRA – Se eleito, como será sua relação com o governador Eduardo Campos e a presidente Dilma Rousseff? O senhor fará oposição ou optará pelas parcerias?
DANIEL COELHO – Um prefeito não pode fazer oposição. Tem que governar, colocando em primeiro lugar os interesses da população. Quando João Paulo e Jarbas governaram o Recife e Pernambuco, mesmo os dois sendo adversários no campo eleitoral, muitas parcerias foram realizadas. Não dá é para Estado ou União firmar parcerias com uma prefeitura onde reina a incompetência. Aí as boas iniciativas não saem do papel. Isso tem, infelizmente, acontecido no Recife. Tenho certeza que faremos mais parcerias do que a atual gestão com o governo estadual e federal.
EDMAR LYRA – Qual é o grande problema da cidade do Recife?
DANIEL COELHO – Uma prefeitura sem foco. Hoje eles só pensam em politica eleitoral. A gestão ficou em terceiro plano. Por isso, a saúde vai tão mal, a educação municipal é uma das piores do país e a mobilidade virou uma palavra de ficção no Recife. Devido ao esquecimento das áreas mais carentes, temos o crack e a violência destruindo nossa juventude.
EDMAR LYRA – Como será feita a partilha de cargos em seu governo? Haverá loteamento?
DANIEL COELHO – Temos uma nova geração que aos poucos ocupa espaços em nossa sociedade. Precisamos mudar as práticas. Fazer politica para o povo e não para os políticos. Temos excelentes quadros concursados, com vocação pública que podem assumir muitas responsabilidades nesse novo momento. Vamos colocar os melhores. Não faço politica de troca. Queremos ver uma gestão profissional, a gestão da capacidade e competência e não mais a do QI (quem indica).
EDMAR LYRA – O que o senhor tem a dizer sobre os empreendimentos imobiliários do Recife? Acha que merece um ordenamento ou deve continuar como está?
DANIEL COELHO – Não podemos continuar verticalizando nos mesmos bairros. Boa Viagem, Aflitos, Espinheiros, esses bairros não agüentam mais. Precisamos investir em urbanização para que a cidade amplie seus horizontes e cresça para novas áreas.
EDMAR LYRA – No que diz respeito ao turismo, o senhor acha que a cidade está no caminho certo? Quais são as suas propostas para o segmento?
DANIEL COELHO – Não. Temos menos leitos que Goiânia, Natal ou Fortaleza. O turista vem para um destino para compartilhar sua qualidade de vida. Com trânsito caótico, limpeza urbana deficiente, tubarão nas praias, violência urbana, ruas mal iluminadas, o Recife perde muito do seu potencial turístico. Precisamos fazer do Recife uma cidade agradável para vivermos, assim também será agradável para o turista. Além disso, linhas de ônibus turísticas e fomento a uma agenda cultural permanente são importantes para quem visita a cidade.
EDMAR LYRA – No âmbito da saúde, como melhorar o problema que mais afeta a população mais carente?
DANIEL COELHO – O grande gargalo da saúde está nos especialistas. Não temos médicos suficientes. A prefeitura pode ter clínicas populares para atender essa demanda. Além disso, o SAMU está sucateado e os remédios sempre faltando nos postos de saúde. Existe também um problema de gestão.
EDMAR LYRA – Qual é a sua proposta para o combate às drogas, em especial ao crack? Acha que tem solução?
DANIEL COELHO – Hoje não são oferecidas vagas de internamento para viciados. Precisamos estimular e investir nas comunidades terapêuticas. A igreja tem que ser parceira nessa luta. Na prevenção, precisamos de áreas de lazer e convivência de qualidade nas periferias. Esporte e cultura para a população carente afasta muitos da droga.
EDMAR LYRA – Qual é a solução que o senhor tem para o trânsito do Recife?
DANIEL COELHO – Mudar conceitos. Não há possibilidade de o Recife andar com a cultura do carro individual. Mobilidade começa nas calcadas. Vamos inverter a lógica, começar a discutir o tema a partir do pedestre. A manutenção das vias também é importante e requer pouco investimento.
EDMAR LYRA – O senhor se sente isolado pelos seus companheiros de oposição? O que tem feito para superar este obstáculo?
DANIEL COELHO – Quem isola ou não é o povo. Procuro estar conectado à sociedade. Os apoios virão na hora certa. Antes de apoio partidário queremos o apoio da sociedade, dos homens e mulheres livres de nossa cidade.
EDMAR LYRA – O senhor pode buscar apoios de partidos que compõem a Frente Popular? Quais deles podem marchar com o PSDB no Recife?
