O prefeito do Jaboatão dos Guararapes, Elias Gomes (PSDB) foi hoje ao Cabo de Santo Agostinho, cidade governada por ele durante três mandatos participar do aniversário do atual secretário de Ordem Pública e Segurança Cidadã de Jaboatão, Elmo Freitas. Na oportunidade, o tucano lançou a candidatura de Elmo Freitas a vereador do município e do atual vereador do Cabo, José Arimateia à Prefeitura de Ribeirão, Mata Sul do Estado.
Reforma eleitoral: hora da “concertacíon”
Por Maurício Costa Romão
Tendo acompanhado os debates sobre a reforma eleitoral na legislatura passada eparticipado agora como palestrante-convidado da Comissão Especial da Reforma Política, da audiência pública do dia 9 de abril deste ano, na Câmara Federal, penso já haver elementos para tirar algumas conclusões.
A primeira é a de que as tratativas concernentes ao bloco de temas pontuais(financiamento de campanhas, fim das coligações proporcionais, reeleição, coincidência de eleições, suplência de senadores, cláusula de desempenho, voto facultativo, etc.) evoluíram bastante, a ponto de alguns desses itens alcançarem consenso no âmbito da Comissão.
O fim das coligações proporcionais merece destaque à parte. Embora a proposituraseja de agrado da maioria da Comissão, terá muita dificuldade de aprovação em plenário, se tramitar como ponto isolado, mantido o atual sistema de lista aberta, simplesmente porque decreta a inviabilidade eleitoral de boa parte dos partidos menores.
Um tópico deste bloco, todavia, está longe de amealhar entendimento: o financiamento de campanha. É consensual, todavia, que o sistema misto de financiamento que vigora atualmente não pode mais ser mantido, devido à escalada de gastos, a abertura para os ilícitos de toda ordem e à prevalência do poder econômico.
A adesão ao financiamento público exclusivo, por seu turno, é muito baixa, principalmente por conta da canalização de recursos governamentais, que poderiam ser usados em áreas prioritárias, para campanhas eleitorais, numa quadra de crise econômica e descrédito da política.
Pode-se dizer ainda que há convergência de opiniões quanto à limitação de gastos de campanha e estabelecimento de teto de doações para pessoas físicas (em torno de um salário mínimo). Mas permanece o impasse quanto à doação de pessoas jurídicas, o que emperra os trabalhos da Comissão neste tópico.
No núcleo central da reforma, representado pelo bloco de sistemas eleitorais, a definição de um modelo de voto não progrediu no seio da Comissão, o que suscita alta probabilidade de que qualquer proposta lançada em plenário não obtenha aprovação.
É de justiça dizer-se, contudo, que o Distritão, modelo patrocinado pela cúpula do PMDB, e cuja aceitação foi pequena na legislatura passada, agora está angariando muitas adesões na Casa em razão da redobrada força do partido na presente conjuntura e da simplicidade do mecanismo.
O problema é que a sugestão peemedebista envolve mudança constitucional, o que requer quorum qualificado de 308 votos, quantum difícil de ser atingido.
Em função desses impasses sugeri aos parlamentares presentes na audiência uma espécie de concertación: tratar a reforma como um processo, desdobrado em duas vertentes.
A primeira, partindo do princípio de que os sistemas eleitorais se equivalem, no sentido de que todos têm vantagens e desvantagens, méritos e deméritos, é nãomais se cogitar, nesta legislatura, trocar o modelo de voto em uso no Brasil.
Assim, todos os esforços seriam direcionados para aperfeiçoá-lo, particularmente naquelas deformações mais gritantes (transbordamento de votos do “puxador de votos”, impossibilidade de todos os partidos participarem da distribuição de sobras eleitorais, ausência de proporcionalidade nas coligações, etc.).
A grande vantagem desta medida é que as melhorias no sistema atual requerem apenas modificações tópicas na Lei Eleitoral, o que exigiria tão somente maioria simples para aprovação no Congresso.
