“Vem aí a hora da avaliação, as eleições. Nós vamos mostrar que esse foi o governo que mais fez pelos que mais precisam nessa cidade”. Foi com essas palavras que o prefeito Geraldo Julio (PSB) marcou o ato que oficializou sua candidatura à reeleição. A chapa majoritária da Frente Popular do Recife, formada por Geraldo Julio e pelo vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), foi apresentada na manhã deste sábado (30), no Clube Internacional, durante a convenção do Partido Socialista Brasileiro. O evento contou com a participação de aproximadamente seis mil pessoas. A convenção ainda teve a presença do governador Paulo Câmara, que é vice-presidente nacional do PSB.

Durante a oficialização do seu nome, Geraldo Julio destacou a importância da participação popular durante o seu governo. O socialista garantiu dedicação e empenho com as demandas da sociedade. “Nosso governo, nesses três anos e meio, é um governo construído junto com o povo do Recife, o povo governa essa cidade através do nosso governo. Governamos sempre com o princípio de preferir somar do que dividir. É por isso que chegamos aqui hoje maior e mais fortes do que éramos em 2012”, ressaltou.

Vice-presidente nacional do PSB, o governador Paulo Câmara destacou o legado da Frente Popular no Recife em Pernambuco. Câmara destacou que, mesmo diante de um cenário econômico difícil, a gestão Geraldo Julio modificou o cenário da cidade.

O socialista ainda lembrou a trajetória de Geraldo Julio e como ele foi escolhido para disputar o Executivo da capital pernambucana há quatro anos. “Em 2012, Eduardo Campos viu que o Recife precisava de uma virada. Eduardo escolheu Geraldo para ser artilheiro da sua equipe. Só que Geraldo agora é capitão dessa equipe, é o grande técnico que vai conduzir o Recife para os avanços do futuro. É possível avançar cada vez mais”, afirmou Paulo Câmara

As ações da gestão socialistas na Prefeitura do Recife ainda foram destacadas pelo vice-prefeito Luciano Siqueira. Em seu pronunciamento, o aliado disse que a última administração foi a que promoveu mais avanços na cidade. “Posso dizer a você com muita convicção. Nunca, em tão pouco tempo, se fez tanto pela população”, disse.

Também presente no evento, o representante do PSB pernambucano no Senado Federal, Fenando Bezerra Coelho, falou da importância da reeleição de Geraldo Julio para o conjunto da Frente Popular. “Quero encerrar lembrando Miguel Arraes para quem pensar que vai destruir e quebrar essa aliança. Ele dizia que o mais importante que a unidade do palanque é a unidade do povo do Recife”, bradou.

A Frente Popular do Recife, maior coligação apresentada na capital pernambucana, conta com o apoio do PSB, PCdoB, PMDB, PSD, PDT, PR, PP, PPS, Rede, Solidariedade, PTC, PMB, PEN, PPL, PRTB, PSDC, PSC, PROS, PHS E PRP. Além da militância e de líderes partidários, o ato ainda contou com a presença do senador Cristovam Buarque (PPS), do vice-governador Raul Henry (PMDB), de vereadores, deputados estaduais e federais da Frente Popular.

O candidato a prefeito do Recife Daniel Coelho (PSDB) participou na manhã desta sexta-feira, de debate promovido pelo Lide Pernambuco. Questionado acerca de diversos temas, Daniel apontou a segurança como um dos principais problemas da cidade, fato observado nos cada vez mais frequentes assaltos a ônibus na capital. “Nós perdemos o controle sobre a segurança pública”, afirmou.

“Apesar dos problemas com a mobilidade ainda existirem e serem grandes, infelizmente, nos últimos meses, a população não tem reclamado do tempo que tem passado dentro do ônibus. O que as pessoas têm se questionado é se vão conseguir sair quando entram no transporte público. As pessoas têm sido assaltadas todos os dias. Nós perdemos o controle sobre a segurança pública, esse é um fato”, lamentou Daniel Coelho.

Daniel Coelho lembrou que, quatro anos atrás, o candidato a prefeito que foi eleito se comprometeu com o Pacto pela Vida municipal, dizendo que trabalharia em parceria com o governo do Estado para diminuir a criminalidade. “Está aí o resultado, piorou muito. O Recife está mais escuro. Do ponto de vista de ações sociais, das medidas preventivas, que é dever da prefeitura, nós falhamos. Nós tínhamos centros sociais urbanos que estão abandonados, na Mustadinha, Totó, Coelhos, áreas pobres, violentas. Eles estão caindo aos pedaços. Mas, se inaugurou um Compaz… Nada contra o Compaz, mas é um desrespeito à população você ter equipamentos públicos importantes, que estão completamente abandonados”, enfatizou.

DOIS LADOS DO BALCÃO

Outro ponto duramente questionado e criticado por Daniel diz respeito às relações envolvendo pessoas ligadas à iniciativa privada que também fazem parte dos governos do PSB, seja no âmbito municipal ou estadual. “A gente não tem nada contra a relação da iniciativa privada com o setor público. O que não dá é o que acontece hoje, as pessoas nos dois lados do balcão”, criticou Daniel Coelho.