DANIEL COELHO – A eleição é municipal, então nada tem com o palanque estadual. Estamos conversando com todos os partidos.
EDMAR LYRA – A ruptura entre o deputado Sérgio Guerra e o senador Jarbas Vasconcelos é irreversível? Qual será o impacto disso na sua candidatura?
DANIEL COELHO – Nada é irreversível na vida, muito menos na política. Nossa candidatura está sendo construída com a sociedade, essas questões têm relevância limitada quando comparadas às necessidades da população.
EDMAR LYRA – O fato de ser um candidato jovem ajuda ou atrapalha?
DANIEL COELHO – Depende da atitude. Como parte de uma nova geração devemos ter novas práticas políticas. Também precisamos de responsabilidade e ponderação, pois juventude não pode ser confundida com impulsividade.
EDMAR LYRA – Por que o senhor saiu do PV? O senhor tem medo de perder o mandato por infidelidade partidária?
DANIEL COELHO – Saí porque o PV perdeu seu rumo. Fui candidato dizendo à população que seria um deputado independente e que se Eduardo Campos ganhasse estaria na oposição. O PV, que teve candidato próprio, foi para o governo ocupar cargos. Também fui perseguido, excluído do guia eleitoral, das inserções partidárias e ameaçaram dirigentes que votaram em mim. Com esse cenário e com a saída de Marina Silva do partido, vi que teria que escolher entre o partido e minhas convicções. Saí para continuar sonhando e defendendo o que acredito. Quanto ao mandato, esses motivos foram públicos. Tenho todas as justificativas legais para a mudança. Confio na justiça, não teremos problemas.
EDMAR LYRA – Qual é a sua avaliação sobre a gestão João da Costa?
DANIEL COELHO – Um desastre. Um projeto de poder suplantou o projeto de sociedade. Os problemas políticos fizeram com que eles perdessem o foco. Hoje querem maquiar a cidade com intuitos puramente eleitorais.
EDMAR LYRA – Qual é a sua avaliação em relação ao governo Eduardo Campos?
DANIEL COELHO – A economia do Estado está no caminho certo. O governo tem mais acertos do que erros. Mas não podemos deixar de enxergar os defeitos da administração estadual. A segurança pública vai mal, com índices de crimes contra a vida altíssimos e que não estão baixado como planejado. Na área ambiental, o governo negligencia o desenvolvimento sustentável, pensando apenas no curto prazo. Na saúde avançou, mas não resolveu o gargalo na equipe médica que continua insuficiente.
EDMAR LYRA – Como o senhor avalia o governo da presidente Dilma Rousseff?
DANIEL COELHO – O desempenho pessoal da presidenta tem sido razoável e as demissões de ministros mostraram que ela tem pulso. Contudo, não vejo avanços para o país no seu governo. Apenas a continuidade da politica econômica dos governos anteriores é muito pouco para um país com tantas potencialidades.
EDMAR LYRA – Se o senhor não for ao segundo turno, quem apoiará?
DANIEL COELHO – Acredito que estaremos no segundo. Vejo que o Recife quer mudança e nós representamos isso.
EDMAR LYRA – Em sua opinião qual será o papel das redes sociais nestas eleições?
DANIEL COELHO – Serão muito importantes. Pela primeira vez irão influenciar o resultado das eleições. Na internet teremos um ambiente democrático, onde a forca do poder econômico não falará mais alto.
A candidatura de Maurício Rands não é pra valer.
Ontem os principais blogueiros políticos noticiaram a possibilidade do deputado Maurício Rands (PT), atual secretário de governo de Eduardo Campos, ser o candidato da Frente Popular no Recife.
Vejo essa possibilidade como uma alternativa a frear a candidatura de Armando Monteiro que começou a ganhar musculatura na última semana.
Na verdade, os números apresentados pela pesquisa Maurício de Nassau, se não foram excelentes para o prefeito, também não foram de todo ruim. Em votos válidos, que é o que realmente conta na eleição, o prefeito teria entre 34% e 47% a depender do cenário.
A rejeição do prefeito começou a diminuir e com a propaganda oficial dando evidência aos acertos da gestão, é provável que até o final de abril, João da Costa chegue na casa dos 30% de intenções de voto, e provavelmente ultrapasse os 50% dos votos válidos.
Além do mais, fica óbvio que retirar o direito legítimo do prefeito João da Costa de disputar a reeleição é um tremendo tiro no pé. O PT prejudicará a força do partido na capital com esta atitude.