A segunda variante, é trabalhar em cima das disfunções do sistema político-eleitoral, em especial sobre o bloco de temas pontuais, com ênfase na questão do financiamento de campanha.
Sobre o financiamento, aliás, sugeri à Comissão outra concertación: adotar-se um modelo misto, com os pontos consensuados (limitação de gastos e teto para pessoa física), mas abrindo espaço para as pessoas jurídicas mediante um teto em valor fixo, e não proporcional ao faturamento das empresas como ocorre hoje.
Nesta metodologia de pacto, ocorreriam as eleições de 2016 e 2018 e na próxima legislatura far-se-ia uma avaliação dos resultados.
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Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia, é consultor da Cenário Inteligência e do Instituto de Pesquisas Maurício de Nassau. http://mauricioromao.blog.br. [email protected]
Coluna do blog deste sábado
Gestão de Geraldo Julio sofre apagão
Eleito em 2012 como aquele que tudo fez, o prefeito do Recife Geraldo Julio assumiu o executivo da capital pernambucana sob forte expectativa de que faria uma das melhores gestões da história da cidade do Recife. Passados dois anos e três meses do seu início, a gestão segue sem uma marca positiva.
Foram prometidas 20 Upinhas, 6 Upas e o Hospital da Mulher. Na teoria seria a mudança de paradigmas da saúde na capital pernambucana. Na prática o prefeito entregou apenas seis Upinhas e o Hospital da Mulher segue com o cronograma atrasado.
Promessa de campanha, sendo um projeto idealizado pelo vice-governador Raul Henry, o Compaz era a solução para os problemas sociais das periferias. Até agora apenas dois começaram a ser construídos mas seguem sem previsão de entrega.
Mas nenhum destes projetos estão tão atrasados quanto a Via Mangue. A obra, que foi iniciada por João Paulo e continuada por João da Costa, que era a chance de melhorar a mobilidade urbana na Zona Sul, foi até inaugurada pelo prefeito Geraldo Julio no ano passado, mas segue com apenas uma via liberada e a iluminação da Via Mangue é completamente precária, colocando em risco a integridade física dos motoristas que trafegam pela via.
A única área que realmente houve um avanço aparente foi na parte de turismo e lazer, as ciclofaixas ganharam aderência, bem como o projeto da requalificação da orla de Boa Viagem foi bem executado. Mas todos nós sabemos que uma gestão que se preza não pode ser bem-sucedida em apenas uma área, é preciso muito mais pra dizer que “por você está trabalhando sem parar”.
Se continuar neste ritmo, Geraldo Julio ficará sem ter o que mostrar quando for candidato à reeleição no ano que vem.
Jogo de cintura – O governador Paulo Câmara precisará de muito jogo de cintura para lidar com as pressões que receberá daqui por diante. Nesta semana foram de uma só vez críticas dos magistrados, dos professores e dos policiais. O xis da questão é que a situação do estado é fruto do cenário de crise nacional, mas quem vai entender isso?
Pedro Corrêa – Preso por envolvimento no Mensalão, o ex-deputado federal Pedro Corrêa (PP) também foi preso por envolvimento no Petrolão. O ex-deputado teve encontros com o doleiro Alberto Youssef para pegar dinheiro do esquema. Pedro saiu do regime semi-aberto em Pernambuco pra ficar na carceragem da PF em Curitiba.
Aécio Neves – Maior símbolo da oposição brasileira, o senador Aécio Neves definitivamente acordou pra vida. Convocou os brasileiros a irem às ruas amanhã contra a corrupção do governo Dilma Rousseff. Só falta ele estar presente no ato pra fazer jus aos 51 milhões de votos que recebeu.
Rompimento – O prefeito de Araripina Alexandre Arraes (PSB) oficializou esta semana o rompimento com o ex-prefeito e ex-deputado Bringel (PSDB). É que mesmo estando na base do prefeito, Bringel estava usando suas rádios no município para espinafrar Alexandre. O prefeito engoliu sapos até não aguentar mais e estourar.
