Dilma sub-aproveita “trio de ouro”
A presidente Dilma Rousseff vem enfrentando uma grave crise política em seu governo. Além de estar completamente “desconectada” da pauta das ruas, também não consegue abrir diálogo com o Congresso Nacional. Isso porque dá poderes políticos a quem não tem o menor know-how, o caso de Miguel Rossetto, Pepe Vargas e Aloizio Mercadante.
Existem auxiliares da presidente que podem fazer essa condução política de forma mais profissional, como por exemplo os ministros Aldo Rebelo e Jaques Wagner, bem como o vice-presidente Michel Temer. Aldo e Temer já foram presidentes da Câmara dos Deputados, e Wagner tem uma invejável capacidade de articulação política.
Até o presente momento, Dilma só acumulou derrotas no Congresso Nacional, onde os presidentes do Senado e da Câmara articulam dia e noite para enfraquecer seu governo, onde eles ficam cada vez mais poderosos, porque além de estarem na linha de sucessão, recebem incentivos de setores do empresariado nacional a fim de colocar o governo contra a parede, isso sem contar que com o governo Dilma sangrando como está o passe do PMDB fica valendo peso de ouro.
É importante que Dilma se dê conta disso e faça oficialmente a mudança da articulação política do seu governo, logrando a Michel Temer, Aldo Rebelo e Jaques Wagner plenos poderes e autonomia irrestrita para negociar com o Congresso Nacional até encontrar uma saída definitiva para esta turbulência que o governo Dilma passa.
Pepe Vargas, Aloizio Mercadante e Miguel Rossetto podem até ter suas qualidades mas estão a léguas de distância do perfil que os seus respectivos cargos e atribuições precisam.
Lula – Um animal político, o ex-presidente Lula está envergonhado com os rumos que o governo Dilma Rousseff está tomando no âmbito da política. Ele também estaria insatisfeito com a falta de diálogo que está havendo por parte da presidente Dilma.
Mercadante – Se tem alguém que deseja o bem do governo Dilma é o ex-presidente Lula, porque ele sabe que o futuro do PT está diretamente ligado ao sucesso do governo federal. Pra isso Lula elegeu como bode expiatório o ministro da Casa Civil Aloizio Mercadante. Só falta Dilma acatar.
Sugestões – O PSDB está querendo chegar a um consenso para apresentar pontos sobre uma reforma política. Os tucanos já concordam com o fim da reeleição com mandato de cinco anos e o fim das coligações proporcionais. Porém, a divisão do tempo de televisão e a forma de financiamento das campanhas os membros do PSDB ainda não chegaram a nenhuma convergência.
Waldemar Borges – O líder do governo na Alepe deputado Waldemar Borges (PSB) está inclinado a disputar a prefeitura de Gravatá nas próximas eleições. Ele enfrentaria o prefeito Bruno Martiniano (PTB), que deve tentar a reeleição, mesmo mal-avaliado. Martiniano votou no governador Paulo Câmara e está contando com o aval do Palácio para a disputa, mas ganhou agora um concorrente de peso.
RÁPIDAS
Haroldo Duarte – Pré-candidato a vereador do Recife nas próximas eleições, o dentista Haroldo Duarte está analisando algumas siglas partidárias para disputar um mandato na Casa José Mariano. O caminho mais provável é o Solidariedade do deputado federal Augusto Coutinho.
Precedente – Raul Jungmann (PPS) está na mira da militância do PT por ter se licenciado do cargo de vereador para assumir o mandato de deputado federal como suplente. Ele não é o primeiro a fazer isso. O atual ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues é vereador em São Paulo e assumiu o mandato no Senado como suplente de Marta Suplicy por dois anos sem precisar renunciar ao posto de vereador.
Inocente quer saber – O senador Fernando Bezerra Coelho ainda defende uma aproximação do PSB com o governo Dilma Rousseff?