O governador Eduardo Campos sancionou nesta segunda-feira (11/03) a Lei 14.921/2013, que institui o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM). O projeto, de iniciativa do Poder Executivo estadual, foi aprovado pela Assembleia Legislativa, no último dia 7, e a lei entra em vigor nesta terça-feira (12), com a publicação no Diário Oficial do Estado.
Assembleia da PB homenageia Agassiz Almeida.
Na sessão de reabertura dos trabalhos do ano de 2013, a Assembleia Legislativa da Paraíba, entre as mais diversas matérias em pauta, destacou por seu relevante caráter cultural-educacional a homenagem ao escritor Agassiz Almeida em razão de sua obra literária lançada recentemente e de ampla repercussão em todo o país, “O fenômeno humano”. Reais objetivos da viagem de Charles Darwin no HMS Beagle.
Pronunciando emocionante discurso, o deputado e ex-governador Wilson Braga propôs que a Assembleia Legislativa homenageasse Agassiz Almeida, destacado ensaísta brasileiro, e que por esta Casa passou no inicio da década de 1960, cuja fascinante obra “O fenômeno humano”, vem despertando nos mais diversos setores do país, sobretudo no mundo acadêmico e intelectual, extraordinário interesse em face deste escritor ter desvendado a farsa da viagem de Charles Darwin, arquitetada pelo Império Britânico com o objetivo de usurpar as riquezas dos países sul-americanos recém – libertos do jugo espanhol no século XIX, e por outro aspecto, contesta a seleção natural como elemento exclusivo da evolução das espécies, e também desconstitui por falta de base cientifica, segundo ele, a teoria de que o ser humano descende do macaco.
Prosseguindo com o seu pronunciamento, acentuou o deputado Wilson Braga: Patenteamos com este tributo a Agassiz Almeida o reconhecimento a um ilustre paraibano que hoje compõe, por seu acervo literário, a galeria dos renomados escritores brasileiros, destacadamente após o lançamento desta surpreendente obra “O fenômeno humano”, uma das mais
desafiadoras da literatura brasileira, e também por sua história de homem público, desde as lutas camponesas nos finais da década de 50 até a sua atuação na Assembléia Nacional Constituinte.
Incorporando-se a estas manifestações de apoio ao constituinte de 1988, salientou o deputado Frei Anastácio: pelo empenho de suas lutas políticas em defesa das justas causas e dos camponeses, principalmente na oposição à ditadura militar de 1964 , e por sua vasta obra literária, Agassiz Almeida engrandece a nossa história.
Recife terá centro de formação circense.
O prefeito Geraldo Julio recebeu o ator Marcos Frota, na manhã desta segunda-feira (11), em seu gabinete. Na pauta do encontro, a implantação do Núcleo Nordeste da Universidade Livre do Circo – Unicirco. A proposta do espaço é oferecer atividades de formação circense para jovens em situação de risco, oportunidades de inserção no mercado de trabalho e espetáculos visando à democratização da cultura brasileira.
Geraldo Julio considerou a iniciativa uma ótima oportunidade para a formação dos jovens talentos da cidade, fato que ajudará nas ações de prevenção à violência e combate às drogas. “Ficamos muito felizes porque é um projeto que abre uma janela pra o jovem recifense viver sua realização profissional e pessoal através da arte e da cultura. Vamos nos mobilizar imediatamente para identificar uma área onde possa ser instalada a unidade do Unicirco no Recife e vamos apoiar institucionalmente também, ajudando a encontrar parceiros”, destacou.
A iniciativa, lançada em 2000, tem uma sede permanente no Bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, que funciona desde outubro de 2010. O projeto atende, anualmente, 258 jovens de até 21 anos, na sede da Unicirco, além de mais 800 nas comunidades, através das atividades itinerantes.
