A atuação dos cinco suspeitos de planejar um golpe de Estado e de impedir a posse do governo eleito em 2022, inclusive com a trama de assassinato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e do vice Geraldo Alckmin, foi repudiada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta terça-feira (19).
“São fatos gravíssimos, absolutamente inaceitáveis, e que colocam em risco não apenas as instituições republicanas, mas a vida cotidiana dos cidadãos brasileiros. Portanto, merecem o mais profundo repúdio”, declarou, em entrevista coletiva, no Palácio da Justiça.
De acordo com as investigações da Operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal, o grupo criminoso tinha como objetivo impedir a posse do presidente Lula e do seu vice, Geraldo Alckmin, o que incluiu planejamento de homicídio dos eleitos, além do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O grupo de investigados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa é formado por quatro militares e por um policial federal o que, segundo o ministro, corrobora com a complexidade do episódio. “Foi uma ação isolada de pessoas que estavam em postos de comando e é muito grave que — pessoas que foram formadas pelo Estado para o emprego lícito da força, armados pelo Estado — pratiquem esse tipo de atentado contra o próprio Estado. Absolutamente inadmissível”, reforçou Lewandowski.
Ainda de acordo com o ministro, os episódios não representam uma falha na segurança. “As instituições trabalharam e fizeram uma eleição democrática, em que todas as medidas foram tomadas para que ocorresse sem incidentes”, alertou. “A dimensão dessa ação criminosa está sendo objeto de investigação e em breve o povo brasileiro terá uma resposta adequada para isso”, concluiu.