RÁPIDAS
Paulista – No meio político corre a versão que o prefeito Junior Matuto (PSB) estaria fazendo uma péssima gestão em Paulista e suas chances de reeleição estariam pra lá de comprometidas. Vale salientar que no ano que vem não tem mais Eduardo Campos pra pedir por ele.
Carreata – Hoje o movimento Vem pra rua realizará carreatas pelas ruas do Recife para convocar a população para a movimentação de amanhã contra a presidente Dilma Rousseff. A concentração neste domingo será na Pracinha de Boa Viagem a partir das 14:00 horas.
Inocente quer saber – As movimentações de amanhã terão mais gente do que as do dia 15 de março?
Para oposição, Governo Paulo Câmara é “menos do mesmo”
No balanço dos 100 dias de gestão, parlamentares da bancada apontaram paralisia do Governo
A Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa realizou na manhã desta quinta-feira (09) uma coletiva de imprensa para apresentar um balanço do trabalho do grupo e também uma avaliação dos primeiros 100 dias do Governo Paulo Câmara.
Resgatando as iniciativas tomadas pela bancada ao longo dos últimos meses, a exemplo de audiências públicas sobre a crise do sistema prisional e os problemas do Estado com as Parcerias Público-Privadas (PPPs), os parlamentares exaltaram a importância para a sociedade de uma oposição fiscalizadora e propositiva. “Ao longo dos últimos meses tivemos a preocupação de criar vínculos cada vez mais fortes com a sociedade civil organizada. Estamos dialogando com entidades ligadas à educação, saúde, segurança pública, o próprio Ministério Público de Pernambuco, entre outros. Queremos ouvir a todos para termos uma atuação sintonizada com as reais demandas da população”, afirmou o líder da bancada, Silvio Costa Filho (PTB).
Ao falar sobre os 100 primeiros dias do governo Paulo Câmara, os parlamentares lamentaram o fato da gestão ainda não ter dado as devidas respostas aos graves problemas que o Estado enfrenta em diversas áreas. Eles enfatizaram que o governo representa um projeto de nove anos, mas que até as conquistas das gestões anteriores, a exemplo do Pacto pela Vida, têm sofrido com a falta de condução adequada, com um déficit de liderança. Em pouco mais de três meses, o Estado já contabiliza mais de 1 mil assassinatos.
“Este governo não está conseguindo nem ser o ‘mais do mesmo’. Ele exalta sempre as conquistas do passado, mas o que vemos é que é um governo ‘menos do mesmo’. A gente não observa na administração de Paulo Câmara nenhuma ação objetiva que fale para o futuro. O governo tem falado sempre para o passado, do que fez, e não fala o que está fazendo e o que vai fazer”, resumiu Silvio Costa Filho.
Na coletiva, os parlamentares elencaram as dificuldades enfrentadas pelo Estado nos últimos meses e que se refletem na vida da população. Citaram por exemplo o déficit de R$ 2,061 bilhões e os restos a pagar mais de R$ 300 milhões, o que significa que o Estado está devendo a empresas que fornecem serviços em áreas como construção civil e terceirização.
Vice-líder da bancada, a deputada Teresa Leitão (PT) diz que infelizmente o governo sinaliza hoje com aumento zero para os servidores públicos do Estado e que o governador tem frustrado as expectativas de diversas categorias, a exemplo dos professores. “Ele prometeu dobrar o salário dos professores em quatro anos. E o que vemos é que, ao se completar 100 dias de governo, a categoria está em estado de greve, indignada com um reajuste que atendeu a menos de 10% dos docentes e excluiu mais de 90%”, avaliou.
O deputado Edilson Silva (PSOL) lembrou da paralisia do governo na área de mobilidade urbana e da ineficiência no sistema carcerário do Estado, que classificou de desumano. O parlamentar relatou que esteve na manhã desta quinta-feira no Túnel da Abolição, no Recife, e que constatou sérios problemas estruturais na obra, como infiltrações. “Diante disto, não é verdade que o Túnel da Abolição esteja em fase de testes. Ele não está em condições de uso”, frisou.