Entusiasta da arte circense, Marcos Frota explicou que a implementação de uma unidade da Unicirco no Recife é uma forma de devolver o apoio que a cidade sempre ofereceu ao projeto, já que ele foi idealizado em parceria com o professor pernambucano e pesquisador da cultura popular, Luiz Maurício Carvalheira, falecido em 2002. “Foi aqui que começou tudo, há cerca de 20 anos, e hoje o Unicirco é uma realidade, com referência nacional. Vir para Recife é como se fosse retribuir ao Luiz Maurício Carvalheira, professor daqui, que junto com Hermilo Borba Filho criou o Teatro Popular do Nordeste”, pontuou o ator.
Daniel critica sistema carcerário em Pernambuco.
O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Daniel Coelho, subiu à tribuna da Casa nesta segunda-feira para discursar a respeito da preocupante situação em que se encontra o sistema carcerário de Pernambuco. Num discurso duro, que recebeu apartes dos oposicionistas Terezinha Nunes, Betinho Gomes, Maviael Cavalcanti e Severino Ramos, além dos governistas Guilherme Uchoa, Ângelo Ferreira e Odacir Amorim, Daniel falou sobre a superlotação dos presídios do Estado, sobre o fracasso na política de recuperação de presos e a respeito da escassez de agentes penitenciários.
“Para avaliar a situação do sistema carcerário em Pernambuco se faz necessário que a gente retroceda um pouco e olhe o que foi feito pelo governo passado para ter a compreensão do que representa esses sete anos de governo do PSB para o Estado de Pernambuco”, disse Daniel. O líder da oposição lembrou que em 2000, segundo ano de governo Jarbas, Pernambuco tinha uma capacidade de vagas para 4.836 detentos e uma população carcerária de 8.419 presos.
“Ao final do governo Jarbas, ele entrega ao atual governador uma capacidade carcerária de quase o dobro do que recebeu. Ele entregou uma capacidade de 8.285. Mas isso não resolveu o problema de superpopulação em nossos presídios. Havia, quando assumiu o governo Eduardo Campos, 17.244 presos no Estado. Essa situação se agrava muito. Diferente do que aconteceu no governo Jarbas, quando a capacidade de vagas dobrou, o governo Eduardo Campos, em sete anos, não fez absolutamente nada. Recebeu com 8.200 vagas e hoje nós temos cerca de 9.300. Mas com uma população de 27.672 presos.”
Daniel também a necessidade de uma ampliação no número de agentes penitenciários, o que se torna ainda mais evidente por conta do excesso no número de presos. “No governo passado nós tínhamos mil agentes para 8.500 detentos. Hoje nós temos 1.500 agentes para 27.600 presos em Pernambuco. Considerando as escalas, a gente tem cerca de 350 agentes penitenciários para controlar mais de 27 mil presos no Estado. Um fracasso completo a política de recuperação daqueles que estão sendo retirados das ruas”, criticou o deputado.
A ausência de efetivo suficiente de agentes penitenciários, inclusive, é uma das razões pela qual se percebe uma quantidade tão baixa de recuperação de presos no Estado.
“Se o Pacto Pela Vida tem avançado, é preciso ter a compreensão de que os presos precisam ter um mínimo de condição de recuperação. Não é à toa que o Estado de Pernambuco não chega a recuperar 10% daqueles que deixam os presídios. A grande maioria termina voltando a cometer delitos, a cometer crimes. Não existiram investimentos nem na contratação de pessoal, nem na infra-estrutura. Nós temos hoje, inclusive, agentes penitenciários que fizeram concurso ainda em validade, que teriam condições de reduzir esse problema. E aí, na semana passada, tivemos uma vergonhosa fuga no Barreto Campelo, justamente por conta da falta de pessoal e de infra-estrutura”, concluiu.
Caxangá Ágape homenageará Miriam Lacerda.
