Temer será candidato se for bom presidente
Na semana passada após uma declaração do presidente da Câmara deputado Rodrigo Maia (DEM/RJ), criou-se uma discussão sobre a possível candidatura à reeleição do presidente interino Michel Temer em 2018. Esse debate já foi ventilado logo que Temer assumiu o cargo após a saída de Dilma Rousseff pelo impeachment mas acabou perdendo fôlego após declarações do presidente de que não seria candidato à reeleição.
Ora, Michel Temer tem todo o direito de não querer falar em reeleição neste momento e sempre que possível refutar essa hipótese pois existem uma série de postulantes ao Planalto na sua base de sustentação, além disso o impeachment de Dilma ainda não foi efetivado e ele não pode dar nenhum passo em falso até que a situação de Dilma seja resolvida definitivamente e qualquer sinalização neste sentido estaria melindrando a sua base aliada.
Porém, caso seja efetivado no cargo, Temer ganhará dois anos para viabilizar seu governo e recolocar o Brasil nos trilhos. Suas ações já surtiram alguns efeitos práticos como a queda da inflação e a valorização da nossa moeda, isso se deu graças a credibilidade da equipe econômica e do próprio presidente, que se mostrou muito mais capaz de liderar o país que a sua antecessora. Já existem prognósticos de que o Brasil pode voltar a crescer, ainda que timidamente em 2017, e se isso se confirmar, o governo Temer já terá um legado para deixar.
O fator econômico é fundamental para o establishment político, ele é quem dita o rumo de um país e o êxito ou o fracasso de um governo. O Brasil experimentou uma série de crises desde a redemocratização, como a hiperinflação que corroía toda e qualquer chance de um governo ser exitoso, crises internacionais que impactaram o país, o impeachment de Collor, o mensalão do PT, dentre outros acontecimentos. O mensalão por exemplo foi algo que derrubaria qualquer governo, se ocorresse num momento de dificuldade econômica, mas como ele existiu numa época de bonança econômica, Lula não só se desvencilhou do escândalo como também foi reeleito em 2006.
Foi a economia que causou a insatisfação generalizada dos brasileiros com o governo Dilma Rousseff, que culminou no seu impeachment. Se Michel Temer conseguir recuperar a economia brasileira, todo e qualquer postulante acabará saindo do processo porque assim como Fernando Henrique em 1994, Temer será praticamente imbatível. Se em 94 houvesse reeleição, o presidente teria sido Itamar Franco, então por qual motivo Temer com a caneta na mão, eventualmente responsável pela recuperação da economia, desistiria da reeleição em 2018?
Influentes – O DIAP divulgou a lista com os 100 melhores parlamentares do Congresso Nacional, de Pernambuco tivemos seis integrantes: o senador Humberto Costa (PT) e os deputados federais Jarbas Vasconcelos (PMDB), Luciana Santos (PCdoB), Silvio Costa (PTdoB), Tadeu Alencar (PSB) e Wolney Queiroz (PDT).
Sérgio Aroucha – Entusiasta do setor de turismo, Sérgio Aroucha, que já trabalhou como secretário municipal, é candidato a vereador pelo PSD do secretário das Cidades André de Paula. Sérgio, que tem a veia politica, pois é sobrinho do ex-deputado Manoel Aroucha, tem o objetivo de fortalecer o turismo na cidade, setor que tem experiência, bem como melhorar a mobilidade urbana, com ações que contribuam para agilizar o fluxo de veículos na Zona Norte, que de acordo com Sérgio, necessita de mais intervenções na área.
Paulista – O ex-deputado estadual Sergio Leite oficializou ontem a sua candidatura a prefeito de Paulista pelo PDT, ele terá como candidato a vice-prefeito o comunicador Evandir Pedrosa (PP). Além do PDT e do PP, a coligação conta ainda com PT, PHS, PTN, PSC e PPL. Sérgio disputa com frequência à prefeitura de Paulista mas nunca conseguiu se eleger, depois que saiu do PT ele tenta ter melhor sorte nas urnas.
PSC – Além de Fred Ferreira, que é considerado um dos favoritos a se eleger para a Câmara Municipal do Recife, o PSC possui mais dois bons nomes para a disputa. O partido deve eleger dois vereadores, brigam pela segunda vaga o ex-vereador Wanderson Florêncio e o evangélico Renato Antunes, ambos tiveram mais de quatro mil votos em 2012 e esperam ficar com uma vaga na Casa José Mariano.
RÁPIDAS
Dissidente – O deputado estadual Lucas Ramos ensaiou uma saída do PSB para disputar a prefeitura de Petrolina esse ano que acabou não se concretizando, mas suas atitudes continuam lhe afastando cada vez mais do Palácio do Campo das Princesas e do próprio PSB, quando decidiu não apoiar a candidatura de Miguel Coelho em Petrolina e piorou sua situação quando anunciou apoio a Neco em Jaboatão em vez de ficar com Heraldo Selva, que é o candidato do seu partido e do governador.
Afastamento – Outro que não tem mais o menor clima junto ao Palácio do Campo das Princesas é o deputado federal João Fernando Coutinho. O ex-todo poderoso da primeira secretaria da Alepe virou um deputado periférico na Frente Popular após a morte de Eduardo Campos e deverá sair do PSB tão logo abra a próxima janela da infidelidade partidária.
Inocente quer saber – Qual será o peso do governador Paulo Câmara nas eleições municipais deste ano?