Eleição de de vereador é sempre mais difícil de mensurar os eleitos por conta da infinidade de chapas e de candidatos, por isso a margem de acerto é mais arriscada, uma vez que nos diferenciamos de alguns analistas ao colocar apenas as vagas que estão em disputa sendo ocupadas por apenas os nomes que na nossa ótica poderão ser eleitos.

Pois bem, dos cinco mais votados que afirmamos que seriam, erramos apenas um, a Professora Ana (PRB) deu lugar a Aderaldo Pinto (PSB) que teve uma votação significativa. Não colocamos Aderaldo porque em 2012 ele teve apenas cinco mil votos e precisaria de quase nove mil. Foi sem sombra de dúvidas uma das maiores surpresas da disputa.

No tocante ao voto de legenda, colocamos que o PSB teria 20 mil votos, nas urnas foram 22.655 portanto dentro da média. O PT apontamos 12 mil votos de legenda, nas urnas foram 13.158 votos. O PSDB colocamos 5 mil, nas urnas foram 5.599 votos. Todas elas não houve nenhuma discrepância significativa em termos de votos.

No tocante às vagas, afirmamos que a coligação PSB/PDT/PMDB/Rede Sustentabilidade faria 11 vereadores, que se confirmou nas urnas, igualmente na coligação PSDB/PSL afirmamos que faria três vereadores, número confirmado nas urnas. As chapas do PSDC, PTC, PRP, PCdoB e Solidariedade elegeram um vereador conforme havíamos projetado e todos os nomes que havíamos dito nestas chapas se elegeram, a chapa do PEN dissemos que elegia dois vereadores que se confirmou, erramos um dos nomes.

As outras chapas erramos que PPL, PV e PMN/DEM faziam quociente eleitoral, mas não se confirmou nas urnas. Elas deram lugar a PSOL e PPS. Já o PSD acreditávamos que poderia eleger dois vereadores mas só elegeu um. A chapa PT/PRB/PTN/PTB/PTdoB considerávamos que elegia seis vereadores, mas elegeu apenas cinco. Essa dança das cadeiras permitiu que PP e PSC elegessem três, dissemos que eram dois cada uma, e que o PRTB/PROS elegesse quatro, que nas nossas contas elegia três.

Com as contas feitas, vamos aos nomes errados de cada chapa. A do PSB erramos Vicente André Gomes, Luiz Eustáquio e Romildo Neto, que na conta de muita gente do meio político teriam acima de nove mil votos. Eles deram lugar a Jayme Asfora que em 2012 teve pouco mais de sete mil, a Jadeval de Lima, que foi bem votado em 2012 mas muitos não acreditavam que ele repetiria o sucesso e Aderaldo Pinto que já falamos.

No PSDB nosso erro foi Thiago Dias, que é sobrinho do deputado Romário Dias e fez uma campanha visualmente muito forte e brigava nas nossas contas com Júnior Bocão que foi eleito. Na chapa do PT erramos João da Costa, Jurandir Liberal e Oscar Barreto, que deram lugar a Marília Arraes e Jairo Brito, uma vez que a coligação só elegeu cinco vereadores. Marília havia se elegido com o voto de estrutura em 2008 e 2012 e considerávamos que apesar de estar na briga, ela teria pelo menos cinco mil votos, podendo chegar a seis mil ou seis mil e quinhentos. No meio político ninguém considerava que ela pudesse ser a sexta mais votada.

Nas chapas menores, o PSOL bateu o quociente eleitoral e chegou a 24 mil votos, elegendo Ivan Moraes Filho, enquanto o PPS fez 22 mil votos e emplacou Ricardo Cruz, ambos estavam na nossa lista se os partidos conseguissem bater o quociente na nossa conta, mas não colocamos porque achávamos que as chapas não atinigiriam os votos necessários.

No PSC Wanderson Florencio foi o segundo, mas a chapa elegeu três e seriam na verdade os três primeiros nomes da nossa conta. No PRTB/PROS Alcides Teixeira Neto não estava na nossa lista porque achávamos que só elegia três. No PP a conta era de dois vereadores, mas foram três eleitos, Chico Kiko seria o terceiro da nossa lista, mas não imaginávamos que Wilton Brito seria o quarto da chapa dando lugar a Romero Albuquerque. No PSD colocamos dois vereadores que seriam Gilberto Alves e Eri, que ficou em terceiro e a chapa só elegeu um.

Já no PEN cravamos dois vereadores contra todos os prognósticos, que se confirmou mas havia uma igualdade incrível entre os postulantes, portanto a eleição de Benjamin da Saúde não foi necessariamente uma surpresa porque Kazé estava na briga com uma série de candidatos e qualquer um poderia chegar nesta chapa.