A ex-deputada Miriam Lacerda é uma das personalidades homenageadas pelo Caxangá Ágape em alusão ao Dia Internacional da Mulher. O prêmio será entregue pelo presidente executivo do clube, Fernando Freire, durante almoço nesta quarta-feira (13), em que estarão reunidos conselheiros e toda a diretoria. O evento acontece no Restaurante Boi e Brasa, na Avenida Boa Viagem, a partir do meio-dia.
Na oportunidade, o clube informal irá reconhecer o talento e o destaque, na construção de um Pernambuco melhor, das senhoras: Miriam Lacerda, ex-deputada e empresária; Simone Monte, ex-presidente do GERE e publicitária; Nair Andrade, advogada e atual conselheira da OAB-PE; Berenice Andrade Lima, Secretária de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Município do Ipojuca e Clilma Aldeman Fonsêca, médica psiquiátrica, que dedicam suas vidas à promoção e realização de ações transformadoras na sociedade pernambucana.
“O Recife faz aniversário, mas quem está de parabéns é o recifense.” diz Geraldo.
“O Recife faz aniversário, mas quem está de parabéns é o recifense; pelo clima de entusiasmo e unidade em ajudar na mudança da cidade”. As palavras são do prefeito Geraldo Julio, que participou neste domingo (10) do início das comemorações pelos 476 anos do Recife. Ao lado da primeira-dama Cristina Mello, Geraldo esteve no Morro da Conceição, na Zona Norte, que pela primeira vez foi escolhido como polo comemorativo da festa; e no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, na Zona Sul. Nos dois polos, o gestor acompanhou apresentações de Frevo e Samba. A programação segue na próxima terça-feira (12), data do aniversário do município, com o tradicional corte do bolo, a partir das 8h, na Praça do Arsenal.
Assim que chegou ao Morro da Conceição, às 16h, Geraldo Julio fez questão de cumprimentar o público e agradecer o envolvimento das pessoas com a festa. “Nós estamos felizes em comemorar o aniversário da cidade aqui com os artistas da nossa terra, com a nossa música. Esse é um grande aniversário porque todos já podem perceber o início da transformação no Recife”, afirmou o prefeito.
No palco, o comando ficou por conta da cantora Karynna Spinelli, que entoou, em ritmo de samba, a tradicional música “Parabéns para você”. Além de Karynna, a festa no Morro contou com a apresentação da Orquestra Popular do Recife e outros artistas da terra. Na ocasião, Geraldo explicou que antecipou as comemorações “porque domingo é um dia de folga e as pessoas podem aproveitar mais a festa”.
Moradora do Morro há 22 anos, a dona de casa Rosângela Brito, 40 anos, ficou muito feliz em ter a oportunidade de comemorar mais um ano do Recife no seu próprio bairro. “A festa é praticamente ao lado da minha casa. Todo mundo está contente e querendo participar dessa comemoração toda. Espero que no próximo ano seja aqui novamente”, destacou Rosângela.
Ao fim da visita, Geraldo disse ainda que o mais importante desse aniversário é unir a população. “A gente escolheu comemorar o aniversário do Recife em duas áreas descentralizadas para juntar a comunidade da Zona Sul e da Zona Norte em um espaço de música e tradição, que dialoga com cada um dos bairros”, pontuou.
No Parque Dona Lindu, o prefeito visitou uma exposição de quadros feitos por recifenses. Em seguida, acompanhou uma apresentação do Bloco da Saudade e um tributo ao Frevo, executado pela Orquestra Sinfônica do Recife, que tocou com convidados como o Maestro Spok e a cantora Valéria Morares.
Além do prefeito e da primeira-dama, acompanharam as visitas os secretários Felipe Carreras (Turismo e Lazer), Lêda Alves (Cultura) e Sileno Guedes (Governo e Participação Social); e o presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Roberto Lessa.
A autofagia do PT pernambucano.