Exceto João Paulo, nomes como Fernando Bezerra Coelho, Silvio Costa Filho e Cadoca estão muito aquém de números consideráveis para uma disputa majoritária.
Vale salientar que João da Costa começou com 1% de intenções de voto e foi crescendo gradativamente. Ele estava em evidência desde que João Paulo foi reeleito e disputou o mandato de deputado estadual em 2006. Sua candidatura foi ganhando musculatura e teria terminado o primeiro turno com 58% dos votos válidos se não houvesse o episódio da cassação.
A própria Dilma Rousseff começou com índices baixos em 2009 e foi crescendo, quando chegou nesta época já tinha 25% no Ibope em intenções de voto.
O que explico é que uma nova candidatura da Frente Popular para ser construída a esta altura do campeonato é totalmente inviável. A não ser que o cenário mantenha João da Costa disputando reeleição e um candidato alternativo como Armando Monteiro.
Lançar Maurício Rands a essa altura do campeonato é dificílimo. A candidatura pra ser construída será muito dolorosa politicamente, mesmo com padrinhos como Eduardo Campos, Dilma Rousseff e Lula.
Por isso, acho muito difícil que Eduardo, inteligente como é, concordar com uma decisão dessa. Ele não é Deus, e sabe que essa picuinha do PT com João da Costa não vai levar a Frente Popular a lugar nenhum, a não ser à derrota.
Senado debaterá redução de incentivo a produtos importados.
O Senado realiza hoje (20) e amanhã (21) duas audiências públicas sobre o Projeto de Resolução nº 72 (PRS nº 72), que busca evitar o processo de desindustrialização no país, decorrente dos incentivos fiscais dados a produtos importados. As audiências foram propostas pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB/ES), com o apoio do senador Armando Monteiro (PTB), que indicou representantes do setor produtivo, dos trabalhadores e especialistas em direito tributário para o debate, que será presidido pelos presidentes das comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ).
O objetivo central dos encontros é buscar insumos que sirvam para o aperfeiçoamento do PRS 72. O projeto, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR) uniformiza as alíquotas de ICMS nas operações interestaduais com bens e mercadorias de importados. Esses incentivos têm permitido uma concorrência desleal com os bens produzidos nacionalmente, destruindo empregos e cadeias produtivas no Brasil.
Uma sugestão em análise pelos senadores é estabelecer uma alíquota de 4% na origem dos produtos e o restante a ser pago no destino de até 17%. Essa medida, avaliam os senadores, é uma alternativa para evitar a conhecida “guerra dos portos”. Esta guerra vem permitindo uma entrada massiva de mercadorias importadas pelos portos de alguns estados que oferece um menor pagamento do ICMS. Com isso, o produto fabricado pela indústria brasileira, que não goza do mesmo incentivo, fica prejudicado, diminuindo seu consumo por ter um custo mais alto em relação ao produto importado.
“O Brasil não pode se conformar com a condição de exportador de commodities. A indústria tem uma força transformadora, a indústria dissemina o conhecimento, incrementa a produtividade global. Portanto, crescer pela indústria é sempre o melhor caminho”, ressaltou Armando Monteiro, favorável a aprovação da resolução 72.
A audiência de hoje contará com a participação de Governadores de estados que seriam afetados pela medida. Confirmaram presença os governadores de Goiás, Marconi Perillo; de Santa Catarina, Raimundo Colombo; do Espírito Santo, Renato Casagrande; do Ceará, Cid Gomes; e do Pará, Simão Jatene.
Também foram convidados o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa; o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf; e o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Hamilton Dias de Souza.
A audiência da quarta-feira (21) terá a participação de juristas, industriais e trabalhadores. Entre os presentes estarão o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso; o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Aguinaldo Diniz Filho; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Luiz Aubert Neto; o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP); e o conselheiro do Instituto Aço-Brasil, Jorge Gerdau.
Silvio Costa Filho propõe audiência pública sobre licitação para empresas de ônibus na CCLJ.
O deputado estadual e vice-líder do governo, Silvio Costa Filho (PTB), propôs uma audiência pública com a presença do secretário das Cidades, Danilo Cabral, e do diretor-presidente do Consórcio Grande Recife, Nelson Coutinho, para debate sobre o processo licitatório do Sistema de Transporte Público de Passageiros na Região Metropolitana do Recife (RMR), divulgado no último dia 16 de março.
O parlamentar solicitou o encontro por meio da entrega de um ofício ao presidente da Comissão de Constituição Legislação e Justiça da Assembleia Legislativa de Pernambuco (CCLJ), Raimundo Pimentel (PSB), em reunião ordinária na manhã desta terça-feira (20).