A bancada de oposição na Assembleia Legislativa é composta por treze parlamentares. São eles: Sílvio Costa Filho (PTB), Teresa Leitão (PT), Álvaro Porto (PTB), Socorro Pimentel (PSL),Augusto César (PTB), Edilson Silva (PSOL), José Humberto (PTB), Julio Cavalcanti (PTB), Manoel Santos (PT), Odacy Amorim (PT), Ossesio Silva (PRB), Pedro Serafim Neto (PDT) e Romário Dias (PTB).
“Os escândalos do dia-a-dia”
Por Terezinha Nunes
Não consigo entender como deixamos que se jogue em cima de nós o episódio da Petrobrás”, afirmou esta semana ao jornal Folha de São Paulo o assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, preocupado com o desgaste do PT diante da maré de escândalos que eclode em todo o país.
Ele próprio acrescentou “não estou de acordo, não me considero criminoso” e concluiu “uma coisa é dizer que pessoas do PT se envolveram em malfeitos, outra é tentar qualificar o PT como uma organização criminosa”.
É natural a perplexidade de Garcia, certamente envergonhado com a postura de alguns companheiros de baixo e alto coturno que se envolveram diretamente nos desvios de recursos e com o fato de estar ele próprio – como demonstrou na entrevista – tendo que ouvir impropérios nos restaurantes que frequenta ou nas ruas por onde anda.
O difícil, pelo visto, vai ser recuperar a imagem do partido desgastada até entre os beneficiários do Bolsa Família como está demonstrado em todas as pesquisas realizadas recentemente para medir a popularidade da presidente Dilma.
Estaria a imprensa exagerando ao noticiar a cada dia novas facetas desse intrincado novelo de irregularidades que não para de crescer ? Certamente que não. Afinal – para tristeza do PT – quem primeiro usou o termo “formação de quadrilha”, que incomoda Marco Aurélio, não foram os jornalistas mas a própria justiça através do seu órgão máximo, o Supremo Tribunal Federal.
Referia-se, o STF, ao mensalão que levou para a cadeia alguns líderes proeminentes do Partido dos Trabalhadores e que, pelo que se observa agora, era de pequena dimensão pelo volume de recursos desviados – R$ 141 milhões. A cada escândalo que surge, infelizmente, os desvios só tendem a aumentar.
O Petrolão, por exemplo, teria provocado um rombo de R$ 2,1 bilhões aos cofres públicos e, mais recentemente, a operação Zelotes, que apura irregularidades na Receita Federal, já teria comprovado o desvio de R$ 19 bilhões.
O jornal inglês The Economist afirmou esta semana que a corrupção no Brasil vem demonstrando ser cada vez maior. Exemplifica, informando aos seus leitores, que a Operação Zelotes “ é oito vezes maior “ que o Petrolão pelo volume de recursos envolvidos.
E ainda não estamos no final. Em delação premiada no ano passado o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa relatou que as irregularidades tinham se estendido “ por hidrelétricas, obras rodoviárias, portos e aeroportos”.
Esta semana outro delator demonstrou que Paulo Roberto tinha razão. Dalton Avancini, diretor-presidente da Camargo Correia, afirmou à Justiça Federal ter pago R$ 100 milhões de propina – quase um mensalão – para obter o contrato de construção da hidrelétrica de Belo Monte, trazendo para o centro do ringue outra grande empresa estatal, a Eletrobrás.
Apesar dos números cada vez maiores serem de complicado entendimento para a maioria da população que, no corrido dia-a-dia, vai acabar se acostumando com eles, à medida em que novos escândalos vão aparecendo a sensação é de que todo o aparelho de estado está contaminado, o que não é verdade.
Esta percepção de problemas generalizados que não foi inventada pela imprensa e nem pela justiça mas pela própria dimensão dos malfeitos, é o maior obstáculo para a recuperação da imagem do Partido dos Trabalhadores. Marco Aurélio em sua entrevista chega estranhar que outros partidos envolvidos em escândalos pontuais não estejam sofrendo tanto.
