Crise do governo federal chegou no Fies
Criado em 1999 ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, o Fies substituiu o crédito educativo que foi idealizado em 1976 pelo regime militar. No início a taxa de juros do programa era de 6,5% ao ano. Já no governo Lula a taxa de juros do programa foi baixada para 3,4% ao ano. O aluno possui uma carência de um ano e meio após o término do curso para começar a pagar o financiamento.
No ano de 2014 cerca de 26% dos estudantes de Instituições de Ensino Superior privadas eram beneficiários do programa. Isso se mostra relevante pelo fato da iniciativa privada ser responsável por 74% das vagas de ensino superior ofertadas no Brasil. Ainda em 2014 o governo federal gastou R$ 13 bilhões com o programa.
Com a crise econômica o governo Dilma Rousseff decidiu mexer no Fies, mesmo tendo adotado como slogan “Pátria Educadora”. Já no início de 2015 os beneficiários do programa tiveram dificuldades para fazer o aditamento dos seus respectivos contratos e ontem o ministro anunciou que não existem mais vagas porque a verba para novos contratos acabou.
O governo havia disponibilizado R$ 15 bilhões para gastar com o programa em 2015, dos quais R$ 2,5 bilhões eram para novos contratos. O prazo foi encerrado ontem e não haverá mais vagas para novos contratos. No primeiro semestre cerca de 500 mil estudantes tentaram o programa, porém apenas 252 mil conseguiram ser beneficiados.
A postura do governo Dilma Rousseff é contraditória porque utiliza como marca a pátria educadora e acaba agindo de maneira que tenha que optar por um em cada dois alunos que tentam o programa. Definitivamente o governo Dilma Rousseff conseguiu colocar em xeque um programa tão bem-sucedido e tão necessário à sociedade quanto o Fies.
Unificação – O ministro da Educação Renato Janine Ribeiro estuda unificar o sistema para o segundo semestre, colocando o SiSU, o ProUni e o Fies nesta ordem de prioridade no ato da inscrição de um estudante que foi aprovado no Enem. Primeiro ele tentará uma vaga na universidade pública pelo SiSU, caso não consiga será redirecionado para o ProUni, se não obtiver êxito, será redirecionado para o Fies.
Destino – Com a fusão entre PTB e DEM praticamente consumada, os petebistas de Pernambuco ainda estão estudando o melhor caminho. Já decidiram que saem do partido, mas podem ir em bloco para o PDT ou se dividir entre várias siglas. O grupo liderado pelo ministro Armando Monteiro possui quatro deputados federais, seis deputados estaduais, um senador e vários prefeitos e vereadores.
Comandante – O novo comandante do PTB em Pernambuco será o deputado federal Mendonça Filho, que hoje é presidente estadual do Democratas e líder do partido na Câmara dos Deputados. Ainda não se sabe o destino da deputada estadual Priscila Krause.
Candidato – O líder da oposição na Alepe deputado Sílvio Costa Filho (PTB) segue acalentando o sonho de ser candidato a prefeito do Recife. Com sua ida provável ida para o PDT junto com Armando Monteiro teria um argumento consistente para se lançar na disputa: o apoio do PSC do deputado Sílvio Costa.
RÁPIDAS
Rodrigo Novaes – O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) anunciou ontem na tribuna da Alepe que realizará uma audiência pública na Casa para tratar da proibição de animais nas rodovias do estado. Rodrigo citou o ocorrido com o deputado federal Adalberto Cavalcanti, que se acidentou no caminho pra Petrolina por causa de um animal solto na pista.
Conferência – A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes realizará na próxima quinta-feira no auditório uma audiência pública para eleger a comissão que organizará a primeira conferência municipal de comunicação. A secretaria executiva de comunicação social e democratização digital está à frente do projeto.
Inocente quer saber – Será que desta vez o projeto Novo Recife vai sair do papel?