Em 2000 o Partido dos Trabalhadores alcançava o seu maior êxito na política pernambucana com a vitória de João Paulo contra o então prefeito do Recife que disputava a reeleição Roberto Magalhães. No ano de 2002, a maior vitória da história do PT foi a chegada de Lula na presidência da República. Naquele mesmo ano o PT disputou com Humberto Costa o Palácio do Campo das Princesas e perdeu para Jarbas Vasconcelos que disputava e conquistou a reeleição.
A frente da Prefeitura do Recife, João Paulo obteve uma nova vitória, sendo reeleito contra Cadoca e Joaquim Francisco ainda no primeiro turno em 2004. No ano de 2006 Humberto Costa era o favorito para alcançar o Palácio do Campo das Princesas contra o então governador Mendonça Filho (PFL) e o então deputado federal Eduardo Campos (PSB). Tanto Humberto quanto Eduardo tinham sido ministros de Lula, enquanto Eduardo ocupava o modesto Ministério da Ciência e Tecnologia, Humberto ocupava o vistoso Ministério da Saúde.
Veio o caso dos Sanguessugas que tirou de Humberto a chance de ser governador, colocando Eduardo Campos e Mendonça Filho no segundo turno, consequentemente dando a Eduardo uma vitória inesquecível.
No ano de 2008, depois de ter sido rifado da disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, João Paulo empurrou goela abaixo a candidatura de João da Costa e conseguiu o apoio de toda a Frente Popular em torno do seu pupilo, que saiu vitorioso novamente no primeiro turno. Neste ínterim, Humberto era secretário das Cidades, sendo responsável pelo Detran, CNH Popular e uma série de programas que lhe davam visibilidade.
No ano de 2010, disputaram o Senado na chapa de Eduardo Campos, Armando Monteiro (PTB) e o próprio Humberto Costa, então favorito a primeira vaga. As urnas se abriram e o petebista desbancou o petista, ficando com a primeira vaga. Humberto também foi vitorioso, vencendo a sua primeira eleição majoritária que disputou, mas foi o segundo senador.
Na Câmara Alta, Humberto se notabilizou por ser um bom senador e estar em sintonia com a presidenta Dilma Rousseff e o governador Eduardo Campos, até cair na besteira de se envolver na briga de João da Costa e João Paulo. Imaginando ser o candidato de toda a Frente Popular a prefeito do Recife nas eleições de 2012. Ledo engano, foi imposto pela executiva nacional, disputou com o PT rachado e perdeu as condições políticas para juntar a Frente Popular em torno dele.
O resultado todos já sabem: a dupla Humberto Costa/João Paulo ficou apenas em terceiro lugar na disputa pela prefeitura do Recife, perdendo para o eleito Geraldo Julio e o neófito Daniel Coelho. Uma sucessão de lambanças fez com que o PT saísse de protagonista político a mero coadjuvante do cenário pernambucano, sendo um cachorro vira-lata que ninguém quer se juntar.
O PT não tem um nome para lançar ao governo de Pernambuco no ano que vem. Humberto está morto politicamente, João Paulo não tem coragem cívica para ir a uma disputa inglória, as demais lideranças ameaçam largar o barco, como é o caso de João da Costa, André Campos e alguns outros que podem migrar para siglas do entorno de Eduardo Campos antes de setembro que é o prazo que se encerra para a filiação de quem quer disputar algum mandato eletivo no ano que vem.
Pra piorar a situação do PT, a candidatura de Eduardo Campos se torna cada vez mais uma realidade, que mesmo que não venha a ter força nacionalmente, o que não é o caso, colocará os adversários do socialista como verdadeiros leprosos políticos aqui no estado, e o PT se inclui neste rol.
A autofagia petista levou o partido em Pernambuco a perder representatividade e ser apenas uma legenda secundária que perdeu a identidade e o respaldo político de outrora.
O futuro de Jarbas a Eduardo pertence.