“Se eu for enumerar os casos de secretários que atuam no setor público e prestam serviço diretamente ou através de suas famílias ao governo, eu passaria o dia inteiro falando deste assunto. Tenho respeito por quem está no setor público e por quem está na iniciativa privada, mas não dá para as pessoas ficarem dos dois lados do balcão, como tem acontecido nas gestões do PSB”, finalizou.

O diretório municipal do PSDB no Recife realizou na manhã deste domingo sua convenção, em que confirmou o nome do deputado federal Daniel Coelho como candidato do partido à Prefeitura do Recife. O ato, realizado na sede da sigla, no Derby, contou com a participação de diversas lideranças do partido, e possibilitou ao postulante tucano a oportunidade de apresentar seu discurso para a campanha, que deve ser pautado no que ele considera ser um “desejo de mudança da população” e não da continuidade, “representada pelas candidaturas de Geraldo Julio e João Paulo”.

“O Recife é uma bela cidade, tem um povo guerreiro, um povo trabalhador e merece muito mais do que tem recebido da atual gestão. Os impostos são caros e os serviços muito ruins. A gente precisa fazer funcionar os equipamentos públicos. (Eleição) Não é somente o concurso de promessas, sair dizendo que vai fazer novas unidades na saúde e na educação. É preciso fazer funcionar. A população precisa ser tratada com respeito. Ao chegar num posto de saúde, ela precisa ser tratada com carinho, precisa ser compreendida. A gente tem muita preocupação com o que está ocorrendo hoje no Recife e com o que está acontecendo na política”, afirmou Daniel Coelho.

Na visão do candidato do PSDB, essa campanha tem duas alternativas. “Uma é da continuidade desse modo atrasado de fazer política, que é representado pelas candidaturas de Geraldo e João Paulo; a outra, é uma alternativa concreta de mudança na maneira de fazer política, que é a nossa candidatura. Então isso vai ficar muito evidente ao longo do processo. Esses dois candidatos governaram de maneira muito parecida, incharam a máquina, criaram novas secretarias, cargos comissionados, burocratizaram a gestão pública e está aí o resultado que a gente vê hoje: o Recife com péssimos índices na educação, com um serviço de saúde muito aquém do que a gente vê em outras capitais”.

Com o objetivo de esclarecer e orientar os pré-candidatos a respeito das principais mudanças na Legislação Eleitoral, o PDT realizou, na noite desta terça-feira (19), um encontro na sede do partido, localizada no bairro da Boa Vista. A reunião, que abordou assuntos relacionados às convenções, financiamento de campanha, propaganda eleitoral e prestação de contas, foi comandada pela advogada especialista em Direito Eleitoral Diana Câmara e contou com a participação do assessor da Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral, Orson Lemos, e de Marcos José, também da equipe técnica do TRE.

Na última reforma eleitoral, aprovada em 2015 pelo Congresso Nacional, o financiamento de campanha sofreu alterações. A partir da eleição deste ano haverá um limite de gastos imposto pelo Tribunal Superior Eleitoral. Essa nova determinação deve ser observada pelos candidatos, segundo avaliou Diana Câmara. “É a primeira eleição onde teremos um teto rígido de limite de gastos e o candidato vai ter que gastar dentro do limite legal. Isso quer dizer que a tendência é que isso vai ser olhado com uma lupa pelo seu adversário, seja candidato a prefeito ou suplente de vereador”, disse.

Pelas novas regras, no primeiro turno os candidatos a prefeito podem gastar até 70% em relação ao maior gasto declarado na eleição de 2012 no município. Se a cidade teve dois turnos no pleito passado, esse valor cai para 50% do valor total das duas fases da campanha. As cidades de menor porte são as que terão maior impacto. Nos municípios com até 10 mil eleitores, a Legislação eleitoral impõe o limite de R$ 100 mil em gastos para candidatos a prefeito e R$ 10 mil para candidatos a vereador.

A propaganda eleitoral através das redes sociais foi um dos assuntos abordados no encontro. Diante das novas regras, ainda há muitas dúvidas sobre o uso das mídias sociais. Diana Câmara explicou que o link patrocinado, que ajuda a impulsionar as publicações, deve ser evitado. Assessor do TRE, Orson Lemos fez um alerta aos pré-candidatos que utilizarão essas ferramentas. “Quando apresentar o registro de candidatura peticione o endereço do seu Facebook, seu email, seu site, seu WhatsApp para evitar a atuação de perfis fakes”, esclareceu.
O palestrante Marcos José falou sobre a importância da prestação de contas. Segundo ele, a equipe do candidato deve ficar atenta à atualização dos gastos ao longo do pleito e fazer os registros do que foi arrecadado até 72h depois da doação. Após o registro da candidatura, o postulante deve providenciar o CNPJ da campanha e a abertura de uma conta específica para o pleito.