Na verdade, problemas existem em todos os partidos, pessoas boas e más são comuns a qualquer agremiação mas, usando a frase do ex-presidente Lula , nunca, na história desse país, um partido político se envolveu em tantos escândalos como o PT nesses últimos dez anos.
Antônio Campos se reúne com presidente do PTB de Olinda
O advogado Antônio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda nas próximas eleições, está se reunindo com diversas lideranças políticas do município a fim de construir o seu projeto majoritário.
Irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio tem grande identificação com Olinda e nesta quinta-feira se reuniu com o presidente do PTB de Olinda Professor Marcelo.
Na pauta da reunião, uma breve discussão sobre os problemas do município e a construção da pré-candidatura do socialista rumo ao executivo municipal da Marim dos Caetés.
Coluna do blog desta quarta-feira
Dilma entrega articulação política a Michel Temer
A presidente Dilma Rousseff vem enfrentando inúmeras dificuldades na condução política do seu governo, a falta de interlocução entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional fez com que Eduardo Cunha vencesse a presidência da Câmara dos Deputados, enquanto Renan Calheiros, por méritos próprios, venceu a presidência do Senado.
O episódio da eleição da mesa diretora das duas Casas fez com que a presidente perdesse cada vez mais prestígio político perante os deputados federais e senadores. Isso foi fruto da desastrosa gestão política do governo comandada por Pepe Vargas, Aloizio Mercadante e Miguel Rossetto.
Ciente da situação, Dilma ouviu o ex-presidente Lula, fato que não vinha ocorrendo nos últimos meses, e decidiu entregar a articulação política do Palácio do Planalto ao vice-presidente da República Michel Temer. Logo Temer que foi um brilhante deputado federal e é um profundo conhecedor das peculiaridades do Congresso Nacional.
Agora é possível que o governo Dilma Rousseff consiga desatar o nó que estava ocorrendo na seara política. Porém, como não existe almoço grátis, o PMDB ficou muito mais poderoso dentro do governo federal e se a instabilidade política continuar após os protestos do dia 12, o PMDB pode virar a cobra criada por Dilma pra lhe morder.
Aguardemos então os próximos desdobramentos.
Fusão – Foi aprovada ontem pela executiva nacional do DEM a fusão ao PTB. Em breve eles pedirão um novo registro da sigla que terá 43 deputados federais. Em Pernambuco, o comando da sigla deve ficar nas mãos do deputado federal Mendonça Filho.
Caminho – Como o PTB integrará os quadros da oposição ao governo Dilma, o ministro Armando Monteiro estaria de malas prontas para sair do PTB. O caminho mais provável de Armando é o PDT do deputado Wolney Queiroz. As bancadas federal e estadual lideradas por Armando Monteiro também devem migrar para a legenda de Carlos Lupi.
Contestando – O diretório municipal do PSB do Cabo contestou a coluna de ontem que falava de Lula Cabral ter que responder por Vado da Farmácia. Porém, é público e notório que Lula avalizou Vado e o resultado bom ou ruim da gestão seria debitada ou creditada na conta do ex-prefeito e hoje deputado Lula Cabral.
100 dias – A bancada de oposição na Alepe, composta por treze deputados, se reunirá com a imprensa amanhã no plenarinho da Casa Joaquim Nabuco, para apresentar um balanço dos 100 dias do governo Paulo Câmara. Em três meses, a atual oposição tem feito mais barulho do que a que contestou o ex-governador Eduardo Campos por oito anos.
RÁPIDAS
Paulo Câmara – O governador Paulo Câmara esteve reunido ontem com o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso em São Paulo. Paulo e fhc trocaram idéias sobre o cenário político nacional. O encontro serviu para o governador de Pernambuco aprender um pouco com FHC.
Painel do Lyra – Hoje a partir de cinco horas da manhã estará no ar mais uma edição do Painel do Lyra, que é gravado no Hotel Barramares em Piedade e veiculado na TV Guararapes. A análise será sobre o cenário político nacional.