Deputado estadual, deputado federal, prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco por mais duas vezes e senador da República atualmente, Jarbas Vasconcelos tem uma das carreiras mais vitoriosas da história de Pernambuco. Foi no seu governo que o estado começou a trilhar o rumo do desenvolvimento, entregando para Eduardo Campos uma máquina saneada para que o socialista pudesse fazer o exitoso governo que faz hoje.
Depois de quase vinte anos afastados, o senador e o governador se reaproximaram em 2011, consolidando a aliança em meados de 2012 no intuito de formalizarem um apoio do PMDB à postulação do PSB com a candidatura de Geraldo Julio no Recife, que foi vitoriosa.
É bem verdade que o senador Jarbas não conseguiu eleger o filho vereador e recebeu muitas críticas por isso, mas isso se deu muito mais por inexperiência do postulante do que propriamente por falta de cacife do seu pai. A retomada da aliança entre os dois maiores governadores da história de Pernambuco foi um marco na política local, um divisor de águas e uma mudança de paradigmas.
Para 2014, Jarbas Vasconcelos tem várias alternativas. A primeira seria disputar a reeleição para o Senado, a segunda disputar uma vaga na Câmara Federal, a terceira ser o candidato da Frente Popular a governador e a mais provável: ser um dos coordenadores de campanha de Eduardo Campos.
Algumas alternativas são excludentes, como ser candidato a governador, a deputado federal ou a senador. Mas existe a possibilidade de Jarbas disputar um mandato na Câmara Federal e conciliar a disputa com uma coordenação de campanha de Eduardo. Enquanto isso, utilizaria a tribuna do Senado para fortalecer o seu aliado visando o projeto nacional.
Portanto, o futuro de Jarbas a Eduardo pertence.
Eduardo e o dilema de Hamlet.
Por Terezinha Nunes
Conversando com alguns amigos, recentemente, o governador Eduardo Campos manifestou o dilema de Hamlet. O famoso “ser ou não ser”. Se mostrou preocupando com a definição do momento em que proclamaria sua decisão de ser candidato a presidente ou de excluir-se do cenário presidencial no próximo ano.
Esta semana, porém, vendo o cerco que lhe faz o ex-presidente Lula para antecipar uma decisão em relação a 2014, o governador viu cair por terra sua trajetória inicial de ajudar Dilma a vencer 2013 para, só em 2014, dependendo do panorama econômico, decidir fazer uma carreira solo ou apoiar a continuidade do PT a nível nacional.
Macaco velho de guerra, Lula entendeu que Eduardo estava ganhando tempo e poderia surpreender com uma candidatura em 2014 quando as forças governistas já poderiam estar esgarçadas. Foi aí que resolveu antecipar o debate sucessório.
A nova estratégia, que está levando Eduardo a se expor mais cedo do que deseja, não só estava fora dos planos do governador pernambucano como pode empurrá-lo para o canto do ringue e precipitar sua entrada firme na campanha correndo o risco natural de quem vai para a chuva para se molhar.
A ofensiva de Lula apenas reduziu o dilema de Hamlet na cabeça do governador, mas é uma jogada arriscada e intempestiva.
Antecipando não só os debates como suas viagens pelo País, o governador deixa de lado o discurso administrativamente coerente que vinha fazendo, dizendo que não interessa a quem está no governo precipitar o debate sucessório.
Como o PT não está nem aí para esses rompantes de ética pública, fará a campanha de Dilma assim mesmo e já deixa claro que vai usar o poder a todo custo para evitar que o palanque socialista se fortaleça.
Quanto ao governador, passará a correr o risco de ser cobrado por estar em campanha para presidente quando ainda faltam quase dois anos para encerrar o seu mandato e quando Pernambuco enfrenta a maior seca dos últimos 50 anos.
Na verdade, há muito tempo que o governador tem se dedicado mais à pauta nacional do que estadual. Sua agenda só contempla questões pernambucanas em atos públicos, como aconteceu recentemente com o encontro dos prefeitos em Gravatá.
