Em meados de 2007 quando o então secretário de planejamento João da Costa estava se consolidando como candidato do PT à sucessão do então prefeito João Paulo estava claro que ele não seria uma unanimidade dentro do PT, da Frente Popular e do Recife.
Chegou a eleição, impulsionado pela força da máquina do Recife, do PT e da Frente Popular, João da Costa foi eleito com 51,5% dos votos válidos no primeiro turno. A própria vitória de João da Costa havia sido contestada, afinal, ele ficou passível de cassação por conta do uso da máquina pública na eleição.
Quando a gestão começou houve uma ruptura entre criatura e criador, fato que em várias prefeituras pelo Brasil a fora ocorreu. João da Costa deve ter suas razões para haver rompido com João Paulo e o ex-prefeito tem as suas. Porém, dificilmente esta querela petista será tornada pública tão cedo. Isso enfraqueceu o prefeito porque o fiador da sua gestão havia tirado o corpo fora.
No decorrer da gestão, alguns equívocos foram ocorridos. Questões políticas mal-conduzidas pelo prefeito e seu núcleo político fizeram com que aliados começassem a se dispersar.
Na própria Câmara Municipal os vereadores do Recife foram se rebelando contra o prefeito. Fora do espectro político, a opinião pública foi se tornando voz contrária a João da Costa e isso fez com que sua reeleição fosse se desgastando cada vez mais.
No âmbito da Frente Popular, a tese do senador Armando Monteiro de múltiplas candidaturas fez com que o prefeito fosse perdendo o apoio de outros partidos da aliança, inclusive do governador Eduardo Campos e do senador Humberto Costa.
A alternativa Maurício Rands é a síntese de que o prefeito perdeu as condições políticas para disputar a reeleição e não há outro caminho a não ser o de respeitar a decisão superior e seguir a orientação.
Cabe ao prefeito negociar uma saída honrosa para continuar vivo na política. Mas no momento ele está nu.