“Temos de debater a Segurança Pública e não ficar em um cabo de guerra entre Policia Civil e Policia Militar. Sabemos a necessidade que a categoria tem, e o Governo vem demonstrando total interesse em resolver essa questão”. É desta forma que o deputado estadual Romário Dias (PSD) entende que deve ser a discussão sobre o aumento do soldo dos policiais e bombeiros militares estaduais.
Relator do projeto de reajuste na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCJ), da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Dias irá buscar um entendimento por meio do diálogo. O parlamentar, logo após ser escolhido relator na CCJ, na manha desta terça (07), reuniu-se, em seu gabinete, com representantes da Associação dos Praças e Soldados (Aspra-PE), da Associação dos Cabos e Soldados (ACS-PE) e do Clube dos Oficiais. Também estiveram presentes o procurador da Alepe, Paulo Pinto, e o deputado Joel da Harpa (PTN).
“Tive a oportunidade de ler o projeto e fizemos um estudo (dos artigos). Acho que isto é um assunto que não é de governo, nem de oposição. É um assunto da população, principalmente das periferias, que são áreas mais carentes”, afirmou Dias, ressaltando que ainda ouvirá novamente a categoria para, em seguida, reunir-se com o líder do governo na Casa, o deputado Isaltino Nascimento (PSB).
O projeto do Governo do Estado prevê correções no soldo dos militares em maio deste ano e em abril e dezembro de 2018, com índices que vão de 21% a 40% de reajuste ao final deste período. Com isso, o soldo inicial da categoria, que é o de soldado, irá dos atuais R$ 3.219,88 para R$ 4.104,88. Já o de coronel (a maior patente), sairá de 16.576,08 para R$ 23.238,00.
A proposta chegou à Alepe na noite da última segunda e, nesta terça, foi distribuída na CCJ e na Comissão de Administração Pública, na qual o relator é o deputado Tony Gel (PMDB). A previsão é que os colegiados debatam a matéria, que tramita em regime de urgência, na próxima segunda.