Inocente quer saber – Como ficará a situação dos prefeitos petebistas do estado após a fusão com o DEM?
Fernando Bezerra Coelho defende agrovilas do Vale do São Francisco
Em reunião com o presidente do Ibama, Volney Zanardi Júnior, o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) fez um apelo para que o órgão se sensibilize com a situação das mais de 100 mil famílias pernambucanas e baianas que vivem nas agrovilas e regiões próximas à Barragem de Sobradinho. O senador pediu que o Ibama avance nos estudos de impacto ambiental para a redução da vazão de água despachada da usina de Sobradinho para a de Paulo Afonso. A demanda pelas obras emergenciais já foi formalizada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “É necessário que o governo autorize o início destas obras, o mais rapidamente possível, para evitarmos a ‘assombração’ de uma eventual crise hídrica que venha afetar a produção de frutas no Vale do São Francisco”, alertou o senador, que preside a Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC).
Fernando Bezerra ressaltou ao presidente do Ibama que, segundo estimativas do próprio governo, se a referida vazão de água não for rapidamente diminuída de 1 mil para 900 metros cúbicos por segundo, haverá sérios riscos de a captação regular de água para os projetos Nilo Coelho e Maria Teresa ser interrompida a partir de outubro. Para Volney Zanardi e o diretor-substituto de Licenciamento do Ibama, Thomaz Toledo, o senador também destacou o potencial da região. A área é o maior polo de agricultura irrigada do Nordeste e representa cerca de 30 mil hectares em produção de frutas, sendo responsável por mais de 90% das exportações brasileiras de uva e manga e pela geração de mais de 240 mil empregos. “A região de Petrolina e Juazeiro gera mais empregos que a Indústria Metal Mecânica do ABC Paulista”, ilustrou Fernando Bezerra.
Audiência
Na próxima sexta-feira (10), os senadores Fernando Bezerra Coelho e Ana Amélia (PP/RS) – que preside a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado – coordenam Ciclo de Palestras e Debates, em Petrolina (PE), para a discussão coletiva de soluções aos efeitos de uma iminente crise hídrica na fruticultura irrigada no Vale. “Precisamos dar uma resposta concreta para os produtores e irrigantes que atuam na área conhecida como ‘ Submédio do São Francisco’; especialmente, nos projetos Nilo Coelho, Maria Teresa, Mandacaru e Salitre”, explica o Senador. Ciente da gravidade e sensível à situação, Volney Zanardi sinalizou, ao senador, a possibilidade de participação do Ibama nas atividades em Petrolina.
Paulo e FHC pregam diálogo em benefício do Brasil
SÃO PAULO – O governador Paulo Câmara fez hoje (07.04) uma visita de cortesia ao ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. Os dois conversaram sobre os cenários político e econômico do Brasil. “O ex-presidente Fernando Henrique é uma pessoa muito experiente que governou o Brasil por oito anos, que tem uma vivência pública, um espírito público de elevado grau. Para mim, foi muito importante essa conversa”, afirmou Paulo.
A conversa durou 1h50 e ocorreu na residência do ex-presidente, no bairro paulistano de Higienópolis. Paulo convidou FHC para visitar Pernambuco logo que tiver uma oportunidade.
De acordo com o governador pernambucano, ele e Fernando Henrique têm uma posição consensual de que a superação da crise atual só será possível com “muito diálogo e transparência”. Durante a conversa, Fernando Henrique lembrou sua amizade com o ex-governador Miguel Arraes (iniciada na década de 1970, quando Arraes ainda estava no exílio) e, mais recentemente, com o então governador Eduardo Campos. De acordo com FHC, Eduardo tinha uma visão muito precisa da atual realidade brasileira e o que precisaria ser feito, caso tivesse chegado à Presidência da República.