Os deputados estaduais da base governistas se queixam diariamente na Assembleia de que não conseguem uma agenda com o governador.
Nem o secretário Tadeu Alencar, dono de uma paciência franciscana, tem conseguido suprir a ausência do chefe: recentemente depois que muito esperou um retorno do secretário a um pedido de audiência, o deputado Adalberto Cavalcanti (PHS) teve um gesto irônico quando Tadeu finalmente lhe atendeu ao telefone. Ao invés do tradicional alô ou, um obrigado pela atenção, Cavalcanti irrompeu ao celular um sonoro “aleluia, aleluia, aleluia”.
Por mais que apregoe que sua equipe trabalha monitorada e Geraldo Júlio, como qualquer outra pessoa, não seja insubstituível, é difícil manter o ritmo quando o comandante não tem mais tanto tempo para se dedicar à equipe.
Eduardo pode, com isso, provocar uma redução de ritmo na máquina pública suficiente para prejudicar sua aura de grande administrador.
CURTAS
Armando em ação – No Palácio do Campo das Princesas há um convencimento de que quando o deputado Silvio Costa (pai) fala é porque o senador Armando Monteiro pensa da mesma forma. Por isso entendeu-se que se Silvio defende a MP dos Portos – ao contrário do que faz o governador Eduardo Campos – é porque o senador pensa do mesmo jeito.
Outros tempos – Ao contrário do momento em que indicou para o TCE o conselheiro Marcos Loreto, na vaga da Assembleia, sem ouvir ninguém, o governador Eduardo Campos, que deseja ocupar outra vaga da Alepe com outro auxiliar seu, o ex-deputado Ranilson Ramos, aconselhou Ranilson a fazer um périplo pela casa para buscar consenso. Deixou claro que não vai partir para o tudo ou nada.
Vantagem – Ranilson Ramos, portanto, parte com uma vantagem em relação a Loreto. Chegou humildemente na casa pedindo apoio e, conforme tem argumentado, é um ex-deputado não sendo nenhum estranho no ninho. Seu discurso tem agradado.
Geraldo e Jarbas debatem rumos do Recife.
O prefeito Geraldo Julio teve uma audiência, na manhã desta sexta-feira (8), com o senador Jarbas Vasconcelos em seu gabinete, no edifício-sede da Prefeitura do Recife. Os dois gestores utilizaram o encontro institucional, o primeiro desde que Geraldo tomou posse, para debater os rumos do Recife e articular parcerias em prol da cidade, que já foi governada duas vezes pelo senador.
Ao final da audiência, Geraldo destacou a importante contribuição dada pelo senador na esfera administrativa. “Além de tratarmos de parcerias, que já ocorrem desde a transição, quando Jarbas alocou emendas ao orçamento da União para trazer recursos que vão nos ajudar a realizar ações do programa de governo na área da Saúde, falamos das suas impressões sobre a cidade, já que ele veio aqui também como ex-prefeito. Isso foi muito positivo porque Jarbas é um político que conhece muito bem o Recife e que pode ajudar muito a nossa gestão e o povo”,afirmou o prefeito.
Jarbas Vasconcelos, que não pôde estar na posse de Geraldo, fez questão de elogiar o trabalho da PCR nesses primeiros 65 dias de governo. “Impressiona a limpeza e o reordenamento da cidade. Também impressiona a competência e a habilidade de Geraldo Julio em administrar a cidade, com uma presença marcante nas ruas”, cravou o ex-prefeito.
O senador também fez questão de ressaltar as qualidades do atual prefeito, enfatizando três “essenciais aos homens públicos”.“Geraldo tem um caráter extraordinário, é um técnico competente e está se revelando um político muito hábil. Essas três qualidades vão marcar a passagem dele pelo Recife. Já vi algumas pesquisas e me surpreendi com os índices de aprovação do prefeito”, comentou Jarbas.