“O governador Eduardo Campos tomou uma decisão importante para melhoria do transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife. Não tenho dúvidas que, ao final, a população irá se beneficiar com o processo. Penso que foi a decisão certa”, reconheceu Costa Filho, ao sugerir a reunião com as autoridades competentes. “O objetivo da audiência é ampliar a discussão com a sociedade, esclarecendo o processo de licitação, verificando os prazos definidos, as obrigações das partes e as consequências”.
PROCESSO – A disputa está aberta para empresas nacionais e internacionais. Após análise das propostas, o edital deve ser publicado no Diário Oficial no dia 7 de maio. Os sistemas de concessão terão validade de 15 anos, renováveis por mais cinco e gerarão uma receita de R$ 15 bilhões. O sistema foi dividido em sete lotes, agrupados por corredores de ônibus.
A previsão é de que no 2° semestre deste ano o governo inicie a contratação das novas operadoras. Uma das exigências é que os 900 ônibus da frota do Sistema Estrutural Integrado (SEI) do Recife terão que ter ar-condicionado.
Estão inclusas no processo licitatório as linhas que fazem o trajeto intermunicipal da Região Metropolitana do Recife, as linhas municipais de Olinda e as do Sistema Integrado, que totalizam 385. São três mil veículos e 2.100 usuários que utilizam o serviço todos os dias.
O fato novo da sucessão no Recife.
No final de 2011, na confraternização do senador Armando Monteiro com os jornalistas, consegui tirar do mesmo a declaração que não apoiaria João da Costa.
A declaração do senador caiu com uma bomba na política pernambucana. Pra quem pensava que era um mero blefe, o senador continuou discutindo com lideranças da Frente Popular para construir uma candidatura alternativa.
A ideia inicial do senador era certamente a de colocar o ministro Fernando Bezerra Coelho como candidato alternativo e consequentemente tirá-lo da disputa de 2014, onde o objetivo seria disputar com o senador Humberto Costa a indicação para ser o candidato de Eduardo Campos.
Os planos de Armando Monteiro foram sabotados porque o PSB não abre mão de indicar o candidato a sucessão do governador. Portanto, a tese de a capital ficar com o PSB, o país com o PT e o estado com o PTB em 2014 caiu por terra.
Ciente de que seria rifado e diante de condições adversas para bater de frente com o governador Eduardo Campos, o senador Armando Monteiro adotou uma estratégia diferente.
Armando está se colocando como candidato a prefeito do Recife no intuito de assumir o executivo da capital pernambucana, considerando que a prefeitura é uma vitrine muito maior que o Senado. Não para 2014, que provavelmente o senador abdicará disputando a prefeitura, mas para 2018, quando terá musculatura própria para viabilizar um voo estadual independente de terceiros.
Porém, é muito difícil que o PT queira abrir mão da candidatura de João da Costa ou até mesmo da de Maurício Rands que volta a ser ventilada. Até porque o PT sabe que justificar a não-candidatura de João da Costa será pior que mantê-lo na disputa.
No que diz respeito ao processo eleitoral, dadas as circunstâncias que estão se desenhando, a candidatura de Armando Monteiro a prefeito do Recife é o grande fato novo da sucessão municipal, onde haverá um rearranjo de forças muito grande, possivelmente dentro da oposição, que mesmo contra João da Costa tinha suas chances reduzidas, contra Armando Monteiro estas chances passam a inexistir.
Luiz Carlos Matos reunido com presidente da Fiepe.
O presidente do PTB em Jaboatão, Luiz Carlos Matos, esteve reunido nesta segunda (19) com o presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco, Jorge Côrte Real. Durante o encontro, foi discutido a colaboração logística da Fiepe no planejamento do PTB para o segmento industrial do município.
“Apesar de estar próximo ao Recife e apenas 30 quilômetros de Suape, Jaboatão tem ficado para trás. A ideia do PTB é atrair novos empreendimentos, fazer, quem sabe, um distrito industrial na cidade e para isso gostaríamos de contar com a ajuda da Fiepe que, através de profissionais, informações técnicas, nos dará respaldo para apresentarmos um planejamento maduro para o avanço do processo de industrialização no nosso município”, explicou Luiz Carlos Matos.
Côrte Real concorda com Luiz Carlos e acredita que Jaboatão tem aproveitado muito pouco do crescimento de Suape. “Temos interesse em trabalhar em parceria para que possamos garantir também a inserção de Jaboatão no processo de desenvolvimento econômico que vive Pernambuco”, disse. Dentro de poucos dias, uma reunião será marcada entre assessores da Fiepe e a equipe do PTB para o início dos trabalhos.