O governador Paulo Câmara disse que pretende continuar conversando com lideranças políticas que possam apontar um caminho para o Brasil. “Estou iniciando um Governo, disputei a minha primeira eleição, estou no meu primeiro mandato. Por isso tudo, é sempre importante estar conversando com pessoas experientes, pessoas que pensam o Brasil de maneira estruturada, pensam no que vai acontecer na frente, têm sensibilidade política”, argumentou o governador.
Para Paulo, Fernando Henrique Cardoso foi muito claro nas preocupações com a situação econômica atual, com a recessão, a volta da inflação, com o desemprego crescente e as instabilidades políticas. “Foi importante trocar ideias, trocar pensamentos, porque, como brasileiros, a gente quer que o Brasil dê certo. Como pernambucano, eu quero governar bem o meu Estado. Para governar, a gente tem de ter muita humildade de ouvir as pessoas, de conversar, de ver os caminhos a serem tomados e tomar as decisões sempre pensando no bem público, pensando na melhoria da vida da população”. (07.04.2015)
Pernambuco devolve R$ 3,8 milhões ao governo federal após não conseguir realizar melhorias em bibliotecas públicas, afirma Priscila Krause
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) criticou o governo estadual, na sessão plenária dessa terça-feira (7), por ter devolvido, de novembro do ano passado até fevereiro último, R$ 3,8 milhões à Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura, pela não execução de três convênios em prol da rede de bibliotecas públicas estadual. A informação foi apurada pela equipe técnica do gabinete da deputada no Portal da Transparência do governo de Pernambuco. Dos R$ 3,8 milhões devolvidos desde novembro de 2014, R$ 1,94 milhão foi repassado já no governo Paulo Câmara (janeiro e fevereiro).
De acordo com Priscila, a crise financeira que atinge o País desde o ano passado tem dificultado a liberação das chamadas transferências voluntárias por parte da União (repasses via convênios, por exemplo), fato que torna ainda mais grave a devolução dos R$ 3,8 milhões. “Nós estamos em meio a uma crise que tem justificado todos os atrasos e diminuição de ritmos de obras e ações do governo, portanto devolver recursos que havíamos conquistado para melhoria das bibliotecas é uma afronta ao povo pernambucano, é inaceitável”, criticou.
Dos três convênios, um reservava recursos para a reforma, estruturação e ampliação da Biblioteca Pública do Estado, no Recife, e outros dois vinculavam ações para a formação e qualificação dos recursos humanos que atuam nas bibliotecas públicas na Região Metropolitana do Recife e na Zona da Mata Norte (Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Paudalho, Timbaúba e Vicência). “Perdemos recursos que iriam para a reforma da Biblioteca, que agora está sendo realizada com recursos próprios, e para a qualificação de milhares de profissionais, entre eles os chamados agentes de leitura. É preciso que o governo justifique esse retrocesso”, complementou.
Convênio 701186/2008
Objeto: Reforma, ampliação e reaparelhamento da Biblioteca Pública do Estado de Pernambuco (BPE)
Repasse feito em: 18/02/2009
Valor conveniado: 2.313.137,00
Valor devolvido: R$ 1.886.018,84 (pago em três parcelas: 01/11/2014, 10/12/2014 e 22/01/2015)
Convênio 773861/2012
Objeto: Formação e qualificação profissional dos recursos humanos que atuam nas bibliotecas públicas, sendo beneficiários diretos coordenadores e atendentes de 10 bibliotecas públicas municipais (5 na RMR e 5 na Mata Norte, Lagoa do Carro, Lagoa de Itaenga, Paudalho, Timbaúba e Vicência).
Repasse feito em: 23/01/2013
Valor conveniado: R$ 188.560,00
Valor devolvido: R$ 204.264,09 (empenhado em 20/02/2015, aguardando liquidação)
Convênio 766334/2011
Objeto: Formação e qualificação profissional dos recursos humanos que atuam nas bibliotecas públicas, sendo beneficiários diretos 965 dirigentes, atendentes e usuários dos 64 municípios da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata.
Repasse feito em: 05/07/2012
Valor conveniado: R$ 1.500.000,00
Valor devolvido: R$ 1.705.697,48