Os resultados finais foram 34 vagas dos partidos e coligações das 39 gerando 87% de acerto e 26 nomes dos 39 gerando 67% de acerto. A nossa meta era acertar 80% dos nomes, que configuraria 31 dos 39. Continuaremos fazendo o DataLyra porque consideramos a margem aceitável e ajudamos a colocar a discussão dos possíveis eleitos nas conversas do meio político. Obrigado pelos 35 mil acessos. Que venha 2018!

O último levantamento das intenções de voto antes do primeiro turno realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), em parceria com o Jornal do Commercio e com o Portal Leia Já, mostrou uma tendência de que a eleição municipal no Recife pode ser resolvida já neste domingo (2), sem o segundo turno. O atual prefeito, Geraldo Julio (PSB), candidato à reeleição, apareceu com 49,2% das intenções de votos válidos, quando não são considerados os brancos e nulos. Para vencer agora, precisa conseguir 50% mais um voto.

Na pesquisa anterior, divulgada nessa quinta-feira (29), o socialista tinha 47%. O crescimento do prefeito foi, portanto, dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais.

O ex-prefeito João Paulo (PT) continua como segundo colocado, com 29,9% das intenções de votos válidos, uma queda em relação aos 31% da pesquisa anterior. Com 16,6% agora, Daniel Coelho (PSDB) também caiu no comparativo com os 18% do último levantamento.

“A última pesquisa mostra claramente a possibilidade desta eleição terminar no primeiro turno”, concluiu o cientista político Adriano Oliveira, coordenador da pesquisa. “Mostra uma tendência de crescimento muito clara do candidato à reeleição Geraldo Julio.”

Edilson Silva (PSOL) apareceu com 1,1%, ampliando apenas 0,1%. Antes sem conseguir sair do zero, Pantaleão (PCO) ficou com 0,3% e Carlos Augusto (PV) com 0,2%, diminuindo em relação ao 1% anterior. Simone Fontana (PSTU) continuou sem pontuar.

Estimulada

As intenções de voto para Geraldo Julio aumentaram um ponto percentual em relação à última pesquisa e agora são de 39%. O prefeito iniciou a campanha atrás de João Paulo e apareceu com 25,3% na primeira pesquisa, há um mês, aumentando ao longo das semanas para 34,2% e depois caindo para 33% antes de chegar aos 38% de dois dias atrás.

O petista fez o movimento inverso: começou na frente, com 27,7%, depois caiu para 24,7% e ficou estável em 25%. O ex-prefeito e principal adversário do socialista agora tem 23,7%.

“O candidato João Paulo partiu na frente, teve um declínio, ficou na estabilidade e agora outro declínio, que é um fato novo que precisa ser considerado e vem a consolidar a tese de que a eleição termina no primeiro turno”, avaliou Adriano Oliveira.

Daniel Coelho agora aparece com 13,1% das intenções de voto, uma queda de pouco menos de um ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Segundo colocado em 2012, perdendo apenas para Geraldo Julio, o tucano começou esta campanha com 5,9% e só depois ampliou para 10,4% e para 12%. “Primeiro houve um crescimento e nesse instante tem um recuo. Não há tese de crescimento na reta final”, afirmou o cientista político.

Priscila Krause ficou agora com 2,2%, uma leve variação em relação à última pesquisa. A democrata iniciou a campanha em crescimento, quando passou de 3,5% para 4,4%. Depois, porém, caiu para 3% e 2%.

Edilson Silva tem 0,9%; Pantaleão, 0,2%; e Carlos Augusto, 0,1%. Simone Fontana não pontuou. Esses são resultados semelhantes aos das últimas pesquisas IPMN/JC.

O percentual de entrevistados que afirmaram que vão votar branco ou nulo aumentou de 13% para 14,7% a um dia da votação. Os que não sabem ou não responderam somam 6,1%.

Espontânea

Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados previamente os nomes dos candidatos, Geraldo Julio aparece com 37,3% e João Paulo com 22,5%. Ambos cresceram em relação ao levantamento anterior, em que estavam com 36% e 23%, respectivamente. Daniel Coelho tem 12,5%, uma leve queda de 0,5%. Priscila Krause ficou com 2,1%; Edilson Silva, 0,7%; Carlos Augusto, 0,1%; e Pantaleão, 0,1%. Brancos e nulos foram as opções de 15,1% e 9,6% não souberam ou não responderam.

O IPMN entrevistou 816 eleitores do Recife nos dias 29 e 30 de setembro. O nível de confiança estimado da pesquisa é de 95%. O levantamento foi registrado na Justiça Eleitoral com o número PE-02437/2016.

Blog de Jamildo