A iniciativa faz parte de uma série de encontros que Luiz Carlos Matos pretende ter com os mais diversos segmentos em busca de colaboradores que fortaleçam o projeto do PTB para Jaboatão. Na próxima quarta-feira (21), ele será recebido pelo secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, Antônio Carlos Maranhão.
Audiência pública debate alternativas de prevenção aos acidentes de moto na Alepe.
A Comissão Especial de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa de Pernambuco, presidida pelo deputado estadual Silvio Costa Filho, realizou a 6ª audiência pública na manhã desta segunda-feira (19), no Plenarinho III da Alepe. O encontro teve como foco ampliar o debate sobre os altos índices de acidentes envolvendo motocicletas no Estado.
Estiveram presentes o coordenador de logística do Comitê Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto, Major André Cavalcanti; o representante da Coopetrans (Cooperativa Especializada em Trânsito e Transporte), André Lira; a gerente de transporte e trânsito de Jaboatão dos Guararapes, Lúcia Recena; o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE, Sérgio Lins; a presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simirames Queiroz; o diretor de transportes da CTTU, Carlos Augusto Elias; o superintendente da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) em Recife, Marcos Lima; e os parlamentares Odacy Amorim, José Maurício, Gustavo Negromonte, Aluísio Lessa e Silvio Costa Filho.
“Diante do crescimento assustador de pessoas que estão perdendo suas vidas decorrentes de acidentes de motocicleta, percebemos a necessidade urgente de reunir os órgãos competentes e a sociedade para discussão sobre o assunto. O objetivo é planejar alternativas e soluções para a problemática”, explicou Costa Filho.
Em Pernambuco, houve 469 óbitos relacionados a acidentes de motocicleta em 2011, de um total de 1.349 óbitos em acidentes de trânsito. Em relação a 2010 esse número diminuiu – 602 e 1.935 respectivamente -, mas ainda assim, segundo o Major André Cavalcanti, os índices são alarmantes. “Em 2009, 37.148 brasileiros morreram no trânsito. São gastos R$ 30 bilhões em internações hospitalares anualmente, no Brasil, com vítimas nesse perfil”.
O major destacou que o número de vítimas de motocicleta, e do trânsito no geral, são maiores no Interior de Pernambuco, e que uma das ações que estão dando certo para a redução desses acidentes é a Operação Lei Seca. “Fizemos um mapeamento para detectar as áreas mais críticas. A cidade de Ouricuri, no Sertão do Araripe, por exemplo, registrou nove mortes durante os dez dias da festa da padroeira da cidade em 2011. Neste ano levamos a Operação Lei Seca para o município, no mesmo período, e não houve nenhum óbito relacionado a motos”, relatou André Cavalcanti.
De acordo com Sérgio Lins, a frota de motocicletas em 2005 era de 285 mil no Estado. Esse número dobrou nos últimos cinco anos. “Com a facilidade de compra, o número de motociclistas vem crescendo gradativamente. Como consequência, temos um aumento de vítimas envolvidas em acidentes. Já virou epidemia”, frisou o diretor de fiscalização e engenharia do Detran-PE.
Já Carlos Augusto Elias, diretor de transportes da CTTU, acrescentou que no Interior a fiscalização não é tão eficiente e que isso cabe, também, aos municípios. “Sabemos que o Detran-PE não tem condições e nem competência de administrar todas as cidades do Estado, as prefeituras também precisam se empenhar”. “Temos que observar se ações, como inclusão de faixas exclusivas para motos, são mesmo interessantes, já que no estado de São Paulo não deu certo. As propostas têm que ser minuciosamente estudadas”, recomendou Carlos Augusto Elias.
“Passa a ser uma questão que envolve saúde pública, previdência social, transporte. Veja que o trânsito pode interferir em vários segmentos da sociedade. É questão de segurança ter mais agentes nas ruas e verificar se as pessoas estão realmente aptas a conduzir o veículo”, disse Simirames Queiroz do Conselho Estadual de Trânsito da Secretaria das Cidades.
Já Lúcia Recena ressaltou a importância das campanhas educativas sobre o trânsito. “Qualquer evento patrocinado pela Prefeitura de Jaboatão, por exemplo, não pode passar da meia-noite. Com isso a gente tem identificado uma redução no número de acidentes de carro e de motos no município”.
O relatório final da Comissão de Mobilidade Urbana da Assembleia Legislativa será entre à sociedade no próximo dia 30 de abril. A distribuição ocorrerá em órgãos públicos, em universidades, escolas e bibliotecas.